Este ano peço com antecedência, para que possa preparar tudo direitinho!
Este ano não vou ser humilde, ser caridosa e pensar no próximo!!!!!
Vou pedir sem miséria, estou de saco cheio de ser delicada em meus pedidos e receber migalhas!!!!
Aqui vai a minha lista!!! e talvez as minhas amigas possam gostar, de modo que pode produzir tudo por atacado para baixar os custos!!!!
1. Quero um dispositivo instalado no umbigo que deite fora toda a gordura consumida, desinflando os pneuzinhos automaticamente!
2. Quero um chocolate que elimine a celulite e hidrate a pele ao ser ingerido!
3. Quero roupas que sofram metamorfoses de acordo com a moda e as estações, com tecidos auto-limpantes e auto-passantes!
4. Quero uns comprimidos que alterem automaticamente a cor, comprimento e textura do cabelo, permitindo os mais variados penteados, que voltarão ao normal no momento em que eu assim desejar!
5. Quero um suprimento infinito de sapatos, bolsas, cosméticos e jóias e um espaço auto-organizante que acomode tudo!
6. Não me quero depilar mais! Ou faz com que vire moda tudo cabeludo ou suma de vez com todos os pêlos indesejados do meu corpo!
7. Quero uma manicure e pedicure definitiva, que dure para sempre como se tivesse acabado de ser feito!
8. Quero que abdominais sejam coisas que podemos comprar prontas em supermercado!
9. Também quero um cartão de crédito com código especial para compras, com pagamento automático da factura!
10. E, quero um homem de verdade! Que me namore, que adivinhe meus desejos e que sempre que se aproxime de mim me diga como estou linda e especial! Que adora o meu sorriso e como estou mais magra! Que me ofereça presentes, mas sobretudo o seu tempo! E que adivinhe quando estiver na hora de sumir, porque estou sensível!
PAI NATAL, meu fofo!
Espero que não seja muito complicado atender à minha listinha!
Nos vemos para a semana, mas se conseguir terminar tudo antes, ficarei imensamente grata!
Com carinho,
uma mulher como todas.....
quinta-feira, dezembro 20, 2007
terça-feira, dezembro 18, 2007
ATITUDE É TUDO!
Uma mulher acordou uma manhã após a quimioterapia, olhou o espelho e percebeu que tinha somente três fios de cabelo na cabeça.
- Bom (disse ela), acho que vou trançar meus cabelos hoje.
Assim ela fez e teve um dia maravilhoso.
No dia seguinte ela acordou, olhou no espelho e viu que tinha somente dois fios de cabelo na cabeça.
- Hummm (disse ela), acho que vou repartir meu cabelo no meio hoje.
Assim ela fez e teve um dia magnífico.
No dia seguinte ela acordou, olhou no espelho e percebeu que tinha apenas um fio de cabelo na cabeça.
- Bem (disse ela), hoje vou amarrar meu cabelo como um rabo de cavalo.
Assim ela fez e teve um dia divertido.
No dia seguinte ela acordou, olhou no espelho e percebeu que não havia um único fio de cabelo na cabeça.
- Yeeesss... (exclamou ela), hoje não tenho que me preocupar com meu cabelo....
-------------------------------------------------------------------------------------
Seja mais humano e agradável com as pessoas.
Cada uma das pessoas com quem você convive está travando algum tipo de batalha.
Viva com simplicidade.
Ame generosamente.
Cuide-se intensamente.
Fale com gentileza.
E, principalmente, NÃO RECLAME.
Se preocupe em agradecer pelo que você é,
e por tudo o que tem!
E deixe o restante com Deus.
- Bom (disse ela), acho que vou trançar meus cabelos hoje.
Assim ela fez e teve um dia maravilhoso.
No dia seguinte ela acordou, olhou no espelho e viu que tinha somente dois fios de cabelo na cabeça.
- Hummm (disse ela), acho que vou repartir meu cabelo no meio hoje.
Assim ela fez e teve um dia magnífico.
No dia seguinte ela acordou, olhou no espelho e percebeu que tinha apenas um fio de cabelo na cabeça.
- Bem (disse ela), hoje vou amarrar meu cabelo como um rabo de cavalo.
Assim ela fez e teve um dia divertido.
No dia seguinte ela acordou, olhou no espelho e percebeu que não havia um único fio de cabelo na cabeça.
- Yeeesss... (exclamou ela), hoje não tenho que me preocupar com meu cabelo....
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Seja mais humano e agradável com as pessoas.
Cada uma das pessoas com quem você convive está travando algum tipo de batalha.
Viva com simplicidade.
Ame generosamente.
Cuide-se intensamente.
Fale com gentileza.
E, principalmente, NÃO RECLAME.
Se preocupe em agradecer pelo que você é,
e por tudo o que tem!
E deixe o restante com Deus.
terça-feira, novembro 20, 2007
Para adultos altamente contemporâneos...
Dizem que todos os dias temos que comer uma maçã por causa do ferro e uma
banana por causa do potássio.
Também uma laranja, para a vitamina C, meio melão para melhorar a digestão e
uma chávena de chá verde sem açúcar para prevenir a diabetes. Todos os dias
temos que beber dois litros de água (sim, e logo a seguir mijá-los, que leva
quase o dobro do tempo que os levei a beber). Todos os dias temos que tomar
um Activia ou um iogurte para ter 'L. Cassei Defensis', que ninguém sabe
exactamente que porcaria é, mas parece que se não ingeres um milhão e meio
todos os dias, começas a ver toda a gente com uma grande diarreia ou presos dos intestinos.
Cada dia uma aspirina, para prevenir os enfartes, mais um copo de vinho
tinto, para a mesma coisa. E outro de vinho branco, para o sistema nervoso.
E um de cerveja, que já não me lembro para que era. Se os tomares todos
juntos, mesmo que te dê um derrame cerebral na hora, não te preocupes, pois
o mais certo é que nem te dês conta disso. Todos os dias tens que comer
fibras. Muita, muitíssima fibra até que sejas capaz de defecar uma
camisolona bem grossa. Tens que fazer quatro a seis refeições diárias leves
sem te esqueceres de mastigar cem vezes cada garfada. Ora, fazendo um
pequeno cálculo apenas a comer vão-se assim de repente umas cinco horitas.
Ah, depois de cada refeição deves escovar bem os dentes, ou seja, depois do
Activia e da fibra, os dentes; depois da maçã, os dentes; depois da banana,
os dentes. Assim, enquanto tiveres dentes, não te podes esquecer nunca de
passar o fio dental massajador das gengivas e bochechar com PLAX... Melhor,
amplifica a casa de banho e põe a aparelhagem de música lá, porque entre a
água, a fibra e os dentes vais passar muitas horas (quase metade do dia) ali
dentro. Equipa-o também de jornais e revistas para te pores a par do que se
passa, enquanto estiveres sentado na sanita, porque com a quantidade de
fibra que estás a ingerir, são mais umas horitas diárias. Temos que dormir
oito horas e trabalhar outras oito, mais as cinco que usamos a comer, faz
vinte e uma. Restam três horas, isto se não surgir nenhum imprevisto.
Segundo as estatísticas, vemos três horas de televisão diárias. Bem, já não
podes, porque todos os dias devemos caminhar pelo menos uma meia hora
(convém regressares ao fim de 15 minutos, senão andas mas é 1 hora!). E há
que cuidar das amizades porque são como uma planta: temos que as regar
diariamente. E quando vais de férias também, suponho, senão as plantas morrem nas férias. Para além disso, há que estar bem informado e ler pelo menos um dos jornais diários e uma revista séria, para comparar a informação. Ah! E temos que ter sexo todos os dias mas sem cair na rotina: temos que ser inovadores, criativos, renovar a sedução.Isso leva o seu tempo. E já nem estamos a falar do sexo tântrico!! (a
respeito disso, relembro: depois de cada refeição temos que escovar os dentes!)
Também temos que arranjar tempo para a maquilhagem, a depilação/fazer a barba, varrer a casa, lavar a roupa, lavar os pratos e já nem digo, os que têm gatos, cães pássaros e uma catrefada de filhos...
No total, a mim dá-me umas 29 horas diárias, se nunca parares. A única
possibilidade que me ocorre, é fazer várias destas coisas ao mesmo tempo:
por exemplo, tomas duche com água fria e com a boca aberta, e assim bebes
logo os dois litros de água de uma vez. Enquanto sais do banho com a escova
de dentes na boca, vais fazendo amor, sexo tântrico, parado, junto ao
teu par, que de passagem vê TV e te vai contando o que se passa, enquanto
varre a casa. Sobrou-te uma mão livre? Telefona aos teus amigos e aos teus
pais! Bebe o vinho e a cerveja (depois de telefonares aos teus pais, vai
fazer-te falta) O iogurte com a maçã pode dar-te o teu par enquanto ele come
a banana com a Activia. No dia seguinte troquem. E menos mal - já crescemos,
porque senão tínhamos que engolir mais umas Cerelacs e um Danoninho Extra
Cálcio todos os santos dias. Úuuuf!
Mas se te restam 2 minutos, reenvia isto aos teus amigos (que temos que regar como as plantas) enquanto comes uma colherzinha de Muesli ou Al-Bran, que faz muito bem... E agora vou deixar-te porque entre o iogurte, o meio melão, o primeiro litro de água e a terceira refeição do dia, já não faço a mínima ideia do que é que estou a fazer porque preciso urgentemente de uma casa de banho. Ah, vou aproveitar e levo comigo a escova de dentes...
banana por causa do potássio.
Também uma laranja, para a vitamina C, meio melão para melhorar a digestão e
uma chávena de chá verde sem açúcar para prevenir a diabetes. Todos os dias
temos que beber dois litros de água (sim, e logo a seguir mijá-los, que leva
quase o dobro do tempo que os levei a beber). Todos os dias temos que tomar
um Activia ou um iogurte para ter 'L. Cassei Defensis', que ninguém sabe
exactamente que porcaria é, mas parece que se não ingeres um milhão e meio
todos os dias, começas a ver toda a gente com uma grande diarreia ou presos dos intestinos.
Cada dia uma aspirina, para prevenir os enfartes, mais um copo de vinho
tinto, para a mesma coisa. E outro de vinho branco, para o sistema nervoso.
E um de cerveja, que já não me lembro para que era. Se os tomares todos
juntos, mesmo que te dê um derrame cerebral na hora, não te preocupes, pois
o mais certo é que nem te dês conta disso. Todos os dias tens que comer
fibras. Muita, muitíssima fibra até que sejas capaz de defecar uma
camisolona bem grossa. Tens que fazer quatro a seis refeições diárias leves
sem te esqueceres de mastigar cem vezes cada garfada. Ora, fazendo um
pequeno cálculo apenas a comer vão-se assim de repente umas cinco horitas.
Ah, depois de cada refeição deves escovar bem os dentes, ou seja, depois do
Activia e da fibra, os dentes; depois da maçã, os dentes; depois da banana,
os dentes. Assim, enquanto tiveres dentes, não te podes esquecer nunca de
passar o fio dental massajador das gengivas e bochechar com PLAX... Melhor,
amplifica a casa de banho e põe a aparelhagem de música lá, porque entre a
água, a fibra e os dentes vais passar muitas horas (quase metade do dia) ali
dentro. Equipa-o também de jornais e revistas para te pores a par do que se
passa, enquanto estiveres sentado na sanita, porque com a quantidade de
fibra que estás a ingerir, são mais umas horitas diárias. Temos que dormir
oito horas e trabalhar outras oito, mais as cinco que usamos a comer, faz
vinte e uma. Restam três horas, isto se não surgir nenhum imprevisto.
Segundo as estatísticas, vemos três horas de televisão diárias. Bem, já não
podes, porque todos os dias devemos caminhar pelo menos uma meia hora
(convém regressares ao fim de 15 minutos, senão andas mas é 1 hora!). E há
que cuidar das amizades porque são como uma planta: temos que as regar
diariamente. E quando vais de férias também, suponho, senão as plantas morrem nas férias. Para além disso, há que estar bem informado e ler pelo menos um dos jornais diários e uma revista séria, para comparar a informação. Ah! E temos que ter sexo todos os dias mas sem cair na rotina: temos que ser inovadores, criativos, renovar a sedução.Isso leva o seu tempo. E já nem estamos a falar do sexo tântrico!! (a
respeito disso, relembro: depois de cada refeição temos que escovar os dentes!)
Também temos que arranjar tempo para a maquilhagem, a depilação/fazer a barba, varrer a casa, lavar a roupa, lavar os pratos e já nem digo, os que têm gatos, cães pássaros e uma catrefada de filhos...
No total, a mim dá-me umas 29 horas diárias, se nunca parares. A única
possibilidade que me ocorre, é fazer várias destas coisas ao mesmo tempo:
por exemplo, tomas duche com água fria e com a boca aberta, e assim bebes
logo os dois litros de água de uma vez. Enquanto sais do banho com a escova
de dentes na boca, vais fazendo amor, sexo tântrico, parado, junto ao
teu par, que de passagem vê TV e te vai contando o que se passa, enquanto
varre a casa. Sobrou-te uma mão livre? Telefona aos teus amigos e aos teus
pais! Bebe o vinho e a cerveja (depois de telefonares aos teus pais, vai
fazer-te falta) O iogurte com a maçã pode dar-te o teu par enquanto ele come
a banana com a Activia. No dia seguinte troquem. E menos mal - já crescemos,
porque senão tínhamos que engolir mais umas Cerelacs e um Danoninho Extra
Cálcio todos os santos dias. Úuuuf!
Mas se te restam 2 minutos, reenvia isto aos teus amigos (que temos que regar como as plantas) enquanto comes uma colherzinha de Muesli ou Al-Bran, que faz muito bem... E agora vou deixar-te porque entre o iogurte, o meio melão, o primeiro litro de água e a terceira refeição do dia, já não faço a mínima ideia do que é que estou a fazer porque preciso urgentemente de uma casa de banho. Ah, vou aproveitar e levo comigo a escova de dentes...
sábado, novembro 17, 2007
"Quem somos nós"
Filme (What the bleep do we know?)
Uma Crítica de Ken Wilber
(Excerto do livro Integral Spirituality)
O surpreendente sucesso desse filme independente mostra simplesmente como as pessoas estão necessitadas de algum tipo de validação para uma visão-de-mundo mais espiritual e mística. Mas os problemas com ele são tão grandes, a ponto de ser difícil saber por onde começar. What the Bleep (Quem somos nós?) foi montado a partir de uma série de entrevistas com físicos e místicos, todos fazendo afirmações ontológicas sobre a natureza da realidade e sobre o fato que – sim, adivinhe – "você cria sua própria realidade". Mas você não cria sua própria realidade; quem faz isto são os psicóticos. Há no mínimo seis importantes escolas de física moderna e nenhuma delas concorda com as afirmações genéricas e radicais apresentadas no filme.
Nenhuma escola de física acredita que um ser humano possa colapsar a equação da onda de Schroedinger em 100% dos átomos de um objeto de modo a "trazê-lo" para a existência. A física é simplesmente terrível nesse filme, e o misticismo não fica atrás, sendo aquele de uma pessoa ("Ramtha") que afirma ser um guerreiro de trinta e cinco mil anos de idade proveniente da Atlântida. Nenhum dos entrevistados é identificado enquanto fala, pois o filme deseja passar a impressão de que todos são cientistas muito conhecidos e respeitados. O resultado líquido é um misticismo new age (do tipo "seu ego está encarregado de tudo") com uma física deplorável (tudo numa forma de mingau Paradigma-415; mesmo SE uma mente humana fosse necessária para "trazer" para a existência um objeto – e até David Bohm discorda dessa idéia fosfórica! – mas mesmo se, o ponto seria que essa Grande Mente estaria "trazendo" para a existência TODA a manifestação momento a momento – não apenas trazendo seletivamente para a existência uma coisa em vez de outra, tal como um carro novo, um emprego ou uma promoção – que é exatamente o que o filme afirma; novamente, isso é filosofia do sujeito sob o efeito de esteróides, também conhecida como boomerite).
Física ruim e misticismo fosfórico: as pessoas estão famintas desse tipo de coisa; Deus as abençoe. Entre o modernismo (e o materialismo científico) e o pós-modernismo (e a negação da profundidade) , não sobra nada para alimentar a alma; assim, What the Bleep teria de ser recebido com um reconhecimento febril.
Desculpe-me por ser tão severo com ele, já que, sem dúvida, as intenções são decentes; mas é exatamente esse tipo de bobagem que gera uma inacreditável má fama para o misticismo e a espiritualidade entre os cientistas reais, todos pós-modernistas, e entre as pessoas que conseguem ler sem mover os lábios.
Ken Wilber, um dos maiores pensadores contemporâneos, considerado o fundador do campo de "Estudos Integrais", é uma das mais claras mentes e mais inteligentes vozes da atualidade. Ele foi chamado de o "Einstein da Consciência" por sua síntese das tradições psicológicas, filosóficas e espirituais do Oriente e do Ocidente. Sua obra visa a integrar o conhecimento humano, apresentando uma visão coerente que interliga harmoniosamente ciência, filosofia, arte, ética e espiritualidade.
____________ _________ _________ _________ _________
Quem é Ken Wilber?
Por Ari Raynsford
(Doutor em Engenharia Nuclear e Mestre em Engenharia Mecânica pelo Massachusetts Institute of Technology (MIT), e Engenheiro Naval pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo. Estuda a obra de Ken Wilber há quinze anos e trabalha há cinco na sua divulgação, ministrando palestras e cursos, e coordenando grupos de estudos)
Ken Wilber, um dos maiores filósofos e pensadores contemporâneos, considerado o fundador do campo de Estudos Integrais, é uma das mais claras mentes e mais inteligentes vozes da atualidade. Ele foi chamado de o "Einstein da Consciência" por sua síntese das mais importantes tradições psicológicas, filosóficas e espirituais do Oriente e do Ocidente.
Até o presente, Wilber escreveu 21 livros e dezenas de artigos e ensaios, muitos dos quais foram publicados em mais de 30 idiomas (inclusive o Português). Ele é o escritor acadêmico mais traduzido dos EUA. Algumas de suas notáveis obras, já editadas em Português, são: O Espectro da Consciência, A Consciência sem Fronteiras, O Projeto Atman, O Paradigma Holográfico, Um Deus Social, Transformações da Consciência, O Olho do Espírito, A União da Alma e dos Sentidos, Psicologia Integral, Uma Teoria de Tudo e seu único romance Boomerite – Um Romance que Tornará Você Livre (traduzido pelo autor deste artigo).
Mas numa época em que diariamente surgem novas teorias, metodologias e práticas, o que existe de tão especial na obra de Ken Wilber? Simplesmente ele conseguiu integrar todas as áreas do conhecimento em uma poderosa e revolucionária metateoria denominada Modelo Integral ou Sistema Operacional Integral.
Ao final da década de 1960, Wilber, então com 20 anos, interessou-se por compreender o desenvolvimento da consciência e empreendeu um exaustivo e intensivo estudo das principais escolas de psicologia ocidentais e das tradições de sabedoria orientais, que deu origem ao seu primeiro livro, O Espectro da Consciência, escrito aos 23 anos. Àquela época, surgiu-lhe uma contradição aparentemente insolúvel: Freud afirmava que para ser feliz o ser humano deve fortalecer o ego e Buda dizia que para ser feliz, deve morrer para o ego. Nessas situações, a reação da maioria das pessoas é aderir a uma opção: Freud está certo e Buda errado ou vice-versa. Wilber, entretanto, não aceitou a idéia de que um deles, ambos gênios em sua concepção, pudesse estar totalmente errado, nascendo então a premissa fundamental que rege o pensamento wilberiano: todos estão certos mas... parcialmente certos.
Daí em diante, seu trabalho centrou-se na busca de um sistema coerente que integrasse as verdades parciais das diferentes áreas do saber numa verdade que, embora ainda parcial, fosse mais abrangente. Seu universo de estudo inclui: Física, Química, Biologia, Medicina, Neurofisiologia, Bioquímica, Ecociências, Teoria do Caos, Ciências Sistêmicas, Complexidade, Política, Economia, Sociologia, Negócios, Filosofia, Arte, Psicologia, Antropologia, Mitologia e Escolas Contemplativas e Místicas Orientais e Ocidentais.
Em 1995, após mais de uma dezena de livros publicados, ele apresentou os fundamentos do Modelo Integral na obra seminal Sex, Ecology, Spirituality.
Até 1998 Wilber trabalhou praticamente de form solitária. Nesse ano, recebeu uma doação de um milhão de dólares de um empresário norte-americano que se encantou com suas idéias. Este fato foi extremamente importante para a divulgação e desenvolvimento do Modelo Integral: ele fundou o Integral Institute. Alguns pensadores integrais, membros fundadores desse instituto, são: Warren Bennis, Fred Kofman, Deepak Chopra, Robert Kegan, Francisco Varela, Roger Walsh, Frances Vaughan, Michael Murphy, Larry Dossey, Joe Firmage, George Leonard, Tami Simon, Alex Grey, Stuart Davis, Ed Kowalczyk, entre outros.
Atualmente, o Integral Institute possui um corpo de mais de 400 pensadores desenvolvendo, sob o enfoque integral, teorias e metodologias práticas nas seguintes áreas: Psicologia, Negócios, Política, Medicina, Educação, Direito, Arte, Ecologia e Espiritualidade. Além disso, está previsto para breve o início das atividades da Integral Univesity.
Os esforços do Integral Institute estão concentrados no desenvolvimento e integração de teorias e metodologias que melhorem o denho e mantenham equilibradas quatro facetas fundamentais (Wilber as chama de quadrantes) presentes em tudo que existe: comportamental, intencional, cultural e social. Além disso, o Modelo Integral preocupa-se em integrar os diferentes e variados níveis de consciência dos indivíduos que interagem no mundo, tanto interna quanto externamente, aprimorando o relacionamento e, acima de tudo, procurando incentivar o crescimento contínuo, independentemente do nível de consciência de cada um.
Mais informações sobre Ken Wilber podem ser encontradas nos sites:
www.ariray.com. br
www.kenwilber. com
www.integralinstitu te.org
www.integralworld. net
Uma Crítica de Ken Wilber
(Excerto do livro Integral Spirituality)
O surpreendente sucesso desse filme independente mostra simplesmente como as pessoas estão necessitadas de algum tipo de validação para uma visão-de-mundo mais espiritual e mística. Mas os problemas com ele são tão grandes, a ponto de ser difícil saber por onde começar. What the Bleep (Quem somos nós?) foi montado a partir de uma série de entrevistas com físicos e místicos, todos fazendo afirmações ontológicas sobre a natureza da realidade e sobre o fato que – sim, adivinhe – "você cria sua própria realidade". Mas você não cria sua própria realidade; quem faz isto são os psicóticos. Há no mínimo seis importantes escolas de física moderna e nenhuma delas concorda com as afirmações genéricas e radicais apresentadas no filme.
Nenhuma escola de física acredita que um ser humano possa colapsar a equação da onda de Schroedinger em 100% dos átomos de um objeto de modo a "trazê-lo" para a existência. A física é simplesmente terrível nesse filme, e o misticismo não fica atrás, sendo aquele de uma pessoa ("Ramtha") que afirma ser um guerreiro de trinta e cinco mil anos de idade proveniente da Atlântida. Nenhum dos entrevistados é identificado enquanto fala, pois o filme deseja passar a impressão de que todos são cientistas muito conhecidos e respeitados. O resultado líquido é um misticismo new age (do tipo "seu ego está encarregado de tudo") com uma física deplorável (tudo numa forma de mingau Paradigma-415; mesmo SE uma mente humana fosse necessária para "trazer" para a existência um objeto – e até David Bohm discorda dessa idéia fosfórica! – mas mesmo se, o ponto seria que essa Grande Mente estaria "trazendo" para a existência TODA a manifestação momento a momento – não apenas trazendo seletivamente para a existência uma coisa em vez de outra, tal como um carro novo, um emprego ou uma promoção – que é exatamente o que o filme afirma; novamente, isso é filosofia do sujeito sob o efeito de esteróides, também conhecida como boomerite).
Física ruim e misticismo fosfórico: as pessoas estão famintas desse tipo de coisa; Deus as abençoe. Entre o modernismo (e o materialismo científico) e o pós-modernismo (e a negação da profundidade) , não sobra nada para alimentar a alma; assim, What the Bleep teria de ser recebido com um reconhecimento febril.
Desculpe-me por ser tão severo com ele, já que, sem dúvida, as intenções são decentes; mas é exatamente esse tipo de bobagem que gera uma inacreditável má fama para o misticismo e a espiritualidade entre os cientistas reais, todos pós-modernistas, e entre as pessoas que conseguem ler sem mover os lábios.
Ken Wilber, um dos maiores pensadores contemporâneos, considerado o fundador do campo de "Estudos Integrais", é uma das mais claras mentes e mais inteligentes vozes da atualidade. Ele foi chamado de o "Einstein da Consciência" por sua síntese das tradições psicológicas, filosóficas e espirituais do Oriente e do Ocidente. Sua obra visa a integrar o conhecimento humano, apresentando uma visão coerente que interliga harmoniosamente ciência, filosofia, arte, ética e espiritualidade.
____________ _________ _________ _________ _________
Quem é Ken Wilber?
Por Ari Raynsford
(Doutor em Engenharia Nuclear e Mestre em Engenharia Mecânica pelo Massachusetts Institute of Technology (MIT), e Engenheiro Naval pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo. Estuda a obra de Ken Wilber há quinze anos e trabalha há cinco na sua divulgação, ministrando palestras e cursos, e coordenando grupos de estudos)
Ken Wilber, um dos maiores filósofos e pensadores contemporâneos, considerado o fundador do campo de Estudos Integrais, é uma das mais claras mentes e mais inteligentes vozes da atualidade. Ele foi chamado de o "Einstein da Consciência" por sua síntese das mais importantes tradições psicológicas, filosóficas e espirituais do Oriente e do Ocidente.
Até o presente, Wilber escreveu 21 livros e dezenas de artigos e ensaios, muitos dos quais foram publicados em mais de 30 idiomas (inclusive o Português). Ele é o escritor acadêmico mais traduzido dos EUA. Algumas de suas notáveis obras, já editadas em Português, são: O Espectro da Consciência, A Consciência sem Fronteiras, O Projeto Atman, O Paradigma Holográfico, Um Deus Social, Transformações da Consciência, O Olho do Espírito, A União da Alma e dos Sentidos, Psicologia Integral, Uma Teoria de Tudo e seu único romance Boomerite – Um Romance que Tornará Você Livre (traduzido pelo autor deste artigo).
Mas numa época em que diariamente surgem novas teorias, metodologias e práticas, o que existe de tão especial na obra de Ken Wilber? Simplesmente ele conseguiu integrar todas as áreas do conhecimento em uma poderosa e revolucionária metateoria denominada Modelo Integral ou Sistema Operacional Integral.
Ao final da década de 1960, Wilber, então com 20 anos, interessou-se por compreender o desenvolvimento da consciência e empreendeu um exaustivo e intensivo estudo das principais escolas de psicologia ocidentais e das tradições de sabedoria orientais, que deu origem ao seu primeiro livro, O Espectro da Consciência, escrito aos 23 anos. Àquela época, surgiu-lhe uma contradição aparentemente insolúvel: Freud afirmava que para ser feliz o ser humano deve fortalecer o ego e Buda dizia que para ser feliz, deve morrer para o ego. Nessas situações, a reação da maioria das pessoas é aderir a uma opção: Freud está certo e Buda errado ou vice-versa. Wilber, entretanto, não aceitou a idéia de que um deles, ambos gênios em sua concepção, pudesse estar totalmente errado, nascendo então a premissa fundamental que rege o pensamento wilberiano: todos estão certos mas... parcialmente certos.
Daí em diante, seu trabalho centrou-se na busca de um sistema coerente que integrasse as verdades parciais das diferentes áreas do saber numa verdade que, embora ainda parcial, fosse mais abrangente. Seu universo de estudo inclui: Física, Química, Biologia, Medicina, Neurofisiologia, Bioquímica, Ecociências, Teoria do Caos, Ciências Sistêmicas, Complexidade, Política, Economia, Sociologia, Negócios, Filosofia, Arte, Psicologia, Antropologia, Mitologia e Escolas Contemplativas e Místicas Orientais e Ocidentais.
Em 1995, após mais de uma dezena de livros publicados, ele apresentou os fundamentos do Modelo Integral na obra seminal Sex, Ecology, Spirituality.
Até 1998 Wilber trabalhou praticamente de form solitária. Nesse ano, recebeu uma doação de um milhão de dólares de um empresário norte-americano que se encantou com suas idéias. Este fato foi extremamente importante para a divulgação e desenvolvimento do Modelo Integral: ele fundou o Integral Institute. Alguns pensadores integrais, membros fundadores desse instituto, são: Warren Bennis, Fred Kofman, Deepak Chopra, Robert Kegan, Francisco Varela, Roger Walsh, Frances Vaughan, Michael Murphy, Larry Dossey, Joe Firmage, George Leonard, Tami Simon, Alex Grey, Stuart Davis, Ed Kowalczyk, entre outros.
Atualmente, o Integral Institute possui um corpo de mais de 400 pensadores desenvolvendo, sob o enfoque integral, teorias e metodologias práticas nas seguintes áreas: Psicologia, Negócios, Política, Medicina, Educação, Direito, Arte, Ecologia e Espiritualidade. Além disso, está previsto para breve o início das atividades da Integral Univesity.
Os esforços do Integral Institute estão concentrados no desenvolvimento e integração de teorias e metodologias que melhorem o denho e mantenham equilibradas quatro facetas fundamentais (Wilber as chama de quadrantes) presentes em tudo que existe: comportamental, intencional, cultural e social. Além disso, o Modelo Integral preocupa-se em integrar os diferentes e variados níveis de consciência dos indivíduos que interagem no mundo, tanto interna quanto externamente, aprimorando o relacionamento e, acima de tudo, procurando incentivar o crescimento contínuo, independentemente do nível de consciência de cada um.
Mais informações sobre Ken Wilber podem ser encontradas nos sites:
www.ariray.com. br
www.kenwilber. com
www.integralinstitu te.org
www.integralworld. net
quarta-feira, outubro 10, 2007
O AMOR PODE MATAR!
RELAÇÕES NEGATIVAS AUMENTAM RISCO DE CARDIOPATIA
Os casais cujas relações estão na mó de baixo têm mais possibilidades de vir a sofrer de doenças cardíacas. A imagem milenar do desamor como "mal do coração" ganha agora contornos científicos.
Uma equipa de cientistas britânicos, que publicou esta semana um artigo no Archives of Internal Medicine, estudou, durante mais de 12 anos, 9011 concidadãos. A ideia era verificar se as pessoas que mantêm relações afectivas tumultuosas durante um largo período de tempo tinham, ou não, mais possibilidades de, no futuro, vir a sofrer de problemas coronánios.
A equipa escolheu 6114 homens e 2897 mulheres, todos funcionários públicos do Reino Unido. Dos 8499 que, no início da pesquisa, não apresentavam qualquer problema cardíaco, 589 tiveram problemas de coração durante os anos em que a observação durou.
Depois de ter levado em conta outros factores que poderiam ter interferido e provocado um aumento do risco cardiovascular, os cientistas assumiram que quem apresentava problemas nas suas relações mais íntimas tinha mais 34% de possibilidades de desenvolver uma enfermidade relacionada com o coração do que os restantes membros da pesquisa.
No início do trabalho científico, os investigados tiveram de revelar dados sobre as suas relações, tais como o apoio mútuo, a confiança entre os membros do casal, que tipo de interesses compartilhavam e se consideravam que havia reciprocidade na relação. Para além disso, os cientistas trabalharam dados como a idade, o sexo, o tipo de trabalho efectuado ou se os indivíduos se tinham divorciado recentemente.
"Os resultados da investigação indicam que as interacções negativas nas relações íntimas incrementam o risco de incidência de uma enfermidade cardiovascular", lê-se no estudo. "O efeito é independente de qualquer característica sociodemográfica, factores biológicos ou psicos-sociais, bem como de comportamentos ligados à saúde", tais como ingestão de álcool, obesidade ou tabagismo. Os investigadores levaram ainda em linha de conta, estatisticamente, os indivíduos com colesterol a mais, diabetes, consumo regular de fruta e legumes e pessoas que fazem ou não exercício físico.Variáveis como a tendência para a depressão e para a afectividade negativa ou a existência de níveis elevados de stress no trabalho também foram consideradas.
"É possível que os aspectos negativos no seio das relações íntimas sejam mais importantes para a saúde devido ao poder que essas relações têm para activar emoções fortes, como a preocupação ou a ansiedade e os correlativos aspectos fisiológicos", explicam os cientistas britânicos.
O estudo foi levado a cabo por uma equipa do International Institute for Society and Health e do Department of Epidemiology da University CollegeLondon. - M.A.C.
Os casais cujas relações estão na mó de baixo têm mais possibilidades de vir a sofrer de doenças cardíacas. A imagem milenar do desamor como "mal do coração" ganha agora contornos científicos.
Uma equipa de cientistas britânicos, que publicou esta semana um artigo no Archives of Internal Medicine, estudou, durante mais de 12 anos, 9011 concidadãos. A ideia era verificar se as pessoas que mantêm relações afectivas tumultuosas durante um largo período de tempo tinham, ou não, mais possibilidades de, no futuro, vir a sofrer de problemas coronánios.
A equipa escolheu 6114 homens e 2897 mulheres, todos funcionários públicos do Reino Unido. Dos 8499 que, no início da pesquisa, não apresentavam qualquer problema cardíaco, 589 tiveram problemas de coração durante os anos em que a observação durou.
Depois de ter levado em conta outros factores que poderiam ter interferido e provocado um aumento do risco cardiovascular, os cientistas assumiram que quem apresentava problemas nas suas relações mais íntimas tinha mais 34% de possibilidades de desenvolver uma enfermidade relacionada com o coração do que os restantes membros da pesquisa.
No início do trabalho científico, os investigados tiveram de revelar dados sobre as suas relações, tais como o apoio mútuo, a confiança entre os membros do casal, que tipo de interesses compartilhavam e se consideravam que havia reciprocidade na relação. Para além disso, os cientistas trabalharam dados como a idade, o sexo, o tipo de trabalho efectuado ou se os indivíduos se tinham divorciado recentemente.
"Os resultados da investigação indicam que as interacções negativas nas relações íntimas incrementam o risco de incidência de uma enfermidade cardiovascular", lê-se no estudo. "O efeito é independente de qualquer característica sociodemográfica, factores biológicos ou psicos-sociais, bem como de comportamentos ligados à saúde", tais como ingestão de álcool, obesidade ou tabagismo. Os investigadores levaram ainda em linha de conta, estatisticamente, os indivíduos com colesterol a mais, diabetes, consumo regular de fruta e legumes e pessoas que fazem ou não exercício físico.Variáveis como a tendência para a depressão e para a afectividade negativa ou a existência de níveis elevados de stress no trabalho também foram consideradas.
"É possível que os aspectos negativos no seio das relações íntimas sejam mais importantes para a saúde devido ao poder que essas relações têm para activar emoções fortes, como a preocupação ou a ansiedade e os correlativos aspectos fisiológicos", explicam os cientistas britânicos.
O estudo foi levado a cabo por uma equipa do International Institute for Society and Health e do Department of Epidemiology da University CollegeLondon. - M.A.C.
domingo, outubro 07, 2007
O Cérebro Feminino!!!!!!!!!
Qualquer cérebro começa como um cérebro feminino. Apenas se torna masculino oito semanas após a concepção, quando o excesso de testosterona encolhe o centro comunicacional, reduz o córtex e duplica a área do cérebro dedicada ao sexo.
Louann Brizendine é uma reconhecida neuropsiquiatra que apresenta nesta obra de grande sucesso nos Estados Unidos “O Cérebro Feminino” as últimas descobertas para demonstrar como a estrutura única do cérebro feminino determina o pensamento das mulheres, aquilo que elas valorizam, como comunicam e a quem amam.
Nesta obra, Brizendine revela a explicação neurológica para o facto de:
uma mulher utilizar cerca de 20 mil palavras por dia, enquanto que o homem ficva pleas 7 mil;
uma mulher recordar discussões que o homem insiste nunca terem acontecido;
uma adolescente ser obcecada com o visual e as conversas ao telefone;
os pensamentos por sexo entrarem na cabeça de uma mulher uma vez por dia, ao passo que no cérebro masculino surgem cerca de uma vez por minuto;
uma mulher saber o que as pessoas estão a sentir, enquanto o homem não consegue detectar nenhuma emoção a menos que alguém chore ou o ameace fisicamente;
uma mulher acima dos 50 anos ter mais probabilidades de pedir o divórcio que um homem.
Este livro é um relato esclarecedor dos fundamentos biológicos do comportamento humano, destinado a tornar-se um clássico para o estudo dos sexos.
As mulheres vão sair da leitura destes livro a saber que possuem uma poderosa máquina comunicativa. Os homens vão desenvolver um caso sério de inveja cerebral.
O Cérebro Feminino, de Louanne Brizendine, Alêtheia Editores, 2007
psssstttt: Amigos, preparem-se para ficar cheios de inveja cerebral!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Louann Brizendine é uma reconhecida neuropsiquiatra que apresenta nesta obra de grande sucesso nos Estados Unidos “O Cérebro Feminino” as últimas descobertas para demonstrar como a estrutura única do cérebro feminino determina o pensamento das mulheres, aquilo que elas valorizam, como comunicam e a quem amam.
Nesta obra, Brizendine revela a explicação neurológica para o facto de:
uma mulher utilizar cerca de 20 mil palavras por dia, enquanto que o homem ficva pleas 7 mil;
uma mulher recordar discussões que o homem insiste nunca terem acontecido;
uma adolescente ser obcecada com o visual e as conversas ao telefone;
os pensamentos por sexo entrarem na cabeça de uma mulher uma vez por dia, ao passo que no cérebro masculino surgem cerca de uma vez por minuto;
uma mulher saber o que as pessoas estão a sentir, enquanto o homem não consegue detectar nenhuma emoção a menos que alguém chore ou o ameace fisicamente;
uma mulher acima dos 50 anos ter mais probabilidades de pedir o divórcio que um homem.
Este livro é um relato esclarecedor dos fundamentos biológicos do comportamento humano, destinado a tornar-se um clássico para o estudo dos sexos.
As mulheres vão sair da leitura destes livro a saber que possuem uma poderosa máquina comunicativa. Os homens vão desenvolver um caso sério de inveja cerebral.
O Cérebro Feminino, de Louanne Brizendine, Alêtheia Editores, 2007
psssstttt: Amigos, preparem-se para ficar cheios de inveja cerebral!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
quarta-feira, outubro 03, 2007
...como tornar-se doente mental...
Se não mentir a si próprio, descobrirá que é uma pessoa com limites e deixará de querer ir a todas, como fazem os fóbicos. Também não será dono da verdade nem tão importante como são os paranóicos. Não será o mais perfeito, o que fica para os obcessivos, nem tão brilhante ou poderoso como os histriónicos e psicopatas. Não será uma pessoa muito especial, como os esquizofrénicos, nem um génio, como os maníaco-depressivos.
Será apenas uma pessoa comum que aceita os desafios e os paradoxos da vida, faz o possível para, em cada momento, dar o que pode e actuar em conjunto com os outros. No entanto, tem de assumir a responsabilidade completa pelas suas acções. Afinal, todos fomos expulsos do Paraíso e condenados à solidariedade. Fizémos das fraquezas forças e, uns com os outros, construímos coisas admiráveis.
Convenhamos entretanto que tudo isto é muito complicado, pouco gratificante e difícil de fazer. Fácil, fácil, é mesmo tornar-se doente mental.
(in Como tornar-se doente mental (Epílogo), de J. L. Pio Abreu, Quarteto Editora, 2001)
psssiuuu: a não perder uma inteligente e hilariante leitura!!!!
Será apenas uma pessoa comum que aceita os desafios e os paradoxos da vida, faz o possível para, em cada momento, dar o que pode e actuar em conjunto com os outros. No entanto, tem de assumir a responsabilidade completa pelas suas acções. Afinal, todos fomos expulsos do Paraíso e condenados à solidariedade. Fizémos das fraquezas forças e, uns com os outros, construímos coisas admiráveis.
Convenhamos entretanto que tudo isto é muito complicado, pouco gratificante e difícil de fazer. Fácil, fácil, é mesmo tornar-se doente mental.
(in Como tornar-se doente mental (Epílogo), de J. L. Pio Abreu, Quarteto Editora, 2001)
psssiuuu: a não perder uma inteligente e hilariante leitura!!!!
segunda-feira, setembro 10, 2007
ilusão....
"... E de novo acredito que nada do que é importante se perde verdadeiramente. Apenas nos iludimos, julgando ser donos das coisas, dos instantes e dos outros. Comigo caminham todos os mortos que amei, todos os amigos que se afastaram, todos os dias felizes que se apagaram. Não perdi nada, apenas a ilusão de que tudo podia ser meu para sempre."
Miguel Sousa Tavares,
a propósito da perda da sua Mãe, a escritora e poetisa Sophia de Mello-Breyner.
Miguel Sousa Tavares,
a propósito da perda da sua Mãe, a escritora e poetisa Sophia de Mello-Breyner.
sexta-feira, setembro 07, 2007
Omenagem hortográfica
A senhora menistra da Educação açegurou ao presidente da República que, em futuras provas de aferissão do 4.º e do 6.º anos de iscolaridade, os critérios vão ser difrentes dos que estão em vigor atualmente. Ou seja os erros hortográficos já vão contar para a avaliassão que esses testes pretendem efetuar. Vale a pena eisplicar o suçedido, depois de o responçável pelo gabinete de avaliassões do Menistério da Educação ter cido tão mal comprendido e, em alguns cazos, injustissado. Quando se trata de dar opiniões sobre educassão, todos estamos com vontade de meter o bedelho. Pelo menos. Como se sabe, as chamadas provas de aferissão não são izames propriamente ditos limitão-se a aferir, a avaliar - sem o rigôr de uma prova onde a nota conta para paçar ou para xumbar ao final desses ciclos de aprendizagem. Servem para que o menistério da Educação recolha dados sobre a qualidade do encino e das iscólas, sobre o trabalho dos profeçores e sobre as competênssias e deficiênçias dos alunos. Quando se soube que, na primeira parte da prova de Português, não eram levados em conta os erros hortográficos dados pelos alunos, logo houve algumas vozes excandalisadas que julgaram estar em curso mais uma das expriências de mudernização do encino, em que o Menistério tem cido tão prodigo. Não era o caso porque tudo isto vem desde 2001. Como foi eisplicado, havia patamares no primeiro deles, intereçava ver se os alunos comprendiam e interpetavam corretamente um teisto que lhes era fornessido. Portantos, na correção dessa parte da prova, não eram tidos em conta os erros hortográficos, os sinais gráficos e quaisqueres outros erros de português excrito. Valorisando a competenssia interpetativa na primeira parte, entendiasse que uma ipotetica competenssia hortográfica seria depois avaliada, quando fosse pedido ao aluno que escrevê-se uma compozição. Aí sim, os erros hortográficos seriam, digamos, contabilisados - embora, como se sabe, os alunos não sejam penalisados: á horas pra tudo, quer o Menistério dizer; nos primeiros cinco minutos, trata-se de interpetar; nos quinze minutos finais, trata-se da hortografia. Á, naturalmente, um prublema, que é o de comprender um teisto através de uma leitura com erros hortográficos. Nós julgáva-mos, na nossa inoçência, que escrever mal era pensar mal, interpetar mal, eisplicar mal. Abreviando e simplificando, a avaliassão entende que um aluno pode dar erros hortográficos desde que tenha perssebido o essencial do teisto que comenta (mesmo que o teisto fornessido não com tenha erros hortográficos). Numa fase posterior, pedesse-lhe "Então, criançinha, agora escreve aí um teisto sem erros hortográficos." E, emendando a mão, como já pedesse-lhe para não dar erros, a criancinha não dá erros. A questão é saber se as pessoas (os cidadões, os eleitores, os profeçores, "a comonidade educativa") querem que os alunos saião da iscóla a produzir abundãnssia de erros hortográficos, ou seja, se os erros hortográficos não téêm importânssia nenhuma - ou se tem. Não entendo como os alunos podem amostrar "que comprenderam" um teisto, eisplicando-o sem interesar a cantidade de erros hortográficos. Em primeiro lugar porque um erro hortográfico é um erro hortográfico, e não deve de haver desculpas. Em segundo lugar, porque obrigar um profeçor a deixar passar em branco os erros hortográficos é uma injustiça e um pressedente grave, além de uma desautorizassão do trabalho que fizeram nas aulas. Depois, porque se o gabinete de avaliassão do Menistério quer saber como vão os alunos em matéria de competenssias, que trate de as avaliar com os instromentos que tem há mão sem desautorisar ou humilhar os profeçores. Peçoalmente, comprendo a intensão. Sei que as provas de aferissão não contam para nota e hádem, mais tarde, ser modificadas. Paço a paço, a hortografia háde melhorar.
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Francisco José Viegas
escreve no JN, semanalmente, às segundas-feiras.
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Francisco José Viegas
escreve no JN, semanalmente, às segundas-feiras.
domingo, setembro 02, 2007
ORAÇÃO...
"Concedei-nos Senhor,
Serenidade necessária para aceitar as coisas que não podemos modificar,
Coragem para modificar aquelas que podemos e...
Sabedoria para distinguirmos umas das outras. "
psssttt: agradece-se algum jogo de cintura para aceitar as mudanças profissionais que aí vêm... finalmente! vou tentar construir um moinho de vento, em vez de uma barreira, perante tal vendaval, tal revoada de ideias...desconcertantes mas acredito...concertadas!
Serenidade necessária para aceitar as coisas que não podemos modificar,
Coragem para modificar aquelas que podemos e...
Sabedoria para distinguirmos umas das outras. "
psssttt: agradece-se algum jogo de cintura para aceitar as mudanças profissionais que aí vêm... finalmente! vou tentar construir um moinho de vento, em vez de uma barreira, perante tal vendaval, tal revoada de ideias...desconcertantes mas acredito...concertadas!
quinta-feira, agosto 30, 2007
Entrevista de Robert Happé
Demora algum tempo mas... vale a pena ouvir esta entrevista!!!
FIQUEM BEM!! CARPE DIEM!!!
NAMASTE!
FIQUEM BEM!! CARPE DIEM!!!
NAMASTE!
quarta-feira, agosto 29, 2007
FABULÁSTICO!!!!.....
FABULOSO....FANTÁSTICO é o mínimo que se pode dizer!
Muita arte, mas muito trabalho também. Tirem 5 minutos e apreciem.
As acrobacias aliadas à dança são incríveis e lindas!
A Directora do Ballet da Ópera de Paris, Claude Bessy, apresenta um fantástico pas-de-deux, com integrantes do Circo de Ballet Chinês, que se apresentou no Festival de Circo de Mónaco, onde a bailarina dança em pontas sobre os ombros e a cabeça do bailarino.
Muita arte, mas muito trabalho também. Tirem 5 minutos e apreciem.
As acrobacias aliadas à dança são incríveis e lindas!
A Directora do Ballet da Ópera de Paris, Claude Bessy, apresenta um fantástico pas-de-deux, com integrantes do Circo de Ballet Chinês, que se apresentou no Festival de Circo de Mónaco, onde a bailarina dança em pontas sobre os ombros e a cabeça do bailarino.
sexta-feira, agosto 17, 2007
ARTE...
HAL9000, um grupo italiano especializado em restauro e preservação de obras de arte, colocou na Net uma gigantesca imagem de 8,6 gigapixels de um fresco italiano de 1513, existente na Igreja de Santa Maria delle Grazie, em Varalli Sesia, na Itália, da autoria de Gaudenzio Ferrarri, um dos grandes mestres do Renascimento. O grupo afirma ser a maior fotografia de alta resolução do mundo.
O resultado final é surpreendente. A possibilidade de ampliar a imagem até ao mínimo pormenor, leva o visitante a conhecer a obra de arte com um detalhe que, de outra forma, seria impossível. O Requiem de Mozart que acompanha a visualização da imagem torna a experiência ainda mais atraente.
O resultado final é surpreendente. A possibilidade de ampliar a imagem até ao mínimo pormenor, leva o visitante a conhecer a obra de arte com um detalhe que, de outra forma, seria impossível. O Requiem de Mozart que acompanha a visualização da imagem torna a experiência ainda mais atraente.
quarta-feira, julho 25, 2007
CELULITE....
"A celulite é uma defesa orgânica feminina.
O organismo coloca no nosso rabiosque o excesso de gordura em vez de entupir as artérias.
Por isto, os homens têm mais enfartes do que as mulheres."
Eu tinha certeza que havia um motivo...
Deus não é injusto!!"
O organismo coloca no nosso rabiosque o excesso de gordura em vez de entupir as artérias.
Por isto, os homens têm mais enfartes do que as mulheres."
Eu tinha certeza que havia um motivo...
Deus não é injusto!!"
segunda-feira, julho 23, 2007
PORTUGUESES: machos... ou femininos?
Somos femininos! Também o são os escandinavos. A feminilidade é uma característica cultural com implicações para a vida organizacional e societal. Nas sociedades masculinas prevalecem a orientação para os resultados, o sucesso e a competição. Os homens e as mulheres têm papéis bem distintos: o homem deve ser forte, impor-se e interessar-se pelo sucesso material. Da mulher espera-se que seja mais modesta, terna e preocupada com a qualidade de vida. As culturas femininas valorizam o bem- -estar e a qualidade do relacionamento interpessoal. Espera-se que homens e mulheres sejam modestos, ternos, preocupados com a qualidade de vida, a preservação do ambiente e a ajuda aos outros.
Os dados de Hofstede são claros: Portugal é feminino. Em entrevista à Exame, em 1997, o autor sublinhava: "Portugal é um país tipicamente latino, pertencendo, por isso, ao grupo mais feminino. No entanto, reconheci imediatamente que os portugueses diferem dos outros países latinos e, ao contrário dos espanhóis, não matam os seus touros. Os portugueses tendem a ser mais simpáticos para as pessoas e são bons negociadores, tentando sempre encontrar uma via pacífica. Por isso, resolvem muitos problemas negociando, e não guerreando."
O recente projecto multinacional GLOBE (Global Leadership and Organizational Behavior Effectiveness) reitera: somos menos assertivos do que a média e os níveis de igualitarismo sexual são superiores à média das mais de 60 sociedades estudadas. Estudos nacionais e internacionais sobre o perfil motivacional português reforçam o dado: somos afiliativos. Em suma: (1) comunicamos de modo indirecto; (2) procuramos ser "diplomáticos"; (3) nem sempre dizemos o "não" que gostaríamos de afirmar!; (4) valorizamos as relações interpessoais e as amizades; (5) valorizamos mais a boa relação com o superior do que a transparência e a justiça dos procedimentos. Pela vertente mais negativa, somos propensos ao "amiguismo". E, dado que também valorizamos a "distância de poder", acabamos por reverenciar desmesuradamente as figuras de autoridade e por dizer aos nossos líderes o que eles desejam ouvir! A nossa feminilidade também ajuda a explicar por que os sistemas de recompensa do mérito, ao introduzirem factores "agressivos" de competição e diferenciação, são dificilmente implantáveis e geram, por vezes, efeitos perversos.
Será a feminilidade um "defeito"? Não é. Os países escandinavos são mais femininos do que Portugal e atingiram níveis invejáveis de desenvolvimento económico. E, tal como reflectem os seus elevados índices de desenvolvimento humano (ONU), conciliaram o crescimento económico com uma forte orientação para a qualidade de vida, o equilíbrio social e a qualidade ambiental. Ao contrário, alguns países fortemente masculinos alcançaram forte crescimento económico, mas acompanhado de grandes bolsas de exclusão social e problemas ambientais acentuados. O facto de sermos femininos não nos torna, pois, menos capazes. Podemos melhorar os índices de desenvolvimento económico sem nos descaracterizarmos. Do que precisamos é de mais orientação para o rigor, o planeamento e a organização. Necessitamos de premiar o mérito, criando transparência nos processos - para que a inveja deixe de ser uma pecha nacional. Urge criar sistemas de responsabilização individual a todos os níveis, para que a culpa "não morra solteira" e as responsabilidades pelas nossas asneiras não sejam diluídas por entre o colectivo da acção.
Podemos melhorar o nosso desenvolvimento económico canalizando-o para a melhoria da qualidade de vida dos portugueses, num clima de harmonia que evite os focos de distúrbio e as maleitas sociais mais perversas. Podemos conciliar a competição com a cooperação - gerando coopetição! Afinal, para que serve o desenvolvimento económico se não for acompanhado da realização pessoal e de maior felicidade? O País e os portugueses têm virtudes assinaláveis. Que elas sejam orientadas para a melhoria económica e o bem-estar.
Arménio Rego
Professor da Universidade de Aveiro
Para desenvolver o assunto:
- Hofstede, G. (1991). Cultures and Organizations: Software of the mind. London: McGraw-Hill.
- Jesuíno, J. C. (2002). Latin Europe Cluster: From South to North. Journal of World Business, 37, 81-89.
- Rego, A. (2004). Uma visão peculiar sobre a cultura nacional: A "Tourada Portuguesa" como Metáfora. Gestão e Desenvolvimento, 12, 105-121.
Os dados de Hofstede são claros: Portugal é feminino. Em entrevista à Exame, em 1997, o autor sublinhava: "Portugal é um país tipicamente latino, pertencendo, por isso, ao grupo mais feminino. No entanto, reconheci imediatamente que os portugueses diferem dos outros países latinos e, ao contrário dos espanhóis, não matam os seus touros. Os portugueses tendem a ser mais simpáticos para as pessoas e são bons negociadores, tentando sempre encontrar uma via pacífica. Por isso, resolvem muitos problemas negociando, e não guerreando."
O recente projecto multinacional GLOBE (Global Leadership and Organizational Behavior Effectiveness) reitera: somos menos assertivos do que a média e os níveis de igualitarismo sexual são superiores à média das mais de 60 sociedades estudadas. Estudos nacionais e internacionais sobre o perfil motivacional português reforçam o dado: somos afiliativos. Em suma: (1) comunicamos de modo indirecto; (2) procuramos ser "diplomáticos"; (3) nem sempre dizemos o "não" que gostaríamos de afirmar!; (4) valorizamos as relações interpessoais e as amizades; (5) valorizamos mais a boa relação com o superior do que a transparência e a justiça dos procedimentos. Pela vertente mais negativa, somos propensos ao "amiguismo". E, dado que também valorizamos a "distância de poder", acabamos por reverenciar desmesuradamente as figuras de autoridade e por dizer aos nossos líderes o que eles desejam ouvir! A nossa feminilidade também ajuda a explicar por que os sistemas de recompensa do mérito, ao introduzirem factores "agressivos" de competição e diferenciação, são dificilmente implantáveis e geram, por vezes, efeitos perversos.
Será a feminilidade um "defeito"? Não é. Os países escandinavos são mais femininos do que Portugal e atingiram níveis invejáveis de desenvolvimento económico. E, tal como reflectem os seus elevados índices de desenvolvimento humano (ONU), conciliaram o crescimento económico com uma forte orientação para a qualidade de vida, o equilíbrio social e a qualidade ambiental. Ao contrário, alguns países fortemente masculinos alcançaram forte crescimento económico, mas acompanhado de grandes bolsas de exclusão social e problemas ambientais acentuados. O facto de sermos femininos não nos torna, pois, menos capazes. Podemos melhorar os índices de desenvolvimento económico sem nos descaracterizarmos. Do que precisamos é de mais orientação para o rigor, o planeamento e a organização. Necessitamos de premiar o mérito, criando transparência nos processos - para que a inveja deixe de ser uma pecha nacional. Urge criar sistemas de responsabilização individual a todos os níveis, para que a culpa "não morra solteira" e as responsabilidades pelas nossas asneiras não sejam diluídas por entre o colectivo da acção.
Podemos melhorar o nosso desenvolvimento económico canalizando-o para a melhoria da qualidade de vida dos portugueses, num clima de harmonia que evite os focos de distúrbio e as maleitas sociais mais perversas. Podemos conciliar a competição com a cooperação - gerando coopetição! Afinal, para que serve o desenvolvimento económico se não for acompanhado da realização pessoal e de maior felicidade? O País e os portugueses têm virtudes assinaláveis. Que elas sejam orientadas para a melhoria económica e o bem-estar.
Arménio Rego
Professor da Universidade de Aveiro
Para desenvolver o assunto:
- Hofstede, G. (1991). Cultures and Organizations: Software of the mind. London: McGraw-Hill.
- Jesuíno, J. C. (2002). Latin Europe Cluster: From South to North. Journal of World Business, 37, 81-89.
- Rego, A. (2004). Uma visão peculiar sobre a cultura nacional: A "Tourada Portuguesa" como Metáfora. Gestão e Desenvolvimento, 12, 105-121.
sexta-feira, julho 20, 2007
O ÚNICO DEFEITO DA MULHER
"Se uma memória restou das festinhas e reuniões de familiares na minha infância, foi a divisão sexual entre os convivas: mulheres de um lado, homens do outro. Não sei se hoje isso ainda acontece. Sou anti-social ao ponto de não frequentar qualquer evento com mais de 4 pessoas, o que não me credencia a emitir juízos. Mas era assim que a coisa acontecia naqueles tempos. Tive uma infância feliz: sempre fui considerado esquisito, estranho e solitário, o que me permitia ficar quieto a observar a paisagem. Bem, depressa verifiquei que o apartheid sexual ia muito além das diferenças anatómicas. A fronteira era determinada pelos de vista, atitude e prioridades.Explico: no lado masculino imperava o embate das comparações e disputas. "O meu carro é mais potente, a minha televisão é mais moderna, o meu salário é maior, a vista do meu apartamento é melhor, a minha equipe de futebol é mais forte, eu dou 3 por noite" e outras cascatas típicas da macheza. Já no lado oposto, respirava-se outro ar. As opiniões eram eram quase sempre ligadas ao sentir. Falava-se de sentimentos, frustrações e recalques com uma falta de cerimónia que me deliciava. Os maridos preferiam classificar aquele ti-ti-ti como mexerico.
Discordo. Destas reminiscências infantis veio a minha total e irrestrita paixão pelas mulheres.
Constatem, é fácil.Enquanto o homem vem ao mundo completamente cru, as mulheres já chegam com quase metade da lição estudada. Qualquer menina de 2 ou 3 anos já tem preocupações de ordem prática. Ela brinca às casinhas e aprende a pôr um pouco de ordem nas coisas. Ela pede uma bonequinha a quem chama filha e da qual cuida, instintivamente, como qualquer mãe veterana. Ela fala em namoro mesmo sem ter uma ideia muito clara do que vem a ser isso. Noutras palavras, ela já nasce a saber. E o que não sabe, intui.
Já com os homens a historia é outra. Você já viu um menino dessa idade a brincar aos directores? Já ouviu falar de algum garoto fingindo ir ao banco pagar as contas? Já presenciou um bando de meninos fingindo estar preocupados com a entrega da declaração do IRS? Não, nunca viram e nem hão-de ver. Porque o homem nasce, vive e morre uma existência infanto-juvenil.
O que varia ao longo da vida é o preço dos brinquedos. Aí reside a maior diferença.
O que para as meninas é treino para a vida, para os meninos é fantasia e competição.
Então a fuga acompanha-os o resto da vida, e não percebem o quanto tempo eles perdem com seus medos.
Falo sem o menor pudor. Sou assim. Todos os homens são assim. Em relação ao relacionamento homem/mulher, sempre me considerei um privilegiado. Sempre consegui ver a beleza física feminina mesmo onde, segundo os critérios estéticos vigentes, ela inexistia.
Porque todas as mulheres são lindas. Se não no todo, pelo menos em algum detalhe.
É só saber olhar. Todas têm a sua graça. E embora contaminado pela irreversível herança genética que me faz idolatrar os ícones da futilidade, sempre me apaixonei perdidamente por todas as incautas que se aproximaram de mim.
Incautas não por serem ingénuas, mas por acreditarem.
Porque todas as mulheres acreditam firmemente na possibilidade do homem ideal.
E esse é o seu único defeito."
Texto de Sérgio Gonçalves, redator da Loducca, publicado no jornal da agência.
Discordo. Destas reminiscências infantis veio a minha total e irrestrita paixão pelas mulheres.
Constatem, é fácil.Enquanto o homem vem ao mundo completamente cru, as mulheres já chegam com quase metade da lição estudada. Qualquer menina de 2 ou 3 anos já tem preocupações de ordem prática. Ela brinca às casinhas e aprende a pôr um pouco de ordem nas coisas. Ela pede uma bonequinha a quem chama filha e da qual cuida, instintivamente, como qualquer mãe veterana. Ela fala em namoro mesmo sem ter uma ideia muito clara do que vem a ser isso. Noutras palavras, ela já nasce a saber. E o que não sabe, intui.
Já com os homens a historia é outra. Você já viu um menino dessa idade a brincar aos directores? Já ouviu falar de algum garoto fingindo ir ao banco pagar as contas? Já presenciou um bando de meninos fingindo estar preocupados com a entrega da declaração do IRS? Não, nunca viram e nem hão-de ver. Porque o homem nasce, vive e morre uma existência infanto-juvenil.
O que varia ao longo da vida é o preço dos brinquedos. Aí reside a maior diferença.
O que para as meninas é treino para a vida, para os meninos é fantasia e competição.
Então a fuga acompanha-os o resto da vida, e não percebem o quanto tempo eles perdem com seus medos.
Falo sem o menor pudor. Sou assim. Todos os homens são assim. Em relação ao relacionamento homem/mulher, sempre me considerei um privilegiado. Sempre consegui ver a beleza física feminina mesmo onde, segundo os critérios estéticos vigentes, ela inexistia.
Porque todas as mulheres são lindas. Se não no todo, pelo menos em algum detalhe.
É só saber olhar. Todas têm a sua graça. E embora contaminado pela irreversível herança genética que me faz idolatrar os ícones da futilidade, sempre me apaixonei perdidamente por todas as incautas que se aproximaram de mim.
Incautas não por serem ingénuas, mas por acreditarem.
Porque todas as mulheres acreditam firmemente na possibilidade do homem ideal.
E esse é o seu único defeito."
Texto de Sérgio Gonçalves, redator da Loducca, publicado no jornal da agência.
terça-feira, julho 17, 2007
O MAIS CURTO CONTO DE FADAS!!
Era uma vez uma princesa que perguntou a um principe se queria casar com ela.
O princípe disse "não"!
E a princesa viveu feliz para sempre, sem ter que lavar, cozinhar, engomar, saindo com as suas amigas, divertindo-se com outros princípes, sem ter que cuidar de nenhum deles.
FIM!!
O princípe disse "não"!
E a princesa viveu feliz para sempre, sem ter que lavar, cozinhar, engomar, saindo com as suas amigas, divertindo-se com outros princípes, sem ter que cuidar de nenhum deles.
FIM!!
MONÓLOGO DE UMA MULHER MODERNA...
"São 7.30h da manhã, o despertador não pára de tocar e não tenho forças nem para atirá-lo contra a parede. Estou acabada. Não quero ir trabalhar hoje!!
Quero ficar em casa, a cozinhar, a ouvir música, a cantar, etc. Se tivesse um cão levava-o a passear nos arredores. Tudo menos sair da cama, meter a primeira e ter de pôr o cérebro a funcionar!
Gostava de saber quem foi a bruxa imbecil, a matriz das feministas que teve a ideia de reivindicar os direitos da mulher e porque o fez connosco que nascemos depois dela?
Estava tudo tão bem no tempo das nossas avós, elas passavam o dia todo a bordar, a trocar receitas com as suas amigas, ensinando-se mutuamente segredos de condimentos, truques, remédios caseiros, lendo bons livros das bibliotecas dos seus maridos, decorando a casa, podando árvores, plantando flores, recolhendo legumes das hortas e educando os filhos. A vida era um grande curso de artesãos, medicinas alternativas e de cozinha.
Depois ainda ficou melhor, tivemos os serviços, chegou o telefone, as telenovelas, a pílula, o centro comercial, o cartão de credito, a Internet!
Quantas horas de paz a sós e de realização pessoal nos trouxe a tecnologia!
Até que veio uma tipa, que pelos vistos não gostava do corpinho que tinha, para contaminar as outras rebeldes inconsequentes com ideias raras sobre "vamos conquistar o nosso espaço"! Que espaço?! Que caraças!
Se já tínhamos a casa inteira, o bairro era nosso, o mundo a nossos pés!!! Tínhamos o domínio completo dos nossos homens, eles dependiam de nós, para comer, vestirem-se e para parecerem bem à frente dos amigos e agora? Onde é que eles estão??? Nosso espaço???!!! Agora eles estão confundidos, não sabem que papel desempenham na sociedade, fogem de nós como o diabo da cruz.
Essa piada... acabou por encher-nos de deveres. E o pior de tudo acabou lançando-nos no calabouço da solteirice crónica aguda!!!!
Antigamente os casamentos eram para sempre. Porquê? Digam-me porquê, um sexo que tinha tudo do melhor que só necessitava de ser frágil e deixar-se guiar pela vida começou a competir com os machos?
A quem ocorreu tal ideia?
Vejam o tamanhão dos bíceps deles e vejam o tamanho dos nossos! Estava muito claro que isso não ia terminar bem.
Não aguento mais ser obrigada ao ritual diário de ser magra como uma escova, mas com as mamas e o rabo rijos, para o qual tenho que me matar no ginásio, ou de juntar dinheiro para fazer uma mamoplastia, uma lipo, ou implantes nas nádegas... Alem de morrer de fome, pôr hidratantes, anti-rugas, padecer do complexo do radiador velho a beber água a toda a hora e acima de tudo ter armas para não cair vencida pela velhice, maquilhar-me impecavelmente cada manhã desde a cara ao decote, ter o cabelo impecável e não me atrasar com as madeixas, que os cabelos brancos são pior que a lepra, escolher bem a roupa, os sapatos e os acessórios, não vá não estar apresentável para a reunião do trabalho.
E não só, mas também ter que decidir que perfume combina com o meu humor, ter de sair a correr para ficar engarrafada no transito e ter que resolver metade das coisas pelo telemóvel, correr o risco de ser assaltada ou de morrer numa investida de um autocarro ou de uma mota, instalar-me todo o dia em frente ao PC, trabalhar como uma escrava, moderna claro está, com um telefone ao ouvido a resolver problemas uns atrás dos outros, que ainda por cima não são os meus problemas!!! Tudo para sair com os olhos vermelhos - pelo monitor, porque para chorar de amor não há tempo!
E olhem que tínhamos tudo resolvido, estamos a pagar o preço por estar sempre em forma, sem estrias, depiladas, sorridentes, perfumadas, unhas perfeitas, operadas, sem falar do currículo impecável, cheio de diplomas, de doutoramentos e especialidades, tornámo-nos super-mulheres mas continuamos a ganhar menos que eles e de todos os modos são eles que nos dão ordens!!!! Que desastre!
Não seria muito melhor continuar a cozer numa cadeira?? Basta!!!
Quero alguém que me abra a porta para que possa passar, que me puxe a cadeira quando me vou sentar, que mande flores, cartinhas com poesias, que me faça serenatas à janela!
Se nós já sabíamos que tínhamos um cérebro e que o podíamos utilizar, para quê ter que demonstrá-lo a eles??
Ai meu Deus, são 8.10h, e tenho que levantar-me da cama... Que fria está esta solitária e enorme cama! Ahhhh... Quero um maridinho que chegue do trabalho, que se sente no sofá e me diga: Meu amor não me trazes um whisky, por favor? ou: O que há para jantar? Porque descobri que é muito melhor servir-lhe um jantar caseiro do que atragantar-me com uma sanduíche e uma Coca-Cola light enquanto termino o trabalho que trouxe para casa.
Pensas que estou a ironizar ou a exagerar?
Não minhas queridas amigas, colegas inteligentes, realizadas, liberais.... e idiotas!
Estou a falar muito seriamente:
ABDICO DO MEU POSTO DE MULHER MODERNA!!!
E DIGO MAIS:
A maior prova da superioridade feminina era o facto de os homens se esfalfarem a trabalhar para sustentar a nossa vida boa!
Agora somos iguais a eles!
(autora desconhecida...)
Quero ficar em casa, a cozinhar, a ouvir música, a cantar, etc. Se tivesse um cão levava-o a passear nos arredores. Tudo menos sair da cama, meter a primeira e ter de pôr o cérebro a funcionar!
Gostava de saber quem foi a bruxa imbecil, a matriz das feministas que teve a ideia de reivindicar os direitos da mulher e porque o fez connosco que nascemos depois dela?
Estava tudo tão bem no tempo das nossas avós, elas passavam o dia todo a bordar, a trocar receitas com as suas amigas, ensinando-se mutuamente segredos de condimentos, truques, remédios caseiros, lendo bons livros das bibliotecas dos seus maridos, decorando a casa, podando árvores, plantando flores, recolhendo legumes das hortas e educando os filhos. A vida era um grande curso de artesãos, medicinas alternativas e de cozinha.
Depois ainda ficou melhor, tivemos os serviços, chegou o telefone, as telenovelas, a pílula, o centro comercial, o cartão de credito, a Internet!
Quantas horas de paz a sós e de realização pessoal nos trouxe a tecnologia!
Até que veio uma tipa, que pelos vistos não gostava do corpinho que tinha, para contaminar as outras rebeldes inconsequentes com ideias raras sobre "vamos conquistar o nosso espaço"! Que espaço?! Que caraças!
Se já tínhamos a casa inteira, o bairro era nosso, o mundo a nossos pés!!! Tínhamos o domínio completo dos nossos homens, eles dependiam de nós, para comer, vestirem-se e para parecerem bem à frente dos amigos e agora? Onde é que eles estão??? Nosso espaço???!!! Agora eles estão confundidos, não sabem que papel desempenham na sociedade, fogem de nós como o diabo da cruz.
Essa piada... acabou por encher-nos de deveres. E o pior de tudo acabou lançando-nos no calabouço da solteirice crónica aguda!!!!
Antigamente os casamentos eram para sempre. Porquê? Digam-me porquê, um sexo que tinha tudo do melhor que só necessitava de ser frágil e deixar-se guiar pela vida começou a competir com os machos?
A quem ocorreu tal ideia?
Vejam o tamanhão dos bíceps deles e vejam o tamanho dos nossos! Estava muito claro que isso não ia terminar bem.
Não aguento mais ser obrigada ao ritual diário de ser magra como uma escova, mas com as mamas e o rabo rijos, para o qual tenho que me matar no ginásio, ou de juntar dinheiro para fazer uma mamoplastia, uma lipo, ou implantes nas nádegas... Alem de morrer de fome, pôr hidratantes, anti-rugas, padecer do complexo do radiador velho a beber água a toda a hora e acima de tudo ter armas para não cair vencida pela velhice, maquilhar-me impecavelmente cada manhã desde a cara ao decote, ter o cabelo impecável e não me atrasar com as madeixas, que os cabelos brancos são pior que a lepra, escolher bem a roupa, os sapatos e os acessórios, não vá não estar apresentável para a reunião do trabalho.
E não só, mas também ter que decidir que perfume combina com o meu humor, ter de sair a correr para ficar engarrafada no transito e ter que resolver metade das coisas pelo telemóvel, correr o risco de ser assaltada ou de morrer numa investida de um autocarro ou de uma mota, instalar-me todo o dia em frente ao PC, trabalhar como uma escrava, moderna claro está, com um telefone ao ouvido a resolver problemas uns atrás dos outros, que ainda por cima não são os meus problemas!!! Tudo para sair com os olhos vermelhos - pelo monitor, porque para chorar de amor não há tempo!
E olhem que tínhamos tudo resolvido, estamos a pagar o preço por estar sempre em forma, sem estrias, depiladas, sorridentes, perfumadas, unhas perfeitas, operadas, sem falar do currículo impecável, cheio de diplomas, de doutoramentos e especialidades, tornámo-nos super-mulheres mas continuamos a ganhar menos que eles e de todos os modos são eles que nos dão ordens!!!! Que desastre!
Não seria muito melhor continuar a cozer numa cadeira?? Basta!!!
Quero alguém que me abra a porta para que possa passar, que me puxe a cadeira quando me vou sentar, que mande flores, cartinhas com poesias, que me faça serenatas à janela!
Se nós já sabíamos que tínhamos um cérebro e que o podíamos utilizar, para quê ter que demonstrá-lo a eles??
Ai meu Deus, são 8.10h, e tenho que levantar-me da cama... Que fria está esta solitária e enorme cama! Ahhhh... Quero um maridinho que chegue do trabalho, que se sente no sofá e me diga: Meu amor não me trazes um whisky, por favor? ou: O que há para jantar? Porque descobri que é muito melhor servir-lhe um jantar caseiro do que atragantar-me com uma sanduíche e uma Coca-Cola light enquanto termino o trabalho que trouxe para casa.
Pensas que estou a ironizar ou a exagerar?
Não minhas queridas amigas, colegas inteligentes, realizadas, liberais.... e idiotas!
Estou a falar muito seriamente:
ABDICO DO MEU POSTO DE MULHER MODERNA!!!
E DIGO MAIS:
A maior prova da superioridade feminina era o facto de os homens se esfalfarem a trabalhar para sustentar a nossa vida boa!
Agora somos iguais a eles!
(autora desconhecida...)
sexta-feira, julho 13, 2007
AMIGOS!!!!!!!!...sem comentários....
http://www.meiosepublicidade.pt/video/42
.... e se fossemos mais atentos onde estacionamos os nossos carros????
.... e se fossemos mais atentos onde estacionamos os nossos carros????
segunda-feira, julho 09, 2007
A EFICIÊNCIA DA AMBIGUIDADE...
Repetir conceitos e criar dúvidas no texto são defeitos que podem virar recursos expressivos
Geraldo Galvão Ferraz
Instalação chinesa brinca com a ambigüidade em frases como "eles viram os animais quando estavam presos". Afinal, quem estava preso? "Eles"? Os animais?
Entre os piores defeitos de um texto, daqueles que irritam o leitor, estão a ambigüidade e a repetição. Claro, tanto uma quanto a outra podem ser recursos expressivos e, como tal, são usados pelos escritores e redatores de todos os calibres, mas com uma intenção bem definida, geralmente empregada em textos de humor.
Os gramáticos costumam dividir as ambigüidades em polissêmicas ou estruturais. Apesar do nome comprido, a polissêmica é simplesmente o que acontece quando a palavra usada tem mais de um significado. Por exemplo, na frase "Vi o gato lendo na biblioteca", é óbvio que não se trata de um felino. Logo, não há ambigüidade. Mas na frase "O gato desceu a escada", pode ser o bicho ou um rapaz bonitão.
Há muitas palavras com mais de um significado, logo, é preciso tomar cuidado para explicitar o contexto da enunciação para que não se confunda, por acaso, a bolacha-biscoito com a bolacha-tapa. Ou balas-doces com balas-projéteis...
Na ambigüidade estrutural, há muitas formas e, qualquer distração, lá está ela.
Quando, por exemplo, usa-se mal uma coordenação.
"Roberto e Cláudia vão se divorciar". Um vai se divorciar do outro ou ambos vão se divorciar dos respectivos cônjuges?
Quando o agente e o paciente ficam difíceis de se distinguir numa oração.
"A desorganização do time levou à derrota".
O que levou à derrota? O fato de o time não se organizar eficientemente ou o fato de ter sido desorganizado naquele jogo isolado?
Em "eles viram os animais quando estavam presos", quem estava preso? "Eles"? Os animais? A confusão se sedimenta ante a falta de clareza.
Um e outro
A ambigüidade ocorre também com o uso inadequado de uma das formas nominais do verbo, o gerúndio, que pode propiciar dupla interpretação:
"A cozinheira encontrou a ajudante entrando na cozinha." Quem entrava na cozinha, a cozinheira ou a ajudante?
Da mesma forma, um possessivo mal colocado pode atrapalhar a leitura clara:
"Frederico encontrou Godofredo na rua e lhe disse que seu primo estava em casa." O primo de qual dos dois está em casa?
Da mesma forma que a ambigüidade, a repetição pode ser um recurso expressivo, se usada intencionalmente, para reiterar algo ou dar maior intensidade a alguma coisa. Mas, quando não acontece isso, a repetição pode, sobretudo, tornar o texto chato, dando ao leitor a impressão de que está lendo sempre a mesma coisa.
Mais de um
Para evitar repetições indesejadas, pode-se substituir uma palavra por outra ou por uma expressão que seja equivalente textual. Por exemplo:
"O ator estava bem no papel, mas não é um artista muito versátil."
ou
"Amor com amor se paga. Quem diz isso tem toda razão."
Além da substituição, para se evitar a repetição, há o recurso da alteração. Ou seja, quando determinada palavra seria repetida, usa-se uma mudança na forma. "Essa ginástica é difícil" e "A dificuldade dessa ginástica."
Um terceiro método de evitar a repetição é a omissão.
"O pintor queria retratar a princesa, mas precisou se submeter ao protocolo."
Porém, é preciso tomar cuidado com essa história de repetição. Às vezes, repetir dá coesão e cai como uma luva no texto. Veja só o que Millôr Fernandes consegue com repetições:
A senhora, uma dona de casa, estava na feira, no caminhão que vende galinhas. O vendedor ofereceu a ela uma galinha. Ela olhou para a galinha, passou a mão embaixo das asas da galinha, apalpou o peito da galinha, alisou as coxas da galinha, depois tornou a colocar a galinha na banca e disse ao vendedor: "Não presta!".
Aí o vendedor olhou para ela e disse: "Também, madame, num exame assim nem a senhora passava."
A repetição, no caso, foi o fermento do bolo, a dar clima e ênfase à ação.
Geraldo Galvão Ferraz
Instalação chinesa brinca com a ambigüidade em frases como "eles viram os animais quando estavam presos". Afinal, quem estava preso? "Eles"? Os animais?
Entre os piores defeitos de um texto, daqueles que irritam o leitor, estão a ambigüidade e a repetição. Claro, tanto uma quanto a outra podem ser recursos expressivos e, como tal, são usados pelos escritores e redatores de todos os calibres, mas com uma intenção bem definida, geralmente empregada em textos de humor.
Os gramáticos costumam dividir as ambigüidades em polissêmicas ou estruturais. Apesar do nome comprido, a polissêmica é simplesmente o que acontece quando a palavra usada tem mais de um significado. Por exemplo, na frase "Vi o gato lendo na biblioteca", é óbvio que não se trata de um felino. Logo, não há ambigüidade. Mas na frase "O gato desceu a escada", pode ser o bicho ou um rapaz bonitão.
Há muitas palavras com mais de um significado, logo, é preciso tomar cuidado para explicitar o contexto da enunciação para que não se confunda, por acaso, a bolacha-biscoito com a bolacha-tapa. Ou balas-doces com balas-projéteis...
Na ambigüidade estrutural, há muitas formas e, qualquer distração, lá está ela.
Quando, por exemplo, usa-se mal uma coordenação.
"Roberto e Cláudia vão se divorciar". Um vai se divorciar do outro ou ambos vão se divorciar dos respectivos cônjuges?
Quando o agente e o paciente ficam difíceis de se distinguir numa oração.
"A desorganização do time levou à derrota".
O que levou à derrota? O fato de o time não se organizar eficientemente ou o fato de ter sido desorganizado naquele jogo isolado?
Em "eles viram os animais quando estavam presos", quem estava preso? "Eles"? Os animais? A confusão se sedimenta ante a falta de clareza.
Um e outro
A ambigüidade ocorre também com o uso inadequado de uma das formas nominais do verbo, o gerúndio, que pode propiciar dupla interpretação:
"A cozinheira encontrou a ajudante entrando na cozinha." Quem entrava na cozinha, a cozinheira ou a ajudante?
Da mesma forma, um possessivo mal colocado pode atrapalhar a leitura clara:
"Frederico encontrou Godofredo na rua e lhe disse que seu primo estava em casa." O primo de qual dos dois está em casa?
Da mesma forma que a ambigüidade, a repetição pode ser um recurso expressivo, se usada intencionalmente, para reiterar algo ou dar maior intensidade a alguma coisa. Mas, quando não acontece isso, a repetição pode, sobretudo, tornar o texto chato, dando ao leitor a impressão de que está lendo sempre a mesma coisa.
Mais de um
Para evitar repetições indesejadas, pode-se substituir uma palavra por outra ou por uma expressão que seja equivalente textual. Por exemplo:
"O ator estava bem no papel, mas não é um artista muito versátil."
ou
"Amor com amor se paga. Quem diz isso tem toda razão."
Além da substituição, para se evitar a repetição, há o recurso da alteração. Ou seja, quando determinada palavra seria repetida, usa-se uma mudança na forma. "Essa ginástica é difícil" e "A dificuldade dessa ginástica."
Um terceiro método de evitar a repetição é a omissão.
"O pintor queria retratar a princesa, mas precisou se submeter ao protocolo."
Porém, é preciso tomar cuidado com essa história de repetição. Às vezes, repetir dá coesão e cai como uma luva no texto. Veja só o que Millôr Fernandes consegue com repetições:
A senhora, uma dona de casa, estava na feira, no caminhão que vende galinhas. O vendedor ofereceu a ela uma galinha. Ela olhou para a galinha, passou a mão embaixo das asas da galinha, apalpou o peito da galinha, alisou as coxas da galinha, depois tornou a colocar a galinha na banca e disse ao vendedor: "Não presta!".
Aí o vendedor olhou para ela e disse: "Também, madame, num exame assim nem a senhora passava."
A repetição, no caso, foi o fermento do bolo, a dar clima e ênfase à ação.
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