quinta-feira, julho 27, 2006
Um grupo de cientistas colocou cinco macacos numa jaula, em cujo centro puseram uma escada e, sobre ela, um cacho de bananas.Quando um macaco subia a escada para apanhar as bananas, os cientistasl ançavam um jacto de água fria nos que estavam no chão. Depois de certo tempo, quando um macaco ia subir a escada, os outros enchiam-no de pancada.Passado mais algum tempo, mais nenhum macaco subia a escada, apesar da tentação das bananas. Então, os cientistas substituíram um dos cinco macacos. A primeira coisa que ele fez foi subir a escada, dela sendo rapidamente retirado pelos outros, que lhe bateram.Depois de alguma surras, o novo integrante do grupo não subia mais a escada.Um segundo foi substituído, e o mesmo ocorreu, tendo o primeiro substituto participado, com entusiasmo, na surra ao novato. Um terceiro foi trocado, e repetiu-se o facto. Um quarto e, finalmente, o último dos veteranos foi substituído.Os cientistas ficaram, então, com um grupo de cinco macacos que, mesmo nunca tendo tomado um banho frio, continuavam a bater naquele que tentasse chegar às bananas.Se fosse possível perguntar a algum deles porque batiam em quem tentasse subir a escada, com certeza a resposta seria: "Não sei, as coisas sempre foram assim por aqui..."
Não devemos perder a oportunidade de passar esta história a quem pudermos, para que, de vez em quando, nos questionemos sobre algumas coisas que fazemos sem pensar ...
quarta-feira, julho 12, 2006
Objeto de estudo da ciência, os acasos significativos podem mudar a concepção de mundo
Carlos Ribeiro19/03/2006 - 20:03
"Yo no creo en sincronicidades, pero que las hay, las hay". O famoso dito espanhol, relativo às brujas, aplica-se perfeitamente ao conceito de "coincidência significativa", adotado por uma legião de seguidores do pensador Carl Gustav Jung e rejeitado por correntes científicas mais tradicionais.Para C. G. Jung, sincronicidade é o nome que dá à ocorrência simultânea de acontecimentos que não têm, entre si, uma relação de causa e efeito. Quem já não vivenciou uma dessas coincidências "incríveis", sem aparente explicação lógica? E, no entanto, quem admite que possa haver nelas algo mais do que um simples acaso?No livro Além das coincidências: uma explicação científica para os acontecimentos atribuídos ao acaso, os jornalistas Martin Plimmer e Brian King catalogam várias dessas histórias inacreditáveis, como a seguinte:"Em 1899, o ator shakespeariano Charles Francis Coghlan, natural da ilha Prince Edward, no Canadá, morreu subitamente quando se apresentava na cidade portuária de Galveston, no Texas, sudoeste dos Estados Unidos. Como a distância era grande demais para trasladar o corpo para casa, ele foi colocado em um caixão de chumbo e enterrado num túmulo de granito num cemitério local.No dia 8 de setembro de 1900, um grande furacão atingiu Galveston - lançando ondas contra o cemitério e arrancando túmulos. O caixão de Coghland foi arrastado para o mar. Ele flutuou até o Golfo do México e seguiu pela costa da Flórida até o Atlântico, onde a corrente do golfo o apanhou e o levou para o norte.Em outubro de 1908, pescadores da ilha Prince Edward viram uma grande caixa corroída pelo tempo flutuando na costa. Após nove anos e 5.500 quilômetros, o corpo de Charles Coghlan tinha voltado para casa. Seus concidadãos o enterraram no cemitério da igreja onde ele tinha sido batizado".
PROBABILIDADES - O que torna esta história digna ou não de crédito? Descontando a possibilidade de que as fontes dos autores não sejam confiáveis, a questão básica relativa a tal fato poder ou não ter acontecido diz respeito à probabilidade. "Os matemáticos dizem que se uma coisa pode acontecer, acontecerá - um dia.Apenas coisas impossíveis não acontecem - como descobrir icebergs no Saara ou táxis sob a chuva", dizem Plimmer e King. Em outras palavras: se alguém disser que a chance de uma coisa acontecer é de uma em cada 73 milhões, não está dizendo que é impossível. "Se uma em cada 73 milhões de pessoas ficar verde, haverá 84 pessoas verdes no mundo".Veja-se o caso do guarda florestal Roy Cleveland Sullivan, atingido por um raio nada menos que sete vezes. "O que Sullivan tinha feito para merecer tanto azar? Seis anos depois do sétimo raio, ele cometeu suicídio. O motivo, como foi dito na época, era que ele tinha azar no amor. Um caso de não ser escolhido".Azar? Se se mudasse para a Bahia após o segundo raio, é provável que Sullivan tomasse um bom banho de folhas - e certamente não seria mais atingido por raios, independentemente ou não do fato de que a ocorrência desses fenômenos atmosféricos seja bem mais rara por aqui. De acordo com os matemáticos, o caso não é assim tão espantoso, já que as chances de uma pessoa ser atingida novamente por um raio são exatamente as mesmas.Bem mais difícil, no caso, seria a probabilidade de um meteorito cair na cabeça de alguém: de um em um quatrilhão. Mas, contam os autores do citado livro, uma vaca foi atingida por um meteorito, certa vez - só não disseram como alguém soube que ela estava lá. Assim, informa o matemático Ian Stewart, "é provável que, nos próximos dez mil anos, alguém seja atingido por um meteorito."
CAMADAS PROFUNDAS - Este é o aspecto anedótico da sincronicidade - ótimo para fisgar leitores de jornais dominicais. Mas não é o mais importante. Saber que um balão solto por uma garota de 10 anos, Laura Buxton, no jardim de casa, pousou 220 quilômetros depois, no jardim de uma outra Laura Buxton de 10 anos de idade, pode ser interessante, mas não passa de uma história fantástica que logo será esquecida.Para o físico Paul Kammerer, que estudou exaustivamente, no início do século XX, séries temporais de fenômenos sincrônicos, o mais importante é conhecer o que se passa por baixo da "crista das ondas", daquilo que nos parecem coincidências isoladas. A essas camadas profundas o psicanalista Carl Gustav Jung deu o nome de inconsciente coletivo.A sincronicidade tem sido, desde a primeira metade do século passado, objeto de questionamentos científicos que levam tanto ao âmbito da psicanálise como da física quântica, este ramo das ciências exatas tão citado e tão pouco compreendido. E, nele, à percepção, cada dia mais consensual, de que essas coincidências ocorrem, não num cenário de seres e objetos materiais, mas de um complexo campo de consciência, no qual a matéria não passa de uma ilusão. Nada é por acaso. A grande dificuldade para compreender melhor as coincidências estaria na resistência a fugir à lógica da filosofia grega.
Carlos Ribeiro
Para entender a sincronicidade, é necessário perceber, como diz o físico David Bohm, que a separação entre matéria e espírito é uma abstração. Ou, como afirmou o Prêmio Nobel Wolfgang Pauli, que espírito e corpo são aspectos complementares de uma mesma realidade.As evidências de que a matéria é inexistente levou o filósofo e matemático Bertrand Russel a uma definição genial: que "a matéria é uma fórmula cômoda para descrever o que acontece onde ela não está". O astrônomo V. A. Firsoff acrescenta: "Afirmar que existe só matéria e nenhum espírito é a mais ilógica das propostas. É bem diferente das descobertas da física moderna. Esta mostra que, no significado tradicional do termo, não existe matéria".Tal afirmação se contrapõe ao senso comum. Mas, para se ter uma idéia mais clara do que afirmam os físicos, basta dizer que, segundo cálculo feito por Einstein, se os espaços entre todos os átomos em todos os seres humanos da Terra fossem eliminados, deixando apenas matéria concentrada, sobraria alguma coisa aproximadamente do tamanho de uma bola de baseball (embora muito mais pesada).Se todo este vasto conjunto de matéria que forma o planeta é pouco mais do que uma ilusão, o que sobra? Responde o físico Max Planck: "A energia é a origem de toda a matéria. Realidade, existência verdadeira, isso não é matéria, que é visível e perecível, mas a invisível e imortal energia - isso é verdade".
SIGNIFICADO - O que seria a coincidência neste ambiente imaterial? Para Jung, "atos da criação no tempo" - atos estes que são, muitas vezes, catalisados por "catarses emocionais".A grande dificuldade, segundo eminentes cientistas, para se compreender melhor as sincronicidades está - sobretudo, como diz o escritor húngaro Arthur Koestler, em seu famoso livro As raízes da coincidência (1972) - na dificuldade de se pensar fora das "categorias lógicas da filosofia grega, que impregna nosso vocabulário e conceitos e decide, por nós, o que é concebível e o que é inconcebível".Para o baiano Beto Hoisel, autor do ensaio ficcional Anais de um simpósio imaginário - entretenimento para cientistas (1998), a sincronicidade não se esgota na simples enumeração de coincidências. "Mexer com elas implica mexer com as bases metafísicas da nossa civilização. Implica, sobretudo, mexer no nosso paradigma que é ainda newtoniano, materialista, causalista, determinista, freudiano. Ou seja: aquele que não admite nada que não esteja além da matéria".A surpresa em relação às coincidências, segundo Beto, é conseqüência da incompreensão em relação ao dado fundamental de que tudo é possível. "As pessoas vivem sobrenadando num oceano de sincronicidades, das quais percebem só uma pequeníssima parte. Tudo acontece, com diferentes probabilidades. Mas quem determina as probabilidades? É aí que se escondem os deuses".Para o médico clínico e presidente da Sociedade Brasileira de Médicos Escritores - Regional Bahia (Sobrames), Márcio Leite, o mais importante é destacar o que há de significativo, num determinado acontecimento, para a pessoa que o vive. É aí que se encontra o aspecto terapêutico da sincronicidade."É importante perceber algo que se passa do lado de fora que está conectado com o que a pessoa sente, percebe, sonha." O conceito de sincronicidade implica na idéia de que o universo é indivisível, e que há uma relação entre o que está dentro de nós (na psique) com o que está fora (realidade física) - e que essa interação se dá de forma não-causal.Como diz sabiamente Renée Haynes, no post-scriptum de As razões da coincidência, "é a qualidade, o significado, que cintila como uma estrela cadente através da sincronicidade".
SUPERSTIÇÕES - Uma das razões da postura cética de muitos cientistas é, possivelmente, a avalanche de tolices e superstições que está sempre pronta a inundar qualquer espaço aberto pela ciência em suas defesas racionais. Sem falar nas pessoas suscetíveis a ver "estranhas ligações" onde não existem.Se "a idéia de que o mundo é um jogo da consciência, um jogo de Deus", como disse recentemente o físico indiano Amit Goswami, ao programa Roda Viva, da TV Cultura, deve ser considerada, por outro lado, deve-se ressaltar que este Deus não é o que está sentado num trono com sua trombeta, mandando os inimigos do Povo Eleito para o inferno, nem muito menos o que promete um paraíso repleto de virgens para aqueles que morrerem eliminando o maior número de infiéis.À pergunta sobre se tinha uma religião, Arthur Koestler afirmou: "Se religião significa um amontoado de dogmas, então, certamente, não tenho. Tudo o que posso dizer é que há níveis de realidade além dos limites da ciência, e dos quais temos tido rápidas visões". Talvez seja um avanço a idéia, segundo Goswami, de que logo, no início do terceiro milênio, Deus será objeto de ciência e não mais de religião.Acreditando ou não em coincidências significativas, ou em bruxas, o fundamental, segundo Márcio Leite, é que não se tenha preconceito, sobretudo na investigação científica. O que pode salvar o mundo do embate entre céticos, fundamentalistas e a física pós-materialista, é o bom humor. Como nessa historinha contada por Brian King e Martin Plimmer:"Certa vez perguntaram ao famoso físico Niels Bohr por que ele tinha uma ferradura pendurada sobre a porta do seu escritório. 'O senhor certamente não acredita que isso fará qualquer diferença em sua sorte?', perguntou um colega. 'Não', respondeu ele, 'Mas eu ouvi dizer que funciona mesmo com aqueles que não acreditam'".
Leia mais
*As raízes da coincidência, de Arthur Koestler (Nova Fronteira, 1972)
*Sincronicidade, de C. G. Jung (Vozes, 1991)
*Sincronicidade - Ou porque nada é por acaso, de Robert H. Hopcke (Ed. Nova Era, 2001)
*Anais de um simpósio imaginário - Entretenimento para cientistas, de Beto Hoisel (Ed. Palas Athena, 1998. Tel: 11 3279-6288. www.palasathena.org).
Além das coincidências: Uma explicação científicapara os acontecimentos atribuídos ao acasoMartin Plimmer e Brian KingRelume Dumará (21 3882-8200/ www.relumedumara.com.br)
quinta-feira, maio 25, 2006
TRANSCRIÇÃO COMPLETA DO FILME "QUEM SOMOS NÓS?"
No início só havia o vazio, transbordando com infinitas possibilidades das quais você é uma. O que está acontecendo... e por que estou aqui? De onde nós viemos? O que faz a física quântica? Física das possibilidades.
A mecânica Quântica permite...a mente suprema. O cérebro não sabe a diferença entre o que vê no ambiente, de suas lembranças. O mundo como observamos, o mundo que nos cerca... Como podemos continuar a ver o mundo como real se nosso ser que determina ele como real é intangível? Todas as realidades existem simultaneamente? Há a possibilidade de que todas as verdades existam lado a lado? Você já se viu através dos olhos da outra pessoa em que você se tornou e viu a si mesmo pelos olhos do observador final?
Quem somos? De onde viemos? O que devemos fazer? E para onde vamos? Pq estamos aqui? Esta é a questão fundamental não é? O que é a realidade? O que eu achava irreal, hoje para mim é mais real de certa forma do que as coisas que vejo como reais, mas agora parecem que são mais irreais.
Você não pode explicar. E quem tentar explicar, quem dispender muito tempo tentando explicar vai se perder no labirinto do mistério. Quanto mais se estuda a física quântica, mais misteriosa e fantástica ela se torna.
A física quântica falando de uma maneira bem sucinta é uma física de possibilidades. São questões pertinentes de como o mundo se sente com relação a nós. Se existe uma diferença entre o modo do mundo nos sentir e como ele realmente é. Você já parou para pensar de que os pensamentos são feitos?
Eu penso que o que estamos vendo nas crianças de hoje, é um sinal de que a cultura está no paradigma errado e não se aprecia o poder dos pensamentos. Todas as épocas e todas as gerações têm suas próprias suposições. O mundo é plano, o mundo é redondo, etc. Existem centenas de suposições que acreditamos ser verdadeiras, mas que podem ou não ser verdadeiras. Claro que historicamente, na maioria dos casos, não eram verdadeiras.
Se tomarmos como guia a história, podemos presumir que muitas coisas em que acreditamos como verdades sobre o mundo podem ser falsas. Estamos presos a certos preceitos e não nos damos conta disso. É um paradoxo.
O materialismo moderno tira das pessoas a necessidades de se sentirem responsáveis. Assim como freqüentemente a religião. Mas eu acho que se você levar a mecânica quântica a sério, verá que ela coloca a responsabilidade nas nossas mãos e não dá respostas claras e reconfortantes. Ela só diz que o mundo é muito grande e cheio de mistérios. O mecanismo não é a resposta, mas não vou dizer qual é a resposta, pois você tem idade o suficiente para tomar as suas decisões.
Somos todos um mistério? Somos todos um enigma? Certamente somos. Fazer estas profundas perguntas a você mesmo abre novas formas de viver no mundo, traz uma renovação. Faz com que a vida seja mais prazerosa. O verdadeiro truque da vida é não estar no conhecido, mas estar no mistério.
É hora de ficar esperto. Pq continuamos a recriar a mesma realidade? Pq continuamos tendo os mesmos relacionamentos? Porque continuamos tendo os mesmos empregos repetidamente?Nesse mar infinito de possibilidades que existem à nossa volta, pq continuamos recriando as mesmas realidades? Não é incrível que temos opções e potenciais existentes e não termos consciência deles? É possível estarmos tão condicionados à nossa rotina, tão condicionados à forma como criamos nossas vidas, que compramos a idéia de que não temos controle algum?
Fomos condicionados a crer que o mundo externo é mais real que o interno. Na ciência moderna é justamente o contrário. Ela diz que o que acontece dentro de nós é que vai criar o que acontece fora.
Existe uma realidade física que é absolutamente sólida, mas só começa a existir quando colide com outro pedaço de realidade física. Esse outro pedaço pode ser a gente, claro que somos parte deste momento, mas não precisa ser necessariamente ser. Pode ser uma pedra que venha voando e interaja com toda essa bagunça de coisas e com certeza provocando a entrada num estado particular de existência.
Filósofos no passado diziam: “Se eu chutar uma pedra e machucar meu dedo, é real. Estou sentindo isso, é vívido!” Quer dizer que é a realidade. Mas não passa de uma experiência e é a percepção real “dessa” pessoa do que é real.
Experimentos científicos nos mostram que se conectarmos o cérebro de uma pessoa a PET Scanners e computadores e pedirmos para olharem para determinados objetos, podemos ver certas partes do cérebro sendo ativadas. E então ao pedirmos para fecharem os olhos e agora imaginarem o mesmo objeto, e quando elas imaginam o mesmo objeto as mesmas áreas do cérebro se atirarão como se estivessem vendo os objetos.
Então os cientistas se perguntam: quem vê os objetos, o cérebro ou os olhos? O que é a realidade? É o que vemos com o nosso cérebro? Ou é o que vemos com nossos olhos? A verdade é que o cérebro não sabe a diferença entre o que vê no ambiente e o que se lembra, pois os mesmos neurônios são ativados. Então devemos nos questionar: O que é a realidade? Somos bombardeados por grandes quantidades de informação que quando entram no seu corpo são processadas pelos seus órgãos sensoriais e a cada passo parte da informação vão sendo filtradas e eliminadas. O que finalmente chega na consciência é o que serve para a pessoa. O cérebro processo 400 bilhões de bits de informação por segundo, mas só tomamos conhecimento de 2000 bits. E esses 2000 bits são sobre o que está ao nosso redor, nosso corpo e o tempo.
Vivemos em um mundo onde só enxergamos a ponta do iceberg. A ponta clássica de um imenso iceberg de mecânica quântica. Se o cérebro está processando 400 bilhões de bits de informação, mas só percebemos 2000 bits, significa que a realidade está acontecendo a todo o momento no cérebro, mas nós não a integramos.
Os olhos são como lentes, mas o que realmente está enxergando é à parte de trás do cérebro. É o córtex visual, igual à câmera. Você sabia que o cérebro imprime o que ele tem a habilidade de ver? Agora isto é importante, por exemplo, esta câmera está vendo muito mais ao meu redor do que o que está aqui, pq ela não faz objeções e julgamentos. O único filme que está passando no cérebro é do que temos a habilidade para ver. É possível que nossos olhos, nossa câmera, enxergue mais do que o nosso cérebro tenha a habilidade de conscientemente projetar? Do jeito que nosso cérebro funciona, só conseguimos ver o que acreditamos ser possível. Nós associamos padrões que já existem dentro de nós, através do condicionamento. Uma história incrível, que acredito ser verdadeira, conta que quando os índios americanos nativos viram as naus de Colombo se aproximarem, na verdade, eles não conseguiam ver nada, pois não eram parecidas com nada que tivessem visto antes.
A razão de não verem os navios era pq. Não tinham nenhum conhecimento, seus cérebros não tinham experiência de que navios existiam. Aí o xamã começa a notar ondulações no oceano. Mesmo não vendo os navios, começou a pensar o que estava causando este efeito. Então, todo dia ele olha, olha e olha e depois de um certo tempo, ele consegue enxergar os navios, conta para todos que existem navios lá. Como todos confiavam e acreditavam nele, também conseguem enxergar.
Nós criamos a realidade, somos máquinas que produzem realidade, nós criamos os efeitos da realidade o tempo todo. Sempre perseguimos algo após a reflexão no espelho da memória. Se estamos ou não vivendo em um grande mundo virtual é uma pergunta para a qual não temos uma boa resposta, eu penso que é um grande problema filosófico e temos que lidar com ele em termos do que a ciência diz do nosso mundo, pois somos sempre o observador na ciência. Assim, ficamos ainda limitados ao que o cérebro humano capta que permite vermos e percebermos as coisas que fazemos. Então é concebível que isso tudo é somente uma grande ilusão da qual não conseguimos sair para ver a verdadeira realidade lá fora.
Seu cérebro não sabe distinguir o que está acontecendo lá fora do que acontece aqui dentro. Não existe o “lá fora” independente do que está acontecendo aqui dentro. Na verdade existem escolhas no caminho que a vida pode tomar. Elas são possíveis em pequenos níveis de efeitos quânticos que não se perdem.
Inicialmente vamos falar do mundo subatômico e depois do que nos falam ser a realidade. A primeira coisa é que o mundo sub-atômico é uma fantasia criada por físicos loucos que tentam entender o que diabos acontece quando fazem pequenas experiências com grandes energias em pequenos espaços de tempo. As coisas ficam bem inexplicáveis. A física sub-atômica foi inventada para tentar desvendar tudo isso. A nova ciência chamada física quântica é sujeita a todo tipo de hipóteses, pensamentos, sentimentos, intuições para se descobrir o que diabos está acontecendo.
A matéria não é o que pensávamos ser. Os cientistas viam a matéria como fundamental, algo estático e previsível. As partículas ocupam um espaço insignificante nas moléculas e átomos. São partículas fundamentais. O resto é vácuo.
Parece que essas partículas aparecem e desaparecem o tempo todo. Para onde vão quando não estão aqui? Essa pergunta é complicada. Vou dar duas respostas. Número um vão para universos alternativos, onde as pessoas fazem a mesma pergunta quando elas somem e vêm para cá. “Para onde elas foram?’”.
O grande mistério é o da direção do tempo. De uma certa forma, as nossas leis fundamentais da física não fazem distinção entre passado e futuro. Por exemplo, um quebra cabeças do ponto de vista das leis da física. Pq nós somos capazes de lembrar do passado e não temos o mesmo acesso epistemológico com o futuro?
Por que devemos pensar que nossas ações no presente afetam o futuro, mas não o passado? O fato de termos um diferente acesso epistemológico para o passado e futuro, o controle que nossas ações têm sobre o futuro, mas não sobre o passado, tudo isso é fundamental para o modo como sentimos o mundo, que não termos curiosidade sobre isso é o mesmo que estarmos mortos.
A maior parte do universo está vazia. Gostamos de imaginar o espaço como vazio e a matéria como sólida. Mas na verdade não tem essencialmente nada na matéria, ela não possui substância. Dê uma olhada em um átomo. Pensamos nele como uma bolinha sólida. Então, dizemos:- Bem não realmente. Na verdade é esse pontinho pequeno com matéria densa no centro cercado por uma nuvem fofa de elétrons que aparecem e desaparecem da existência. Mas acontece que tal descrição também não está correta. Até o núcleo, que pensávamos ser tão denso, aparece e desaparece da existência como elétrons. A coisa mais concreta que se pode dizer sobre essa matéria desprovida de substância é que é mais como um pensamento, um bit de informação concentrada.
De que são feitas as coisas? Não são mais coisas, as coisas são feitas de idéias, conceitos e informações. Você nunca toca em nada. Os elétrons criam uma carga que afasta os outros elétrons antes do toque. Ninguém toca em nada.
Somente na experiência consciente parece que estamos avançando no tempo. Na física quântica também podemos voltar no tempo.
Quando não olhamos, há uma onda de possibilidades, quando olhamos só existem partículas. Uma partícula, que pensamos ser algo sólido, existe no que chamamos de superposição, espalhando uma onda de possíveis localizações. Todas ao mesmo tempo. E quando você olha, ela passa a estar em dois ou mais lugares ao mesmo tempo. É um conceito muito bizarro, um dos pilares da física quântica.
O mundo tem várias formas de realidade em potencial até você escolher. Tem que escolher o que quer. Pode estar em muitos lugares ao mesmo tempo, experimentando várias possibilidades, até elas convergirem para apenas uma.
Como pode um sistema ou objeto estar em dois lugares ao mesmo tempo? É muito fácil. Ao invés de pensarmos nas coisas como coisas, nós todos temos o hábito de pensar que as coisas que nos cercam já são objetos, que existem sem a minha contribuição, sem a minha escolha. Você precisa banir essa forma de pensar, tem que reconhecer que até o mundo material que nos cerca, as cadeiras, as mesas, as salas...todos não são nada além de possíveis movimentos da consciência.
E estou escolhendo momento a momento dentre esses movimentos, para trazer minha experiência atual à manifestação. Esta é a única maneira radical de pensar que precisamos compreender, mas ela é tão radical e tão difícil, pois nossa tendência é achar que o mundo já existe, independente da minha experiência. Mas não é assim e a física quântica é bem clara. O próprio Heisenberg depois da descoberta da física quântica, disse que os átomos não são objetos, são tendências. Ao invés de pensar em objetos você deve pensar em possibilidades. Tudo é possibilidade subconscientemente.
Agora você pode ver em inúmeros laboratórios pelos EUA objetos que são suficientemente grandes para serem vistos a olho nu que estão em dois lugares simultaneamente. Pode-se até tirar uma foto disso. Suponho que se você mostrasse a foto, as pessoas diriam: ‘legal posso ver essa luz colorida, um pouco ali, um pouco aqui... é a foto de 2 pontos, o que tem demais?”Você diz:” Olhe direito na câmera, pode ver diretamente?”“ Eu vejo duas coisas!”“ Não, não. Não são duas coisas...”É uma coisa só, é a mesma coisa em 2 lugares ao mesmo tempo. Acho que as pessoas não se impressionariam, pois acho que elas não acreditam. Não que digam que sou mentiroso, ou que os cientistas estão confusos, acho que é tão misterioso que não dá para compreender o quão fantástico é”.
As pessoas trabalham, se aborrecem, almoçam, vão para casa e vivem as vidas como se nada de especial estivesse acontecendo, pois é assim que se acostumam, mas existe essa incrível mágica bem na sua frente.
A física quântica calcula apenas possibilidades. Mas se aceitarmos isso a questão passa a ser que escolha temos que fazer dentre as possibilidades para iniciarmos a experiência? Então vemos diretamente que a consciência tem que ser envolvida. O observador não pode ser ignorado.
Sabemos o que um observador faz, do ponto de vista da física quântica, mas não sabemos quem e o que o observador é na verdade. Temos tentado encontrar uma resposta. Entramos na mente, entramos na cabeça, entramos em todos os lugares usando todos os recursos que temos para acharmos algo que possa ser o observador. Mas não achamos nada no cérebro. Nada na região do córtex. Nada no sub-córtex. Não identificamos um observador lá. Mas mesmo assim temos a sensação de sermos tais observadores, observando o mundo lá fora. Seria esse o observador? E pq. É tão complicado entender esse mundo louco e estranho de partículas quânticas e o modo como reagem? Esse seria o observador?
Para mim o observador é o espírito que está dentro da nossa roupa biológica. É como o “fantasma da máquina”. É a consciência que está dirigindo o veículo e observando os arredores. As quatro camadas do corpo biológico têm todos os tipos de sistemas e sensores para captarem os sinais ao seu redor.
Washington,chamada capital do mundo em assassinatos, recebeu um grande experimento no verão de 1993. 4000 voluntários vieram de 100 países para uma meditação coletiva durante longos períodos do dia. Segundo o FBI, isso faria com que os crimes violentos caíssem 25% naquele verão em Washington. O chefe de polícia foi à televisão dizer que o crime só diminuiria 25% se nevasse no verão. No final da pesquisa a polícia se tornou colaboradora e autora desse assunto, pois o resultado foi uma queda de 25% nos crimes em Washington. O que poderia ser prevista com base em 48 estudos anteriores que já haviam sido feitos em menor escala. Isso nos leva a imaginar que as pessoas estão afetando a realidade que vemos. Pode apostar que sim!! Cada um de nós afeta a realidade como a vemos. Mesmo se fugirmos disso e nos fingirmos de vítima. Estamos todos fazendo isso!
Uma exposição que veio do Japão, e o autor é o Sr. Missuro Emoto mostra o interesse do mesmo pela estrutura molecular da água e o que a afeta. Sendo a água o mais receptivo dos 4 elementos, o Sr. Imoto pensou que ela poderia responder a eventos não físicos. Ele então realizou vários estudos onde aplicou estímulos mentais e os fotografou com um microscópio de campo escuro. A primeira foto é da água da represa Fujiwara, a segunda após a água ter sido benzida por um monge zen-budista. Na série de fotos seguintes ele imprimiu palavras e as colou em garrafas de água destilada, deixando-as passar a noite assim. Essa primeira foto mostra a água pura destilada em sua essência. A foto a seguir é diferente. É o “chi do amor”, e esta outra foto da palavra “obrigado”. O Sr. Imoto diz que o pensamento ou intenção são as forças responsáveis por tudo isso. A ciência de como isto afeta as moléculas é desconhecida. Menos para as moléculas da água, é claro.
O Sr. Imoto diz que o pensamento ou intenção são as forças responsáveis por tudo isso. A ciência de como isto afeta as moléculas é desconhecida. Menos as moléculas da água, é claro. É fascinante se pensarmos que 90% do nosso corpo é composto por água, imagine o que nossos pensamentos podem fazer conosco.
Certamente. O pensamento pode mudar o corpo completamente. Muitas pessoas não afetam a realidade de forma consistente e substancial pq não acreditam que possam. Elas escrevem uma intenção e depois a apagam, pois acham que é tolice. “Não consigo fazer isso!!” Escrevem de novo e apagam. Isso tem um efeito muito pequeno pois elas não acreditam que possam fazer isto.
Se você acreditar com todo o seu ser que pode andar sobre a água, isso acontecerá sim. É como um pensamento positivo, que é um conceito maravilhoso. Mas geralmente temos uma névoa de pensamento positivo, cobrindo uma enorme massa de pensamento negativo. Pensar positivo apenas disfarça o nosso pensamento negativo.
Quando pensamos em objetos tornamos a realidade mais concreta do que é. É por isso que ficamos presos. Ficamos presos na uniformidade da realidade, pois se ela é concreta obviamente eu sou insignificante. Eu não posso realmente altera-la. Mas se a realidade é a minha possibilidade, possibilidade da própria consciência, então... imediatamente surge a pergunta? Como eu posso altera-la? Como posso torna-la melhor? Como posso torna-la mais alegre? Você percebe como estamos ampliando a imagem de nós mesmos? Na mentalidade antiga...eu não podia mudar nada, pois não tinha de maneira alguma participação na realidade.
A realidade já tem existência própria, feita de objetos materiais que se movem de acordo com leis determinísticas e a matemática determina como vão comportar-se em determinada situação. Eu, o experenciador, não tenho papel algum. Na nova visão sim, a matemática pode nos mostrar algo. Ela nos mostra possibilidades que todos estes movimentos podem assumir. Mas não nos pode dar a experiência real que eu terei...na minha consciência. Eu que escolho tal experiência. Dessa forma, literalmente eu crio minha própria realidade. Pode parecer uma tremenda afirmação bombástica de alguém da Nova Era sem nenhum conhecimento de física, mas a física quântica está nos dizendo isto.
Você já parou para pensar do que os pensamentos são feitos? Existe uma substância nos pensamentos? Depende do que você considera real. O mundo sendo possíveis linhas de realidade até você escolher.
Todas as realidades no campo quânticas existem simultaneamente? Existem literalmente diferenças no mundo onde vivemos. Há o mundo macroscópico que vemos, o mundo de nossas células, o mundo dos nossos átomos...estes são mundos completamente diferentes. Eles possuem sua própria linguagem, sua própria matemática. E não são apenas pequenos. Cada um é totalmente diferente, mas se complementam. Pois eu sou meus átomos, mas também sou minhas células. A minha fisiologia microscópica é verdadeira, só que com diferentes níveis. O nível de verdade mais profundo descoberto pela ciência e filosofia, e a verdade fundamental da nossa realidade, você e eu somos um só.
Quando acordo, conscientemente crio meu dia do jeito que quero que ele seja. Às vezes, como minha mente está examinando as coisas que preciso fazer, demora um pouco até eu chegar ao ponto que interessa, que é a intenção de criar o meu dia. Mas depois que crio o meu dia, pequenas coisas inexplicáveis acontecem. Sei que são os processos ou os resultados da minha criação. E quanto mais faço isso, uma rede neural no meu cérebro vai se construindo, me fazendo aceitar que aquilo é possível me incentivando a repetir tudo no dia seguinte.
É um vício. Temos uma possibilidade linda e suprema de decifrarmos a diferença entre nossa intangibilidade, nosso senso de ética, e o que acontece no dia a dia, como nossa química é revelada em um mundo tri-dimensional através de nossos corpos. Esse vício é o sentimento de uma enxurrada química que passa pelos corpos através de todo o tipo de glândulas levada por esse fluido que nos faz sentir o que chamamos de fantasia sexual. Um homem precisa de apenas uma fantasia sexual para ficar excitado. Apenas um pensamento para seu membro ficar ereto. E nada no mundo exterior fez isso com ele, e sim o que estava dentro da cabeça dele. Quando eu era jovem, tinha muitas idéias sobre o que Deus era. Hoje entendo que não tenho consciência para saber o que esse conceito significa. Que sou um com o grande ser que me criou e me trouxe para cá e que criou as galáxias, o universo etc. Não foi difícil a religião se aproveitar disso. Muitos dos problemas que a religião produziu através dos séculos vêm da concepção que a religião tem de Deus ser algo distinto de nós, a quem devemos adorar, cultuar, agradar esperando ser premiado no fim da minha vida. Deus não é isso, isso é uma blasfêmia. Deus é uma coisa muito ampla, muito associado à organização religiosa. E a religião assombre o mundo. Fez mal às mulheres, às pessoas oprimidas, ao World Trade Center... Ainda assim temos no mesmo ponto um resumo de uma grande ciência. A ciência que mais se aproximou para explicar o ensinamento de Jesus de que uma semente de mostarda era maior que o Reino dos Céus, foi a física quântica.
Hoje temos uma incrível tecnologia. Imãs anti-gravitacionais, campos magnéticos, energia ponto zero...Mesmo assim ainda temos um conceito retrógrado e supersticioso de Deus. As pessoas entram na linha quando ameaçadas por essas “sentenças cósmicas”, pelo “castigo eterno”. Mas Deus não é assim. E quando você começa a questionar tais retratações de Deus, as pessoas te taxam de agnóstico, um subversivo da ordem social. Deus é maior do que a maior das fraquezas do ser humano. E Deus precisa transcender a grandiosidade da habilidade humana de forma incrível para ser visto em seu absoluto esplendor. Como um homem ou uma mulher podem pecar contra algo tão supremo? Como pode uma pequena unidade de carbono na terra...no quintal da via Láctea, trair Deus todo poderoso? É impossível. O tamanho da arrogância é o tamanho do controle daquelas que criam Deus à sua própria imagem.
Quando o cérebro funciona se parece com uma tempestade elétrica, Os vãos entre as sinapses são como o céu que fica entre a tempestade e a terra. Você vê as nuvens negras se formando no céu. E você vê os impulsos elétricos se movendo através dos raios. O cérebro se parece com uma tempestade eléctrica quando está formando um pensamento coerente.
Ninguém nunca viu o pensamento, mas nós vemos a física neural. Vemos uma tempestade em diferentes quadrantes do cérebro. São áreas mapeadas no corpo que a pessoa deve corresponder com imagens holográficas... ira, assassinato, ódio, compaixão, amor... O cérebro não sabe a diferença entre o que vê no ambiente e do que se lembra, pois ele acessa a mesma rede neural.
O cérebro é feito de pequenas células nervosas chamadas neurônios. Eles possuem ramificações para se conectarem e formarem uma rede neural. Cada área conectada está integrada a um pensamento ou memória. O cérebro constrói todos os conceitos através de memórias associativas. Por exemplo: idéias, pensamentos e sentimentos são construídos e interconectados nessa rede neural e todos tem uma possível relação entre si.
O conceito do sentimento amor, por exemplo, está guardado nessa vasta rede neural, mas construímos o conceito de amor a partir de muitas outras idéias diferentes. Algumas pessoas têm o amor ligado ao desapontamento, então quando pensam em amor, experimentam a memória de dor, mágoa, raiva e até ira. A mágoa pode estar ligada a uma pessoa específica, que remete a conexão do amor.
Criamos modelos de como enxergamos o mundo exterior a nós. Quanto mais informações temos, mais refinamos nosso modelo de um jeito ou de outro. Fundamentalmente nós contamos uma história para nós mesmos de como o mundo exterior é. Qualquer informação que processamos no ambiente sempre é colorida pelas experiências que já vivemos e por uma resposta emocional aquilo que estamos vivenciando.
Quem está no comando quando controlamos nossas emoções ou reagimos emocionalmente? Sabemos fisiologicamente que as células nervosas que disparam juntas, ficam interconectadas. Se você praticar algo sempre repetidamente, essas células terão um relacionamento longo. Se você diariamente ficar com raiva ou diariamente ficar frustrado, ou diariamente sofrer... ou der razão a sentir-se vítima na sua vida... estará re-conectando e reintegrando a rede neural diariamente, e essa rede neural terá agora um relacionamento de longo prazo com todas as outras células nervosas, chamado uma “identidade”.
Sabemos que as células nervosas que não disparam juntas, não se conectam mais. Elas perdem seu relacionamento de longo prazo, pois sempre que interrompemos um processo de pensamento que produz uma resposta química no corpo, toda vez que interrompemos, células nervosas que estão conectadas umas as outras começam a quebrar a sua conexão de longo termo. Quando começamos essa interrupção e observamos, não por estímulo e resposta a uma reação automática, mas sim observando o efeito que essa interrupção produz, então deixamos de ser este corpo-mente, conscientemente e emocional, que está respondendo ao seu ambiente como se fosse no automático. Isso significa dizer que as emoções são boas? Ou as emoções são ruins? Elas são reforçadas para reforçar quimicamente algo a longo prazo em sua memória. É para isto que temos emoções. Toda emoção é química impressa holográficamente. A farmácia mais sofisticada do Universo está aqui dentro.
Há uma parte do cérebro chamado hipotálamo e o hipotálamo é como uma pequena fábrica. É um lugar que fabrica certos químicos que determinam as emoções que experimentamos. Estes químicos são chamados de peptídeos, pequenas cadeias de aminoácidos. O corpo é uma unidade de carbono que produz cerca de 20 diferentes aminoácidos para formular sua estrutura física. O corpo é uma máquina de produzir proteínas. No hipotálamo pegamos as pequenas cadeias de proteínas chamados peptídeos e neuro-hormônios que proporcionarão os estados emocionais que sentimos diariamente. Assim sendo, há químicos para raiva, para tristeza, para vitimização.... há químicos para desejo, para combinar com todos os estados emocionais que experimentarmos.
No momento que sentimos um estado emocional em nosso corpo ou no nosso cérebro o hipotálamo imediatamente fabricará aquele certo peptídeo, e o libertará através de pituitária diretamente na corrente sanguínea. No momento que entra na corrente sanguínea, ele acha seu caminho para diferentes centros e diferentes partes do corpo. Bem, todas as células do corpo possuem receptores na parte externa.
Uma célula pode ter milhares de receptores espalhados em sua superfície e como que abertos para o mundo exterior. E quando um peptídeo atraca em uma célula ele literalmente é como se uma chave entrasse numa fechadura, ele senta na superfície do receptor e como a campainha de uma porta tocando, enviando um sinal célula adentro.
O que acontece na maturidade é que a maioria de nós que teve dificuldades ao longo do caminho, está vivendo de um modo emocionalmente desligado ou está vivendo como se hoje fosse ontem. Tanto no momento emocionalmente desconectado como no modo emocionalmente superexcitado, pois eles remetem a um tempo anterior na realidade, a pessoa não está vivendo como um todo integrado.
Por todo o exterior de célula existem estes bilhões de receptores que servem apenas para receberem informações. Um receptor que tem um peptídeo acoplado a ele muda a célula de várias maneiras. Ele desencadeia uma cascata de eventos bioquímicos, alguns dos quais podem até alterar o núcleo da célula. Cada célula está definitivamente viva e cada célula tem uma consciência especialmente se definirmos consciência como sendo o ponto de vista de um observador. Há sempre a perspectiva da célula. Na verdade, a célula é a menor unidade de consciência do corpo.
Bem, minha definição de vício é bem simples. É algo que você não consegue parar!!! Buscamos situações que vão suprir os desejos bioquímicos das células do nosso corpo criando situações que satisfaçam nossas necessidades químicas. Um viciado sempre vai precisar de um pouco mais para poder satisfazer sua necessidade química. Minha definição significa que se você não consegue controlar seu estado emocional, você está viciado nele.
O que é realidade? Como pode alguém realmente afirmar que está apaixonado por uma pessoa específica?Por exemplo... Eles só estão apaixonados pela expectativa das emoções nas quais estão viciados... Pois a mesma pessoa pode não ser mais querida na próxima semana, por não ter correspondido. Meu Deus, isso não muda a perspectiva de nossa visão das emoções nas necessidades pessoais e identificações?
Nós somos as emoções e as emoções somos nós. Novamente, não podemos separar as emoções se levarmos em conta que cada aspecto de sua digestão, cada esfíncter que abre e fecha, cada grupo de células que se nutre e vão então para curar ou consertar algo, todos estão sob a influência das moléculas da emoção. Eu quero dizer... é totalmente constante. Então você pergunta se as emoções são ruins. Elas não são ruins, são a vida. As emoções colorem a riqueza de nossas experiências.
O problema são os nossos vícios. As pessoas não compreendem que quando descobrem que estão viciadas em emoções não é algo apenas psicológico. É bioquímico. Pense sobre isso. A heroína usa os mesmos receptores nas células que nossas emoções usam. É fácil verificar que, se podemos nos viciar em heroína, podemos nos viciar em qualquer peptídeo natural, que qualquer emoção. A busca que fazem está relacionada a achar um certo estado emocional. Quero dizer que não olhamos nada sem envolvermos o aspecto emocional.
Agora e quanto às pessoas que são viciadas em sexo? Nossa mente literalmente cria nosso corpo. Tudo começa na célula. A célula é uma máquina produtora de proteína, mas ela recebe o sinal do cérebro. Um aspecto sobre receptores é que eles mudam de sensibilidade. Se um determinado receptor de uma certa droga ou peptídeo interno estiver sendo bombardeado por um longo tempo e com grande intensidade ele vai literalmente encolher. Existirão menos deles, ou perderão a sensibilidade...ou ficarão desregulados... Então a mesma quantidade de droga ou peptídeo interno vai produzir uma resposta menor.
Se bombardearmos a célula com a mesma atitude e mesma química, repetidamente e diariamente, quando essa célula finalmente resolver se dividir, produzindo uma célula irmã ou célula filha, a nova célula terá mais receptores para os peptídeos neurais daquela emoção, e menos receptores para vitaminas, minerais, nutrientes, troca de fluídos ou mesmo para a liberação de toxinas. O envelhecimento resulta de produção inapropriada de proteínas. O que acontece quando envelhecemos? Nossa pele perde elasticidade. Bem, a elasticidade é uma proteína. O que acontece com as nossas enzimas? Passamos a não digerir muito bem. E o nosso líquido sinuvial? São proteínas que ficam frágeis e rígidas. Que acontece com nossos ossos? Eles vão ficando finos. O envelhecimento resulta da produção inapropriada de proteínas, Portanto se levanta a seguinte questão: Realmente importa o que comemos? A nutrição tem realmente algum efeito se as células nem possuem receptores após 20 anos de abuso emocional, para receber ou absorver os nutrientes necessários para a saúde?
Ok, gente, é hora para uma correção de curso na nossa trajetória, no caminho da nossa aventura. E essa correção de curso é em direção a um novo paradigma, que é uma expansão do velho. Nele, o universo é maior do que imaginávamos em nosso modelo, mas é sempre maior do que imaginamos que seja.
Ninguém jamais pareceu, e lhe deu conhecimento inteligente suficiente da beleza do seu ser, como você trabalha de dentro para fora. Pq você tem vícios? Pq não tem nada que seja melhor. Nunca sonhou com nada melhor pq nunca te ensinaram a sonhar com algo melhor.
Se eu acho que voce é mau? Eu não te acho mau. Se eu acho que você é bom? Eu não te acho mau ou bom. Eu acho que você é Deus. Em geral, o campo da psiquiatria não permite muita liberdade de acção das pessoas. Significa que muitos problemas, mas nem todos, que são rotulados como sendo problemas psicológicos realmente somam para as pessoas fazerem escolhas pobres e torna-se necessário instruí-las para que façam escolhas melhores. Quando falo sobre nós desaparecermos não quero dizer desaparecer fisicamente. Quero dizer que nós saímos da área do cérebro que tem a ver com a nossa personalidade, que tem a ver com nossa associação com pessoas, nossa associação com lugares, nossa associação com coisas, tempos e eventos... Nós não existimos nos centros associativos do nosso cérebro que reafirmam nossa identidade e reafirmam nossa personalidade.
Para as pessoas “normais” no mundo, que vivem e acham a sua vida intediante ou sem inspiração... é assim pq nunca tentaram obter conhecimento ou informação que as inspirassem . Elas estão tão hipnotizadas...pelos seus ambientes, pela mídia, pela TV, por pessoas que vivem e ditam ideais e parâmetros que todos lutam para alcançar, mas que ninguém consegue realmente alcançar em termos de aparência física, em termos de definições de beleza, de valor, tudo isso são ilusões às quais a maioria das pessoas se rende, e vivem sua vida na mediocridade. Vivendo essa ilusão...suas almas, sua vontade pode nunca aparecer para que possam mudar para a alma vir a crescer e ser algo mais. Mas se a alma vir à tona, a pessoa passa a se perguntar se existe algo, além disso, ou pq. Estou aqui? Qual o propósito da vida? Para onde estou indo, o que acontece quando eu morrer? Se começarem a fazer tais perguntas, podem namorar e interagir com a percepção de que podem estar tendo um colapso nervoso. Mas na verdade o que está acontecendo é que os seus velhos valores de como viam a sua vida e o mundo estão começando a desmoronar.
Estamos em um território completamente novo no nosso cérebro e como estamos em um novo território começamos a reconectar o nosso cérebro, literalmente reconectando para um novo conceito. Isso finalmente nos transforma de dentro para fora. Se eu mudar de idéias, mudarei minhas escolhas? Se eu mudar minhas escolhas, minha vida irá mudar? Pq. Eu não consigo mudar? Em q. eu estou viciado? Pq. Eu não quero perder as coisas, às quais estou quimicamente ligado, e a que pessoas, lugares, datas ou eventos com os quais eu tenho ligação química, e que não quero perder pq eu não quero experimentar a retirada química dessa perda. Daí o drama humano!!
Qual é o único planeta na via Láctea em que seus habitantes estão impregnados e subjugados pelas religiões? Você sabe o pq disto? E pa as pessoas estabeleceram o que é certo e o que é errado? Se eu fizer isto, serei castigado por Deus. Se fizer aquilo, serei recompensado. Isso é uma descrição muito pobre que tenta mapear um caminho para seguirmos na vida, mas com resultados lamentáveis. Pois realmente não existe algo como “bom” ou “mau”. Dessa forma estamos julgando as coisas de uma forma muito superficial.
Isso quer dizer que está tudo liberado e você está livre para pecar? Não!! Simplesmente significa que temos de aprimorar nosso entendimento com o que estamos lidando aqui. Existem coisas que eu faço e sei que me evoluem. Existem outras coisas que não vão me evoluir. Mas não há “bom” ou “mau”. Deus não vai punir por ter feito isso ou aquilo. Não existe um deus condenando as pessoas. Todos são Deuses. Ao mesmo tempo Deus é um nome para explicar as experiências que temos no mundo que de alguma forma são transcendentais, que de alguma forma são sublimes.
Eu não faço idéia do que Deus seja. Contudo, eu acredito que deus exista, que é muito real essa presença chamada Deus. Só não sei como definir Deus. Ver Deus como uma pessoa, ou como algo...eu não sei como explicar. Pedir para um ser humano explicar o que é deus é o mesmo que pedir para o peixe explicar a água em que nada. Deus é a superposição de todos os espíritos, de todas as coisas. Somos deuses que estão construindo, e temos que seguir por este caminho até o dia que iremos amar o intangível da mesma forma que amamos nossos vícios. A única maneira de estar sempre bem comigo mesmo não é cuidando do meu corpo, mas sim cuidando da minha mente.
Se estou conscientemente construindo meu destino, se estou conscientemente, do ponto de vista espiritual aceitando a idéia de que meus pensamentos podem afetar minha realidade e afetar minha vida, pois realidade é igual à vida, então eu faço um pequeno pacto quando eu crio o meu dia. Eu digo “Eu estou tirando esse tempo para criar meu dia, e assim eu estou afetando o campo quântico. Se de fato os observadores estão me vigiando o tempo todo enquanto faço isto, e há um aspecto espiritual em mim então me mostrem hoje um sinal, de que prestaram atenção nas minhas coisas que eu criei e façam com que aconteça de uma forma que eu não esperava para que eu fique surpreso com minha habilidade de ser capaz de sentir essas coisas, e de uma forma que eu não tenha dúvidas que venha de vocês”.
O cérebro é capaz de fazer milhões de coisas diferentes, as pessoas apenas deviam aprender como elas são realmente incríveis e como suas mentes são realmente incríveis e que não somente possuem essa coisa inacreditável dentro da cabeça que pode fazer tantas coisas por nós, que nos ajuda a aprender, a mudar, a se adaptar e que pode nos ajudar a transcender a nós próprios. Pode existir um modo de o cérebro nos levar para um nível mais alto de existência onde poderemos entender o mundo de forma mais profunda, onde poderemos entender nossos relacionamentos de uma forma mais profunda.
E nós podemos finalmente achar maior significado para nós mesmos no mundo. Podemos mostrar que existe uma parte espiritual no nosso cérebro a qual todos nós podemos acessar, é algo que todos nós podemos fazer.
Temos que formular o que queremos e nos concentrar tanto nisso, e nos focar tanto nisso e estar tão conscientes disso que perdemos a noção de quem somos. Perdemos a noção do tempo. Perdemos a noção de nossa identidade.
No momento que estamos tão envolvidos nessa experiência, em que perdemos a noção de quem somos, em que perdemos a noção do tempo, esta experiência que temos é a única coisa real. Todos já tiveram essa experiência quando puseram na cabeça que queriam muito algo. Isso é a física quântica em ação. E a manifestação da realidade. É o observador em plena ação.
Sua consciência influencia outros a seu redor, influencia propriedades materiais e influencia o seu futuro. Você está co-criando o seu futuro. “Então me mostrem hoje um sinal, de que prestaram atenção nas coisas que eu criei e façam com que aconteça de uma forma que eu não esperava para que eu fique surpreso com minha habilidade de ser capaz de sentir essas coisas e de uma forma que eu não tenha dúvidas que venha de vocês”.
Você já se viu através dos olhos da outra pessoa em que você se tornou? Seria uma ótima iniciação. Já parou por um momento e se olhou através dos olhos do observador máximo? Eu sou muito mais do que penso que sou. E posso ser muito mais do que isso. Posso influenciar o próprio espaço, eu posso influenciar o futuro. Sou responsável por todas essas coisas. Não estou separado do que me cerca. Somos parte de um todo. E estou conectado a tudo. Eu não estou sozinho.
Sabendo dessa interconectividade do universo, que estamos todos interconectados, conectados ao universo em seu aspecto fundamental, acredito que não haja melhor explicação para o espiritualismo. Eu acredito que nosso propósito aqui seja desenvolvermos nossos dons e intenções e aprendermos a ser criadores efetivos. Estamos aqui para sermos criadores. Estamos aqui para preencher o espaço com idéias e grandes pensamentos. Estamos aqui para fazer algo desta vida.
Reconhecer o eu quântico, reconhecer o lugar em que realmente temos escolha, reconhecer a mente. Quando esta mudança na perspectiva a de ver coisas acontece dizemos que alguém se iluminou. A mecânica quântica permite que o intangível fenômeno da liberdade seja incorporado a natureza humana.
A física quântica, falando de uma maneira bem simples, é uma física de possibilidades. Abre fundamentalmente as perguntas: “quais possibilidades?” e “Quem escolhe entre estas possibilidades, para nos dar o evento atual que experimentamos?” A única resposta satisfatória, lógica e significativamente, é que a consciência é o chão, o fundamento de todos os seres. Precisamos buscar o conhecimento sem qualquer interferência dos nossos hábitos e se pudermos fazer isso, manifestaremos o conhecimento na realidade e nossos corpos o vivenciarão de novas maneiras, numa nova química, em novos hologramas, em outros novos lugares de pensamento além de nossos sonhos mais arrojados.
Todos nós um dia alcançaremos o nível dos avatares que lemos na história: Buda, Jesus... Bem Vindo ao Reino dos Céus. Sem julgamento, sem ódio, sem provas, sem nada. O fato de simplesmente existirmos permitiu que esta realidade que chamamos de real, a partir do poder da intangibilidade arrancasse da inércia, a ação/caos e a prendesse em sua forma que chamamos de matéria.
Como podemos verificar os resultados? Temos que viver nossa vida e reparar se de algum modo algo na nossa vida mudou. E, se algo tiver mudado, nos tornamos os cientistas da nossa vida, que é a principal razão de estarmos aqui. Não tomar isso como verdade absoluta. Experimente e veja se é verdade.
Reflita um pouco sobre isso.
quinta-feira, maio 18, 2006
(…)
- Só conhecemos o que cativamos – disse a raposa – os homens deixaram de ter tempo para conhecer o que quer que seja. Compram as coisas já feitas aos vendedores. Mas como não há vendedores de amigos, os homens deixaram de ter amigos. Se queres um amigo, cativa-me!
- E tenho de fazer o quê? – disse o principezinho.
-Tens de ter muita paciência. Primeiro, sentas-te longe de mim, assim, na relva. Eu olho do canto do olho e tu não dizes nada. A linguagem é uma fonte de mal-entendidos. Mas podes-te sentar cada dia um bocadinho mais perto…
O principezinho voltou no dia seguinte.
- Era melhor teres vindo à mesma hora – disse a raposa. – Por exemplo, se vieres às quatro horas, às três eu já começo a estar feliz. E quanto mais perto for da hora, mais feliz me sinto. Às quatro em ponto hei-de estar toda agitada e toda inquieta: fico a conhecer o preço da felicidade! Mas se chegares a uma hora qualquer, eu nunca vou saber a que horas hei-de arranjar o meu coração, a vesti-lo, a pô-lo bonito…
in O Principezinho, A. Saint-Exupéry
sexta-feira, maio 12, 2006
O que penso eu do mundo?
Sei lá o que penso do mundo!
Se eu adoecesse pensaria nisso.
Que ideia tenho eu das coisas?
Que opinião tenho sobre as causas e os efeitos?
Que tenho eu meditado sobre Deus e a alma
E sobre a criação do mundo?
Não sei. Para mim, pensar nisso é fechar os olhos
E não pensar. É correr as cortinas
Da minha janela (mas ela não tem cortinas).
O mistério das coisas? Sei lá o que é o mistério!
O único mistério é haver quem pense no mistério.
Quem está ao sol e fecha os olhos,
Começa a não saber o que é o sol
E a pensar muitas coisas cheias de calor.
Mas abre os olhos e vê o sol,
E já não pode pensar em nada,
Porque a luz do sol vale mais que os pensamentos
De todos os filósofos e de todos os poetas
A luz do sol não sabe o que faz
E por isso não erra e é comum e boa.
Alberto Caeiro (1890-?)
Poesia
sábado, abril 22, 2006
Um homem rico estava muito mal. Pediu papel e pena. Escreveu assim:
"Deixo meus bens à minha irmã não a meu sobrinho jamais será paga a conta do
padeiro nada dou aos pobres."
Morreu antes de fazer a pontuação... A quem deixava ele a fortuna? Eram quatro
concorrentes!
1) O sobrinho fez a seguinte pontuação:
Deixo meus bens à minha irmã? Não! A meu sobrinho. Jamais será paga a conta
do padeiro. Nada dou aos pobres.
2) A irmã chegou em seguida. Pontuou assim o escrito:
Deixo meus bens à minha irmã. Não a meu sobrinho. Jamais será paga a conta do padeiro. Nada dou aos pobres.
3) O padeiro pediu cópia do original. Puxou a brasa à sua sardinha:
Deixo meus bens à minha irmã? Não! A meu sobrinho? Jamais! Será paga a conta
do padeiro. Nada dou aos pobres.
4) Aí, chegaram os descamisados da cidade. Um deles, sabido, fez esta
interpretação:
Deixo meus bens à minha irmã? Não! A meu sobrinho? Jamais! Será paga a conta
do padeiro? Nada! Dou aos pobres.
Assim é a vida! Nós é que colocamos os pontos. E isso faz a diferença!
segunda-feira, abril 17, 2006
Eu tive um excelente resultado!
LOL!!
Teste Seu Vocabulário.
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quarta-feira, abril 12, 2006
Muito além de Plutão
Fernando Fernandes
A surpreendente descoberta de um planeta nos confins do Sistema Solar, uma vez e meia maior que Plutão, reacende a discussão sobre o esquema de regências. Touro, Libra, Gémeos e Virgem são os candidatos a ganhar um novo regente.
Os fatos, do ponto de vista astronómico
O corpo celeste se encontra a 14,5 biliões de quilómetros do Sol, três vezes mais que a atual distância de Plutão.
No gráfico, a localização do novo planeta é identificada pela seta amarela. Ele está nas proximidades da estrela Baten-Kaitos, da constelação de Cetus.
Um grupo de astrónomos anunciou em Los Angeles a descoberta de um novo
planeta maior do que Plutão. O planeta é o corpo celeste mais distante do Sistema Solar, encontrando-se a aproximadamente 14,5 bilhões de quilómetros do Sol, três vezes mais do que a distância atual de Plutão ao Sol. Segundo o astrónomo Michael Brown, do Caltech - Instituto de Tecnologia de Califórnia, trata-se do primeiro objecto confirmadamente maior do que Plutão no Sistema Solar exterior.
Brown definiu o objecto como o décimo planeta do Sistema Solar, se bem que a descoberta veio renovar a discussão sobre o que é realmente um planeta e se Plutão pode ser enquadrado nesta categoria. Em outras palavras: o corpo recém-descoberto pode levar os astrónomos a "desbancar" Plutão, que corre o risco de ser reclassificado como planetóide.
Os astrónomos ainda ignoram o tamanho exacto do novo planeta, se bem que seu brilho indique que, no mínimo, é equivalente a Plutão, podendo chegar, provavelmente, a uma vez e meia o tamanho deste.
Brown propôs à União Astronómica Internacional um nome para o novo planeta. Contudo, negou-se a revelá-lo até que o nome seja aprovado. Por enquanto o objeto é identificado pela nada estimulante denominação de 2003UB313.
Segundo Michael Brown, o décimo planeta estará vísivel para os astrónomos durante os próximos seis meses.
O objecto foi fotografado pela primeira vez em 2003 por Brown e seus colegas Chad Trujillo, do Observatório Gemini, e David Rabinowitz, da universidade de Yale. A foto foi obtida com o uso de um telescópio de 1,2 metros de diâmetro no Observatório de Palomar. Todavia, o planeta se encontra tão afastado que seu movimento não foi detectado até que os dados passaram por uma reanálise em Janeiro de 2005. Trata-se de um corpo celeste rochoso e gelado, tal como Plutão. Os astrónomos ainda necessitam de pelo menos seis meses para determinar seu tamanho exacto.
Outros objectos celestes já haviam sido descobertos no Cinturão de Kuiper, um disco de asteróides e restos gelados que se estende para os confins do Sistema Solar além da órbita de Neptuno. Alguns objectos, tão logo foram descobertos, chegaram a ser dados apressadamente como planetas, como Quaoar e Sedna (este último em Março de 2004), mas suas dimensões permitem considerá-los apenas como planetóides ou asteróides. Desta vez, porém, não há dúvida: as dimensões do novo objecto não permitem outra classificação senão a de planeta, o que vem atiçando a imaginação de astrónomos e astrólogos.
Segundo os cientistas, o 2003UB313 passou despercebido por muito tempo porque sua órbita tem uma inclinação de aproximadamente 45 graus em relação ao plano em que os outros planetas giram em torno do Sol. Na verdade, simplesmente ninguém imaginava que pudesse haver algum planeta ali.
Segundo a Caltech, o 2003UB313 está 97 vezes mais distante do centro do Sistema Solar do que a Terra. Entretanto, tudo leva a crer que tal distância seja bastante variável, já que a órbita do novo corpo celeste parece ser pronunciadamente elíptica. O novo planeta dá uma volta ao redor do Sol a cada 560 anos (mais do dobro do tempo gasto por Plutão).
A questão da sincronicidade
No artigo Sedna, a Deusa Mutilada, publicada em Constelar n° 70
(abril/2004), dizíamos o seguinte: descobertas de corpos celestes costumam coincidir com a ampliação dos horizontes civilizatórios, como se cada novo planeta representasse a emergência de um novo processo na consciência humana.
Em seguida, naquele mesmo artigo, apresentamos um quadro que relaciona os eventos e processos sociais coincidentes com a afirmação do heliocentrismo e com as descobertas de Urano (1781), Netuno (1846), Plutão (1930) e dos planetóides Quaoar (2001) e Sedna (2004). Em relação a este último, verificou-se que a simbologia remete à questão dos oceanos como factor de equilíbrio da vida na Terra e da sustentabilidade do meio ambiente. Sedna foi descoberto enquanto transitava em Touro, signo relacionado à natureza e
compondo com Escorpião, seu oposto, o eixo da sustentação e da renovação dos recursos do meio ambiente. Além de Touro, Peixes também aparecia enfatizado, até pelo fato de Sedna ser uma deusa-mártir do fundo do oceano, segundo o mito esquimó.
Teria sido por acaso que alguns meses após a descoberta de Sedna a Terra foi sacudida pelo pior desastre natural dos últimos séculos? Falamos, é claro, do tsunami do Oceano Índico, que ceifou mais de 300 mil vidas. Não há aqui nenhuma intenção de atribuir a Sedna a responsabilidade pelas ondas gigantescas. Não se trata de uma relação de causa e efeito, mas apenas de sincronicidade: o mundo acorda para a dramática realidade da degradação ambiental no mesmo momento em que descobre um novo corpo celeste cuja simbologia aponta exactamente para esta questão.
A descoberta de 2003UB313, o décimo planeta, também carrega alguns fortes elementos simbólicos cuja plena compreensão provavelmente só teremos quando o nome do novo habitante do Sistema Solar for revelado. Já há, contudo, algumas pistas. O anúncio oficial da existência do 2003UB313 ocorreu em Julho de 2005, quando esse lentíssimo corpo celeste transitava em algum ponto entre 21°06' e 22°05' de Áries (as primeiras efemérides sobre o décimo planeta ainda são ligeiramente contraditórias). Do ponto de vista astronómico, o novo planeta não se encontra na constelação de Áries, mas sim na de Cetus, na região do equador celeste e vizinha de Áries e Peixes, ligeiramente ao sul da faixa zodiacal.
terça-feira, abril 11, 2006
domingo, abril 09, 2006
domingo, abril 02, 2006
Sincronicidade: As Coincidências Significativas
Definida por Carl G. Jung como uma coincidência significativa para uma das partes envolvidas no evento, a sincronicidade deve ajudar o indivíduo a entender as histórias que ele vive cotidianamente.
Robert H. Hopcke
O texto a seguir é um excerto do capítulo I do livro Sincronicidade - Ou Por Que Nada É Por Acaso, publicado no Brasil pela Editora Nova Era. Tradução: Lygia Itiberê da Cunha.
Carl G. Jung, cujo livro Sincronicidade: Um Princípio Casual de Conexão foi publicado em 1952, inventou o termo "sincronicidade" e lançou-o na linguagem psicológica, o qual foi rapidamente adotado pela cultura popular. Como muitas das idéias que incendeiam a imaginação popular, a noção de Jung de coincidências significativas não era nem nova nem única, mas o crédito de Jung é que o seu enfoque dos acontecimentos sincronísticos nos permite vê-los de uma forma mais clara e prática.
Filho de um ministro evangélico e de uma mãe com um psiquismo diferente, talvez com tendências psicóticas, Jung seguiu um caminho de vida nada incomum para um filho de pastor. Profundamente religioso, Jung no entanto repetida e explicitamente rejeitou as religiões organizadas com suas teorias dogmáticas e espiritualidade institucionalizada, e sua escolha pela carreira de psiquiatra, como descreve sua autobiografia Lembranças, Sonhos, Reflexões, tem muito a ver com a crise de fé de seu pai. Por causa de seu passado, Jung se dedicou, durante sua longa carreira, a entender o que Heráclito chamou de "fronteiras da alma", usando as ferramentas da moderna psicologia. Ele aplicava constantemente métodos científicos para examinar os assim chamados fenômenos "irracionais" e para elucidar o significado psicológico e a função dessas experiências na vida humana - experiências paranormais, percepções extra-sensoriais, ÓVNIS, psicocinética e afins. Sua tese de doutorado, por exemplo, chamada "Sobre a Psicologia dos Chamados Fenômenos Ocultos", tentava trazer uma explicação psicológica racional para as habilidades mediúnicas de uma mulher cujos estados de transe, comportamento automático e habilidades psicocinéticas eram notáveis.
A utilização por Jung de métodos científicos para dar sentido aos fatos que muitos rejeitam como sendo fantásticos, sem sentido, ou, pior, perturbações, era vista pela instituição psicanalítica de seu tempo como um sinal da sua tolice e excentricidade, pois a pesquisa no campo da psicologia acadêmica era (e ainda é) organizada seguindo linhas estritamente comportamentais ou cognitivas. Quando as teorias psicanalíticas de Freud começaram a desafiar essa visão mecânica da psicologia colocando tais eventos como resultado de processos e conflitos inconscientes, Jung inicialmente gravitou em torno dessa nova maneira de pensar. Porém, depois de discordar de Freud sobre o papel da sexualidade e a natureza do inconsciente, Jung se encontrou novamente excluído e isolado, enquanto os psicanalistas freudianos ganhavam terreno na Europa e nos Estados Unidos.
Mesmo hoje, equívocos a respeito do interesse de Jung em fenômenos como sincronicidade levam muitos a ter uma visão depreciativa de seu trabalho, desvalorizando-o como mero misticismo com roupagem psicanalítica ou como resultado de seu auto-indulgente subjetivismo. O que é freqüentemente mal-compreendido é que Jung sempre se aproximou de fenômenos como fantasmas, astrologia e sincronicidade não de uma forma simplista, crédula, mas, ao contrário, sob o ponto de vista mais objetivo e racional possível. Sua intenção em seus estudos sobre esses fenômenos foi sempre perguntar: "Quais são as condições psicológicas internas, tanto conscientes quanto inconscientes, para que nossa experiência externa seja afetada de maneira tão inesquecível e transformadora?" Ao contrário de muitos, nos dois lados dessa discussão, Jung tentava examinar esses fatos sem prejulgá-los como ridículos ou aceitar de imediato que a forma mais literal de entendê-los era a verdade absoluta.
Ao longo de minhas pesquisas, percebi que várias pessoas ficam confusas a respeito do que realmente é sincronicidade ou não. Talvez seja melhor, portanto, começar com a simples definição do conceito como Jung o desenvolveu, como uma "coincidência significativa". O problema dessa simplicidade, no entanto, é que, se você procurar no dicionário a definição da palavra "coincidência", encontrará algo do gênero "seqüência acidental de fatos ocorridos simultaneamente ou no mesmo período de tempo". Infelizmente, essa definição árida deixa de fora a forma como geralmente empregamos a palavra, o que faz toda diferença do mundo.
Se estou, por exemplo, datilografando esta frase e um passarinho entra pela janela, segundo o dicionário, isto é uma coincidência - uma seqüência acidental de fatos ocorridos com proximidade temporal. A maioria das pessoas, no entanto, não chamaria esse fato de "coincidência". Por outro lado, se estou datilografando esta frase e uma amiga telefona e me diz que ela também está em meio a uma tentativa de escrever uma definição de sincronicidade para um artigo seu, a maioria das pessoas chamaria isso de uma coincidência muito interessante. Porém, se você soubesse que minha amiga e eu havíamos combinado na noite anterior de passarmos uma hora durante essa tarde tentando escrever uma definição de sincronicidade, o fato de estarmos os dois fazendo a mesma coisa ao mesmo tempo já não seria mais tanta coincidência, seria? Em outras palavras, a mera ocorrência simultânea de dois ou mais fatos não nos leva a chamar algo de "coincidência", mesmo que o dicionário o faça. Ao contrário, no uso popular o termo coincidência é uma seqüência de fatos que acontecem proximamente, que são ligados uns aos outros e que são relacionados entre si pelo acaso através de uma similaridade notável.
Muito embora isso não exprima exatamente a forma como usamos a palavra "coincidência", pois se minha amiga me ligar às seis da tarde para dizer que está fazendo o jantar, para me ouvir responder que estou fazendo exatamente a mesma coisa em minha casa, a maioria das pessoas provavelmente não considera isso uma coincidência, pelo simples fato de que a maioria das pessoas possivelmente estará preparando seu próprio jantar por volta dessa hora do dia. Em outras palavras, a definição do dicionário da palavra coincidência também diz que uma coincidência é uma seqüência incomum de acontecimentos simultâneos que têm algum tipo de relação entre si. Coincidências são, como geralmente usamos a palavra, ocorrências extraordinárias.
Definindo sincronicidade, Jung deu ainda um outro passo. Coincidências - acidentais, porém seqüências de fatos incomuns relacionados entre si - acontecem de vez em quando para todas as pessoas, mas essas coincidências não são necessariamente muito significativas. Se, de fato, a amiga que está escrevendo seu artigo sobre sincronicidade é alguém cujo interesse nesses tópicos espelha os meus e isso é parte das razões pelas quais somos amigos, pode ser muito interessante que ela esteja coincidentemente envolvida em escrever o mesmo assunto que eu, mas a coincidência não teria necessariamente qualquer significado além do fato de ter acontecido. Porém, se enquanto eu estava escrevendo me sentia muito isolado, pensando comigo mesmo que ninguém sabe ou sequer se importa com sincronicidade, uma amiga liga para dizer que também ela está escrevendo sobre sincronicidade nessa mesma tarde, bem, só a partir de então a coincidência tem um significado considerável para mim, e pode muito bem ter um efeito significativo na forma como me vejo e na minha maneira de escrever. Isso seria então o que Jung viria a chamar de "sincronicidade", ou, simplesmente, uma coincidência significativa.
Surge então a pergunta: o que exatamente quer dizer "significativo"? Longe de estar filosofando inutilmente, é importante fazer esta pergunta imediatamente não só porque é crucial para a definição do conceito de sincronicidade de Jung, mas porque, sem aceitar que a sincronicidade se refere ao significado subjetivo dos fatos para os indivíduos envolvidos, muitos leitores vão achar que as histórias que se seguem não têm nenhum significado real. Contando certas histórias para algumas pessoas, percebi que a mesma história que pode provocar excitação, interesse e admiração em alguns pode provocar um tedioso "Grande coisa!" ou "Quem se importa?"
Por que, por exemplo, vou ao cinema com uma amiga e ela sai em lágrimas enquanto eu acho o mesmo filme ridículo e sentimental? O que torna uma coisa significativa para uma pessoa e sem sentido para outra?
Quando dizemos que algo é significativo para nós, geralmente estamos indicando uma de duas coisas: ou estamos dizendo que algo tem importância para nós por causa de certos valores que carregamos (em outras palavras, significa algo porque é valioso para nós), ou estamos dizendo que algo nos causou um impacto significativo - quer dizer, significa algo porque afetou nossas vidas de maneira fundamental. Obviamente, um acontecimento pode também ser significativo em ambos os sentidos.
Portanto, um evento sincronístico é uma coincidência que carrega um significado subjetivo para a pessoa envolvida, e como todas as coisas subjetivas, o que para uma pessoa pode ser significativo - quer dizer, valioso e/ou significativo por seu efeito - outra pode muito bem achar sem sentido. Um exemplo perfeito desse aspecto de sincronicidade foi um incidente que aconteceu com minha amiga Jill. Jantando em um restaurante movimentado, ela se sentou perto de um homem que contava animadamente ao seu companheiro de jantar a história de dois amigos seus que estavam tendo casos extraordinários com as irmãs um do outro. Ele não sabia, é claro, que a estranha perto dele, minha amiga Jill, também conhecia as pessoas de quem ele estava falando. No final dramático da história, ele se recostou com imensa auto-satisfação e disse ao seu companheiro, retórica e rebuscadamente, para finalizar a fofoca: "E você não vai adivinhar nunca com quem ele está saindo agora!" Ao que Jill não pôde resistir e se inclinou na direção e concluiu por ele, dizendo: "A prima de Mimi!"
O homem ficou boquiaberto; que experiência deve ter sido para ele quando uma completa estranha, surgindo do nada, num restaurante público, finalizou sua narrativa! Mas para Jill, que não tinha nenhum investimento emocional, como ele tinha feito ao contar esta suculenta história de casamento e traição, era simplesmente uma coincidência engraçada. Na verdade, os dois viveram a mesma experiência, mas o que era para Jill uma piada engraçada pode muito bem ter sido vivido como uma incrível sincronicidade pelo homem cuja história ela terminou, contendo uma importante lição sobre contar histórias íntimas de forma indiscreta em um lugar público. As muitas histórias que já ouvi me lembram sempre como um mesmo incidente, acontecido com duas pessoas, pode muito bem gerar duas experiências completamente diferentes, uma sincronística e significativa, outra não. Esta subjetividade torna fácil ridicularizar, menosprezar e fazer graça das ocorrências sincronísticas dos outros.
Além disso, veremos que a descrição sincronística se aplica a uma larga escala de coincidências significativas. Em algumas coincidências, a extrema improbabilidade do evento e o fantástico paralelo entre estado interior e ocorrência externa será sua característica mais notável. Esses tipos de eventos sincronísticos geralmente provocam uma sensação de "Ah!" a respeito deles. Em outras coincidências significativas, pode levar muito tempo até que o significado do que aconteceu fique claro, ou você pode perceber que o significado de um evento pode desenrolar devagar através do tempo. Esses tipos de sincronicidade provocam mais de uma sensação "Ah, agora entendi.". Em alguns casos o acontecimento externo ocorre primeiro e o significado subjetivo, interior, vem
Algumas pessoas, geralmente indivíduos analiticamente orientados, podem ficar absortos tentando decidir se algo é ou não sincronicidade: encaixa-se na definição? Vai de encontro aos critérios? Gostaria de enfatizar que o conceito de sincronicidade é mais bem usado como uma ferramenta do que como um fim
Sem dúvida, o melhor uso do conceito é um que seja exploratório e provocador. A idéia de que um acontecimento pode ser sincronístico dá a você uma perspectiva diferente do fato, aprofunda sua compreensão do mesmo ou intriga você o suficiente para olhar além do que aconteceu? Se for assim, então, a idéia proposta por Jung serviu aos seus mais altos propósitos e ao propósito para o qual este texto foi escrito - para ajudar pessoas a verem o significado das histórias que estão vivendo a cada dia.
As Bases da Sincronicidade
Mesmo que a sincronicidade seja uma idéia que existe desde a origem da cultura humana, a contribuição de Jung foi sua observação de que a confluência especial de acontecimentos, para a qual ele empregou o termo "sincronicidade", quase sempre tem três características distintas, às quais minhas próprias experiências e pesquisas me levaram a acrescentar mais uma. Portanto, esses acontecimentos que estamos chamando de sincronísticos geralmente têm quatro características.
Primeiro, esses acontecimentos são ligados pela casualidade, em vez de ligados através de uma corrente de causa e efeito que um indivíduo pode distinguir como intencional ou deliberada de sua parte. Segundo, esses acontecimentos são sempre acompanhados de uma profunda experiência emocional, geralmente na hora do acontecimento em si, porém nem sempre. Terceiro, o conteúdo de uma experiência sincronística, o que o acontecimento é realmente, é sempre de natureza simbólica, e quase sempre percebi, em relação ao quarto aspecto especificamente, que essas coincidências ocorrem em momentos de importantes transições em nossas vidas. Um evento sincronístico geralmente se torna um momento de virada na história de nossas vidas.
A palavra coincidência seria quase uma conspiração de improbabilidades.
Várias coisas conspiram, ocorrem ou ocorreram ao mesmo tempo. O próprio incidente tem significado especial para a pessoa. É freqüente ter uma natureza simbólica; há sempre algo mais profundo do que o próprio incidente. Causa uma emoção intensa por quem passa pela experiência; às vezes transforma totalmente a vida da pessoa.
Se prestar atenção a essas conspirações, verá que elas são "dicas", são mensagens do mundo e assim poderíamos participar conscientemente da criação de nosso próprio destino.
CONSCIÊNCIA
Uma grande história zen diz que havia dois estudantes observando uma bandeira. O primeiro dizia: - olha, a bandeira está se movimentando. O segundo diz: - não, o que está em movimento é o vento. Chega o professor e eles perguntam: - o que está se movendo é o vento ou a bandeira? E o professor diz: - nem o vento, nem a bandeira. O que se move é a consciência.
O UNIVERSO NUM PONTO
No nível da realidade quântica, a informação está embebida em energia. Ao nível quântico tudo é indivisível. Não há separação entre mim e você porque somos todos parte do vasto universo de informação e energia. Neste exato momento, se pegássemos um pedacinho do espaço quântico aqui entre meus dedos, teríamos o universo inteiro. Toda a energia e informação está bem aqui, nesse ponto entre meus dedos. Notícias da televisão estão passando aqui agora, por exemplo. Você não pode ver apenas porque não tem os instrumentos certos. Mas está tudo aqui, só que em diversas freqüências.
CÉREBRO
Apenas por um momento, feche os olhos. Agora pense no seu quarto. Veja sua cama, as paredes. Agora abra os olhos. Você viu seu quarto, claro. E assim que você viu essa imagem, um feixe de fótons, luz, acendeu em seu cérebro. Mas antes de pedir que você visse essa imagem, onde ela estava? Onde está a memória até o momento que decidimos lembrar? A memória não está no cérebro como tanta gente diz. As pessoas dizem isso porque se alguém tem um derrame pode perder a memória. Mas hoje os mais brilhantes cientistas do mundo estão afirmando que a memória não está no cérebro. O cérebro é apenas um harware, como um rádio. Não há prova cientifica de que o cérebro produza pensamentos. Ele os decodifica. O que ensinam as grandes escolas espirituais é que o pensamento vem da alma, do verdadeiro eu. Para além dos olhos da carne e dos olhos da mente estão os olhos da alma. É aí que temos memória, insights, imaginação, entendimento, intenção, curiosidade, sabedoria, criatividade. Hoje alguns cientistas começam a descrever esse domínio, que chamaremos de realidade virtual. É aí que estava o pensamento, antes de você tê-lo tido.
REALIDADE VIRTUAL
A realidade virtual é imortal. E infinitamente correlacionada. É o software do universo. Esse nível de realidade é silencioso. A mente está sempre falando, mas aqui há silencio profundo. É eterno, porque nunca morrerá porque nunca nasceu, sempre esteve lá. Não tem energia, mas toda energia vem daí. Esse nível de realidade não tem tempo, é a criatividade infinita, o potencial infinito. Esse nível de realidade tem um infinito poder de organização. Esse nível de realidade é a nossa própria alma.
A ORDEM NÃO MANIFESTA
O tempo linear é a forma da natureza não nos deixar experimentar tudo ao mesmo tempo. Mas há um mundo não manifesto onde tudo - passado, presente e futuro - está contido. Imagine que está lendo um livro, na página 70, e ele é uma história sobre você. Vai para a página 22 é a história também é sobre você, só que no passado. Na página 130 a história continua sendo sobre você, porem no futuro.
Você é que está lendo essa página agora. É assim que funciona a realidade. Volta e meia acessamos esse mundo não manifesto. Se a informação vem do passado, dizemos: oh, é das vidas passadas; se vem do futuro, dizemos: - oh, é uma profecia, uma clarividência. São palavras para descrever o que o poeta Rumi já disse de outra forma: " O mundo real está atrás das cortinas; na verdade não estamos aqui, esta é a nossa sombra. A experiência do amor não só como sentimento, mas como verdade maior da criação, o êxtase que vem daí, nos traz à memória da ordem submanifesta do ser, de toda a mágica da vida".
Deepak Chopra
segunda-feira, março 27, 2006
By Art Buchwald
Tuesday, March 14, 2006; Page C02
Ordinarily, people don't talk about death. Yet it's very much a part of our lives. I'm in a hospice and seem to have a lot of time to talk about it. My friends and I discuss what death is and where we're supposed to go after it happens.
People constantly ask me if there is an afterlife. It's a good chance for me to philosophize. I tell them, "If I knew I would tell you."
This does not mean that everyone knows more than I do on the subject, including priests (Christian and Hindu), rabbis and imams.
I haven't made up my mind which one of these groups has the answer, but the nice thing about a hospice is we can talk about death openly. Most people are afraid that if they even mention it, they will bring bad karma on themselves.
The other day I spoke to someone who questioned the idea that I do not know where I will go after life. This person, who is of religious faith, couldn't believe that I didn't know, and said, "Aren't you going to meet all those people you used to know in the hereafter?"
By the way, people always talk about heaven as the place where we are all going. The problem with thinking about heaven is that you then have to think about hell. The irony of our culture is people are constantly telling other people to go to hell, but no one tells them to go to heaven.
A friend of mine, Larry Gelbart, said he thinks the end will come for most people when all the phone companies merge and there is only one company left. One joker said he thought the only one who knows is Pat Robertson of the "700 Club." When asked how he would know, the answer was, "He's got a large TV audience and he wouldn't be allowed to say it if it wasn't true."
I'm not denying it's possible that there is a heaven. If it makes someone feel happy to believe this, that's wonderful. If it makes them unhappy, I don't want them to fret about it.
Some of my guests maintain they have actually talked to people who have died. I don't doubt them if they say it.
What's beautiful about death is you can say anything you want to, as long as you don't lord it over others that you know something they don't.
The thing that is very important, and why I'm writing this, is that whether they like it or not, everyone is going to go.
The big question we still have to ask is not where we're going, but what were we doing here in the first place?
in washingtonpost.com
2006Tribune Media Services
quarta-feira, março 22, 2006
A person who never made a mistake never tried anything new.
A question that sometimes drives me hazy: am I or are the others crazy?
Any intelligent fool can make things bigger and more complex... It takes a touch of genius - and a lot of courage to move in the opposite direction.
As far as the laws of mathematics refer to reality, they are not certain, and as far as they are certain, they do not refer to reality.
I have no special talent. I am only passionately curious.
It's not that I'm so smart, it's just that I stay with problems longer.
Imagination is more important than knowledge.
Make everything as simple as possible, but not simpler.
Most of the fundamental ideas of science are essentially simple, and may, as a rule, be expressed in a language comprehensible to everyone.
Most people say that is it is the intellect which makes a great scientist. They are wrong: it is character.
No problem can be solved from the same level of consciousness that created it.
Only two things are infinite, the universe and human stupidity, and I'm not sure about the universe.
Pure mathematics is, in its way, the poetry of logical ideas.
Solitude is painful when one is young, but delightful when one is more mature.
The difference between stupidity and genius is that genius has its limits.
The fear of death is the most unjustified of all fears, for there's no risk of accident for someone who's dead.
The only real valuable thing is intuition.
There are only two ways to live your life. One is as though nothing is a miracle. The other is as though everything is a miracle.
When I examine myself and my methods of thought, I come to the conclusion that the gift of fantasy has meant more to me than any talent for abstract, positive thinking.
terça-feira, março 21, 2006
«O acto sexual é para ter filhos» -
disse o deputado do CDS-PP num debate sobre legalização do aborto. A resposta em poema, que fez rir todas as bancadas parlamentares, veio de Natália Correia. Aqui fica:
tem como fim cristalino,
preciso e imaculado
fazer menina ou menino;
e cada vez que o varão
sexual petisco manduca,
temos na procriação
prova de que houve truca-truca.
Sendo pai só de um rebento,
lógica é a conclusão
de que o viril instrumento
só usou - parca ração! -
uma vez. E se a função
faz o órgão - diz o ditado -
consumada essa excepção,
ficou capado o Morgado.
Um poema de Natália Correia a João Morgado ( CDS-PP)
sexta-feira, março 17, 2006
Se conseguir ler as primeiras palavras, o seu cérebro decifrará automaticamente as outras...
3M UM D14 D3 V3R40, 3574V4 N4 PR414, 0853RV4ND0 DU45 CR14NC45 8R1NC4ND0 N4 4R314. 3L45 7R484LH4V4M MU170 C0N57RU1ND0 UM C4573L0 D3 4R314, C0M 70RR35, P4554R3L45 3 P4554G3NS 1N73RN45. QU4ND0 3575V4M QU453 4C484ND0, V310 UM4 0ND4 3 D357RU1U 7UD0, R3DU21ND0 0 C4573L0 4 UM M0N73 D3 4R314 3 35PUM4... 4CH31 QU3, D3P015 D3 74N70 35F0RC0 3 CU1D4D0, 45 CR14NC45 C41R14M N0 CH0R0... C0RR3R4M P3L4 PR414, FUG1ND0 D4 4GU4, R1ND0 D3 M405 D4D45 3 C0M3C4R4M 4 C0N57RU1R 0U7R0 C4573L0. C0MPR33ND1 QU3 H4V14 4PR3ND1D0 UM4 GR4ND3 L1C40:
G4574M05 MU170 73MP0 D4 N0554 V1D4 C0N57RU1ND0 4LGUM4 C0154 3 M415 C3D0 0U M415 74RD3, UM4 0ND4 P0D3R4 V1R 3 D357RU1R 7UD0 0 QU3 L3V4M05 74N70 73MP0 P4R4 C0N57RU1R. M45 QU4ND0 1550 4C0N73C3R 50M3N73 4QU3L3 QU3 73M 45 M405 D3 4LGU3M P4R4 53GUR4R, 53R4 C4P42 D3 50RR1R!!
S0 0 QU3 P3RM4N3C3 3 4 4M124D3, 0 4M0R 3 C4R1NH0. 0 R3570 3 F3170 D3 4R314!!!
SITES ANTI-CHEFE
Os maus gestores já não têm esconderijo possível: já existem "sites" no ciberespaço dedicados à crítica e denúncia de patrões autoritários e chefes ditadores. Se o cibernauta digitar no "browser" http://www.mybosssucks.com/, entra numa das mais emblemáticas esquinas "anti-chefe" da Web. Com um "design" simples, mas colorido e agradável, este "site" revela-se muito completo, funcional e divertido. Assim, para aqueles empregados que se sentem oprimidos e querem dar a conhecer o alegado sofrimento laboral infligido pelos seus chefes, tudo o que têm a fazer é colocar a denúncia no formulário existente na secção "Stories". Embora tenha sido criado nos Estados Unidos, este "site" já adquiriu dimensão internacional. Ao clicarmos na secção "Bad Bosses" é possível visualizar as várias queixas e denúncias de vários empregados dos quatro cantos do mundo. Até ao momento, não continha nenhuma proveniente de Portugal. Uma característica interessante do http://www.mybosssucks.com/ é a eleição do pior chefe do mês, a qual é realizada com base nas votações da equipa que gere o "site" e dos cibernautas que o visitam. Também é possível participar num forúm "on-line" ou aceder a modelos de cartas de despedimento, concebidos de acordo com o objectivo do empregado resignatário: humilhar, enfurecer ou gozar o seu antigo superior. Outra funcionalidade muito útil e divertida é a "Excuses", que contém as mais variadas desculpas, justificações e argumentos para diversas situações: faltas ao trabalho, atrasos, almoços demorados (porventura, um facto muito frequente na realidade portuguesa), entradas tardias e saídas prematuras do emprego, por exemplo. Por outro lado, se tiver alguma dúvida ou precisar alguma orientação para lidar com o seu chefe belicoso, é só clicar na secção "Ask Flo" e enviar um "e-mail" a Flo, uma gestora pessoal de carreira especializada nestas questões. Entretanto, se estiver a visualizar o site e o seu chefe aparecer repentinamente no seu local de trabalho, clique rapidamente no botão "Boss Alert" situado no canto superior direito do ecrã e imediatamente abre-se uma nova janela que cobre a do http://www.mybosssucks.com/, contendo informação sobre cursos de Internet da Netscape. Apesar de não poder ser utilizada ao mercado de trabalho português, este "site" ainda contém outra funcionalidade digna de destaque, que é a possibilidade de recorrer a um serviço jurídico-legal de identificação e comprovação de ex-chefes que prejudiquem o trabalhador que procura emprego, através do "black balling". Isto é, o anterior patrão impede que o candidato arranje novo trabalho ao providenciar más referências sobre o desempenho profissional do seu ex-empregado à potencial entidade empregadora.
Outro "site" onde é possível libertar o "stress" causado pela opressão patronal é o http://www.officesteria.com/, que permite ao cibernauta aceder a um jogo de "kickboxing" contra o patrão. Se digitarmos http://www.offtheboss.com/ encontramos mais duas ferramentas de gestão do "stress" no local de trabalho: colocar o chefe num triturador de lixo ou num poço de lava incandescente.