quarta-feira, abril 18, 2007

ESTÁTUA DA LIBERDADE!!!!!!!



Esta estátua de cobre, com 57 metros de altura, formalmente denominada "Liberdade iluminando o mundo" situa-se em Liberty Island, na parte superior da baía do porto de Nova York. A estátua, que representa uma mulher erguendo uma tocha para proclamar a liberdade, foi presente do povo da França ao povo dos Estados Unidos, em comemoração do centenário dos Estados Unidos em 1876.

SÓ PARA MULHERES FENOMENAIS

Tem sempre presente que a pele se enruga, o cabelo embranquece,
os dias convertem-se em anos...
Mas o que é mais importante não muda;
A tua força e convicção não têm idade.
O teu espírito é como qualquer teia de aranha.

Atrás de cada linha de chegada, há uma de partida.
Atrás de cada conquista, vem um novo desafio.

Enquanto estiveres viva, sente-te viva.
Se sentes saudades do que fazias, volta a fazê-lo.
Não vivas de fotografias amarelecidas...
Continua, quando todos esperam que desistas.
Não deixes que enferruje o ferro que existe em ti.
Faz com que em vez de pena, te tenham respeito.
Quando não conseguires correr através dos anos,
Trota
Quando não consigas trotar, caminha.
Quando não consigas caminhar, usa uma bengala.
Mas nunca te detenhas!!!.

Madre Teresa de Calcutá

OS IMBONDEIROS MORREM DE PÉ....árvore do tempo...

Mirador da Lua, Luanda

terça-feira, abril 17, 2007

"REGRESSO"....a Luanda com amor...


Quando eu voltar,
que se alongue sobre o mar,
o meu canto ao Creador!
Porque me deu, vida e amor, para voltar...
Voltar...
Ver de novo baloiçar a fronde magestosa das palmeiras
que as derradeiras horas do dia, circundam de magia...
Regressar...
Poder de novo respirar, (oh!...minha terra!...)
aquele odor escaldante que o humus vivificante do teu solo encerra!
Embriagar uma vez mais o olhar,
numa alegria selvagem, com o tom da tua paisagem,
que o sol, a dardejar calor,
transforma num inferno de cor...
Não mais o pregão das varinas,
nem o ar monotono, igual, do casario plano...
Hei-de ver outra vez as casuarinas a debruar o oceano...
Não mais o agitar fremente de uma cidade em convulsão...
não mais esta visão, nem o crepitar mordente destes ruidos...
os meus sentidos anseiam pela paz das noites tropicais
em que o ar parece mudo, e o silêncio envolve tudo
Sede...
Tenho sede dos crepusculos africanos, todos os dias iguais, e sempre belos,
de tons quasi irreais...
Saudade...
Tenho saudade do horizonte sem barreiras...,
das calemas traiçõeiras, das cheias alucinadas...
Saudade das batucadas que eu nunca via
mas pressentia em cada hora, soando pelos longes, noites fora!...
Sim! Eu hei-de voltar, tenho de voltar,
não há nada que mo impeça.
Com que prazer hei-de esquecer toda esta luta insana...
que em frente está a terra angolana, a prometer o mundo
a quem regressa...
Ah! quando eu voltar...
Hão-de as acacias rubras, a sangrar numa verbena sem fim,
florir só para mim!...
E o sol esplendoroso e quente, o sol ardente,
há-de gritar na apoteose do poente, o meu prazer sem lei...
A minha alegria enorme de poder enfim dizer:
Voltei!...
Alda Lara, Angolana

sábado, abril 14, 2007

A FUNÇÃO TRANSCENDENTE

C.G.Jung - 1958

Prefácio

Este ensaio foi escrito em 1916. Recentemente foi descoberto por estudantes do Instituto C. G. Jung de Zurique e impresso, como edição privada, em sua versão original provisória, porem traduzida para o inglês. A fim de preparar o manuscrito para a impressão definitiva, retoquei-o estilisticamente, respeitando- lhe, porém, a ordem principal das ideias e a inevitável limitação de seu horizonte. Depois de vinte e dois anos, o problema nada perdeu de sua atualidade, embora sua apresentação precise de ser complementada ainda em muitos pontos, como bem o pode ver qualquer um que conheça a matéria. Infortunadamente, minha idade avançada não me permite assumir esta considerável tarefa. Portanto, o ensaio poderá ficar, com todas as suas imperfeições, como um documento histórico. Pode dar ao leitor alguma ideia dos esforços de compreensão, exigidos ^elas primeiras tentativas de se chegar a uma visão sintética do processo psíquico no tratamento analítico. Como suas considerações básicas ainda são válidas, pelo menos no momento presente, ele poderá estimular o leitor a uma compreensão mais ampla e mais aprofundada do problema. E este problema se identifica com a questão universal: De que maneira podemos confrontar-nos com o inconsciente?
Esta é a questão colocada pela filosofia da Índia, e de modo particular pelo Budismo e pela filosofia Zen. Indiretamente, porém, é a questão fundamental, na prática, de todas as religiões e de todas as filosofias.
O inconsciente, com efeito, não é isto ou aquilo, mas o desconhecimento do que nos afeta imediatamente. Ele nos aparece como de natureza psíquica, mas sobre sua verdadeira natureza sabemos tão pouco — ou, em linguagem otimista tanto quanto sabemos sobre a natureza da matéria. Enquanto, porém, a Física tem consciência da natureza modelar de seus enunciados, as filosofias religiosas se exprimem em termos metafísicos, e hipostasiam suas imagens. Quem ainda está preso a este último ponto de vista, não pode entender a linguagem da Psicologia: acusá-la de metafísica ou de materialista, ou no mínimo, de agnóstica, quando não até mesmo de gnóstica. Por isso, tenho sido acusado por estes críticos ainda medievais, ora como místico e gnóstico, ora como ateu. Devo apontar este mal-entendido como principal impedimento para uma reta compreensão do problema: trata-se de uma certa falta de cultura, inteiramente ignorante de qualquer crítica histórica e que, por isso mesmo, ingenuamente acha que o mito ou deve ser historicamente verdadeiro ou, do contrário, não é coisíssima nenhuma. Para tais pessoas, a utilização de uma terminologia mitológica ou folclórica com referência a fatos psicológicos é inteiramente "anticientífica" .
Com este preconceito as pessoas barram o próprio acesso à Psicologia e o caminho para um ulterior desenvolvimento do homem interior cujo fracasso intelectual e moral é uma das mais dolorosas constatações de nossa época. Quem tem alguma coisa a dizer, fala em "dever-se-ia" ou em "seria preciso", sem reparar que lastimosa situação de desamparo está ele, assim, confessando. Todos os meios que recomenda são justamente aqueles que fracassaram. Em sua compreensão mais profunda, a Psicologia é autoconhedmento. Mas como este último não pode ser fotografado, calculado, contado, pesado e medido, é anticientífico. Mas, o homem psíquico, ainda bastante desconhecido, que se ocupa com a ciência é também "anticientífico" e, por isso, não é digno de posterior investigação? Se o mito não caracteriza o homem psíquico, então seria preciso negar o ninho ao pardal e o canto ao rouxinol. Temos motivos suficientes para admitir que o homem em geral tem uma profunda aversão ao conhecer alguma coisa a mais sobre si mesmo, e que é aí que se encontra a verdadeira causa de não haver avanço e melhoramento interior, ao contrário do progresso exterior.
Sabina Vanderlei Psicóloga CRP 05/29830
Especialista em Psicologia Junguiana IBMR-RJ
Mestranda em Filosofia UERJE
mail padrão: sabinavanderlei@ gmail.com
News Letter: http://br.groups. yahoo.com/ group/Psi- cologica/

sábado, abril 07, 2007

GRANDE PORTUGUÊS, COM CERTEZA!

Aristides Sousa Mendes e sua posição no certame são uma obra portuguesa singular.
Conhecê-lo é uma dádiva. Ele nasceu em 1885, numa família católica da aristocracia. Passou pela Universidade de Coimbra e caiu na carreira diplomática. Rodou por Guiana, Zanzibar, Porto Alegre, São Luís e Curitiba. Estava no consulado do porto francês de Bordeaux quando estourou a Segunda Guerra e chegou-lhe uma circular determinando que não se concedessem vistos a judeus.A cidade transformou-se em corredor de saída para dezenas de milhares de refugiados impotentes e Sousa Mendes distribuiu resmas de vistos em branco, assinados e carimbados. Calcula-se que tenham sido 30 mil em poucos dias. Foi a maior operação de resgate conduzida por uma pessoa durante o Holocausto.
Ele recordaria: "Quantos suicídios e outros atos de desespero se produziram, quantos atos de loucura de que eu próprio fui testemunha?"Salazar mandou dois funcionários para trazê-lo de volta a Lisboa. Sousa Mendes foi para Bayonne e emitiu mais vistos. Quando a polícia da fronteira com a Espanha foi avisada para não honrar sua assinatura, escoltou judeus abrindo caminho com seu carro oficial. Chegou a empurrar portões. Levado a Lisboa, foi expulso do serviço público. Perseguido pelo ditador, Sousa Mendes perdeu o patrimônio da família (a pecúnia, bem entendido porque, em 1944, dois dos seus 14 filhos saltaram sobre a Normandia com as tropas aliadas). Nada permitia supor que aquele aristocrata monarquista e cinqüentão agisse daquela forma. No seu encontro com a história, realizou a obra portuguesa singular.
Sousa Mendes morreu em 1954, doente e miserável. Alimentava-se em centros de caridade da colônia judaica. Seus bens foram leiloados e sua casa senhorial virou galinheiro.
Nada se escreveu sobre ele, além do que se gravou na lápide: "Quem salva uma vida salva o mundo".
Hoje ele é uma glória de Portugal e nome de praça em São Paulo. Tem busto em Bordeaux e parque em Montreal. Vinte árvores foram plantadas em sua memória na Floresta dos Mártires, em Jerusalém.
ELIO GASPARI - Folha de São Paulo - 28/03/2007

terça-feira, abril 03, 2007

Ai, ai, MEDÉIA....também me apetece............

O enredo de Medéia constitui um dos episódios finais de um entrelaçamento de lendas, da fértil mitologia grega. Segundo o mito, Medéia, neta do sol, princesa da Cólquida, famosa por seus poderes mágicos, apaixona-se perdidamente por Jasão, o líder dos Argonautas, que fora à Cólquida para conquistar o velocino de ouro, e tornar-se rei de Iolco. Medéia totalmente apaixonada resolve ajudá-lo em sua façanha. Movida pela sua enorme paixão, trai seu pai, o rei Aetes, que tem a posse do velocino de ouro, salva a vida do amado, mata seu irmão e sai de sua pátria fugida para acompanhar Jasão à Grécia. O regresso vitorioso dos Argonautas a Iolco foi celebrado com festas. Pelias, o usurpador da coroa de Iolco, quis que Medéia utilizasse seus poderes para rejuvenescê-lo, instigada por Jasão, Medéia deu às filhas do rei uma receita propositadamente errada, que o matou. A revolta da população de Iolco contra Medéia e Jasão foi tão forte que os dois tiveram de fugir para Corinto, onde viveram exilados. Depois de dez anos de casamento, Jasão abandona Medéia e os filhos para casar-se com a filha de Creonte, rei de Corinto, que decreta, com o consentimento de Jasão, a expulsão de Medéia e filhos de seu reino. Traída, abandonada, ferida e humilhada Medéia se enche de um ódio sobre-humano e arquiteta um plano utilizando-se de seus poderes para se vingar de seus inimigos.
Movida por um terrível desejo de vingança e extermínio Medéia vai até as últimas conseqüências para o aniquilamento completo de Jasão.

segunda-feira, abril 02, 2007

ETERNAMENTE JOVEM.............









ATENÇÃO: as experiências foram só feitas com homens???
Cuidado, miúdas da minha idade!!!!!!!!!

THAT'S THE PROBLEM......


domingo, abril 01, 2007

PORQUE É 1 DE ABRIL!!!!!!!!!!!

AINDA SOBRE A EXTINÇÃO DO MEU SERVIÇO....

e porque estamos no Ano Europeu da Igualdade para Todos...
e porque esta semana tanto se tem falado sobre a Convenção para protecção dos direitos das pessoas com deficiência...
e porque decidiram extinguir a Direcção de Serviços de Programas de Inserção, que intervem com os públicos mais desfavorecidos e com as pessoas com deficiência...
e porque talvez, estes públicos não precisem de intervenção específica ao nível da formação profissional e do emprego...
e porque às tantas, ja estamos mesmo numa sociedade inclusiva...
e porque às tantas, os departamentos governamentais já integraram adequadamente as estratégias de intervir com estes públicos...
e porque já não é preciso nos serviços quem defenda os direitos destes públicos e esteja atento a que tenham acesso em igualdade de oportunidades a todos os programas e medidas...
e porque talvez, cada vez mais estes públicos vão diminuindo...
e porque cada vez vão tendo menos visibilidade...

às tantas até faz sentido extinguirem o serviço!!!!!!!!!!!!!!

E porque hoje é dia 1 de Abril, eu até acredito!!!!!!!!!

PS: .... mas mantenho a fé, de que as mudanças são sempre para melhor... e que há que aproveitar o vento para novos voos!!!!!!!!!!!!

sexta-feira, março 30, 2007

HÁ QUE MEDITAR...

"Em tempo algum, meditar sobre si mesmo foi uma necessidade tão imperiosa e a única coisa certa, como nesta catastrófica época contemporânea.
Mas quem se questiona a si mesmo depara invariavelmente com as barreiras do inconsciente, que contém justamente aquilo que mais importa conhecer (...)
Mas são poucos os que buscam dentro de si, poucos os que se perguntam se não seriam mais úteis à sociedade humana se cada qual começasse por si (...).
O auto-conhecimento de cada indivíduo, eis o começo da cura da cegueira que domina o mundo de hoje.
Que este meu trabalho esteja a serviço desse interesse."
Carl Gustav Jung

O trabalho a que se refere Jung é ao seu livro "Psicologia do inconsciente".
Aqui fica o meu convite a essa leitura!

ADEUS, BIBI!

SAUDADE...

Um dia a maioria de nós irá se separar. Sentiremos saudades de todas as conversas jogadas fora, das descobertas que fizemos, dos sonhos que tivemos, dos tantos risos e momentos que compartilhamos.
Saudades até dos momentos de lágrimas, da angústia, das vésperas de finais de semana, de finais de ano. Enfim... do companheirismo vivido.
Em breve cada um vai pra seu lado, seja pelo destino, ou por algum desentendimento, segue a sua vida. Talvez continuemos a nos encontrar. Quem sabe, nos e-mails trocados...
Podemos nos telefonar, conversar algumas bobagens... Passarão dias, meses, anos... até este contato tornar-se cada vez mais raro. Vamos nos perder no tempo...
Um dia nossos filhos verão aquelas fotografias e perguntarão: Quem são aquelas pessoas?
Diremos que eram nossos amigos.
A saudade vai apertar bem dentro do peito. Vai dar uma vontade de ligar, ouvir aquelas vozes novamente...
E isso vai doer tanto...
Quando o nosso grupo estiver incompleto... nos reuniremos para um último adeus de um amigo.
E entre lágrimas nos abraçaremos. Faremos promessas de nos encontrar mais vezes daquele dia em diante.
Por fim, cada um vai para o seu lado para continuar a viver a sua vida isolada do passado. E nos perderemos no tempo mais uma vez.
Por isso, fica aqui um pedido deste humilde amigo: não deixe que a vida passe em branco e que pequenas adversidades sejam a causa de grandes tempestades...

“Eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os meus amores, mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos”
Vinícius de Moraes

BIBI, acabei de saber que transitaste (como aprendi com o meu amigo Zé Manel...) ...
...lembro da tua mão a segurar a minha mão pequena e quando a soltavas para me deixares correr desvairadamente naquele passeio inclinado até à parede branca... que alegria a nossa...
lembro-me quando pacientemente nos levavas, a mim e à minha irmã a dar pão aos patos...no jardim de Évora.
Oxalá encontres todos os que te amaram... até um dia.

ZEUS E HERA - uma relação conflituosa

Ao eleger Zeus e Hera como símbolos do casamento "per excellence", os gregos reconhecem que, longe de ser uma união tranqüila, ela é uma relação conflituosa baseada em rivalidades. Zeus manteve, mesmo depois de casado, inumeráveis aventuras amorosas e Hera vingou-se de maneira fria e cruel de todas as amantes de seu marido. A triangulação amorosa constitui-se num dos principais conflitos enfrentados pelos casais do mundo de hoje e podemos tomar o clássico triângulo amoroso da mitologia grega - Sêmele, Zeus e Hera - como modelo para alguns desses conflitos. Para a psicologia junguiana o estudo dos mitos é de extrema importância, pois eles representam as matrizes arquetípicas do comportamento humano. Segundo o mito, Zeus, o pai dos deuses, amou a jovem princesa Sêmele e disfarçado sob a forma humana manteve com ela uma relação clandestina. A vingança de Hera, após a descoberta do romance, não tardou a chegar. Consegue aproximar-se de Sêmele, sob a forma de sua ama, fazendo-a acreditar que ganharia honras celestes se convencesse Zeus a mostrar-se em sua forma divina. Persuadido por Sêmele, na visita seguinte que faz a ela, Zeus se mostra com os símbolos do seu poder olímpico: as nuvens, a chuva, o vento, o trovão e o seu raio fulminante. Não suportando esse poder, Sêmele é fulminada pelo relâmpago. De seu ventre, grávido de seis meses, Zeus retira a criança enxertando-a em sua própria coxa, mantendo-a até o dia do nascimento. Essa criança foi o deus Dioniso que libertou Sêmele dos infernos e com ela, tornada imortal, ascendeu ao céu dos deuses.
Acompanhando as narrativas míticas, inclusive a que pertence a história de Sêmele, iremos perceber que o relacionamento entre Zeus e Hera acontece sempre numa luta perpétua pelo poder. Esse tipo de luta também existe nas uniões terrestres embora, muitas vezes, seja dissimulada por trás de pequenos e grandes conflitos. No entanto, faz-se oportuno lembrar Jung quando afirma que "onde reina o amor não existe vontade de poder, e onde predomina a vontade de poder, está faltando amor". O relacionamento pode ser prejudicado se a luta pelo poder é um padrão constante. Muita energia é consumida, pois quanto mais tempo dura essa luta, maior é o medo da derrota. Os envolvidos no relacionamento sentem-se então compelidos a buscar fontes de ajuda no exterior que possam atuar como aliadas. De maneira bem semelhante ao nosso casal divino, os casais em conflito buscam, no caso do "homem - Zeus", a amante como aliada, enquanto que a "mulher - Hera" busca uma maneira de vingar-se do marido investindo contra a amante. Protege-se de um confronto consigo mesma empregando toda a sua energia no ódio e no desejo de vingança. Para ela o conflito na relação e a morte do amor são questões por demais dolorosas a serem enfrentadas. Mas é preciso lembrar que todos os acontecimentos precisam ser examinados por mais difícil que seja a situação. Este exame deve ser feito também nas suas formas arquetípicas. Cada participante do triângulo deve confrontar-se com as questões pendentes que foram levantadas em si mesmos. A jovem "amante - Sêmele" precisa enxergar e integrar os aspectos Hera em si. Hera zela pelo compromisso e a amante, de certo modo, evita vivenciá-lo. O "homem - Zeus" precisa descobrir o feminino em si despertado pela amante e na "mulher-Hera" os aspectos reprimidos da jovem amante precisam ser redescobertos e vivenciados. Não esqueçamos que, desse triângulo, uma criança sobrevive. Essa criança é Dioniso, o deus da transformação. Simbolicamente essa criança representa a nova força criativa a ser encontrada no que nasceu com eles e entre eles. A transformação deverá unir o desejo com a responsabilidade pelo que foi criado.
Os mitos são permeados por uma sabedoria que pode revelar o verdadeiro caminho do amor. A sacralidade desse sentimento permitirá que sensualidade e compromisso caminhem juntos. Aprendendo a linguagem do amor, compreenderemos que todo relacionamento sobrevive assim como Dioniso, se for criativo, renovando-se a cada dia.
Sandra Gomes - Psicóloga Junguiana

Uma palavra de agradecimento ao meu amigo Zé Mário, que sincronisticamente sempre me envia textos lindos para eu colocar no meu blog!!!!!!
LOL!!! Porque será que me enviou este?? Mais uma coincidência???

quarta-feira, março 28, 2007

ANDROVITA XXL!!

Androvita XXL
trata-se de um afrodisíaco concentrado de Genuínas Feromonas Humanas sintetizadas em laboratório com copulina que quando usado com o perfume lhe fará incrivelmente aumentar os seus níveis de atractividade.
A partir de agora poderá ser mais atraente para o sexo oposto de uma maneira que nunca imaginou. As feromonas enviam sinais quimicos ao sexo oposto que activam sentimentos de atracção.

Será que resulta mesmo perante eminente extinção?? LOL!!! Continua a estranha sensação de ser extinta!!!

WFDEAF Animation!!! Madrid 2007

http://www.youtube.com/watch?v=QiY5LU-II6Q

DÁ SEMPRE JEITO.......

http://www.amadeus.net/home/new/subwaymaps/en/index.htm#

GESTÃO POR OBJECTIVOS! É PARA TODOS!!!

Era uma vez uma aldeia onde viviam dois homens que tinham o mesmo nome: Joaquim Gonçalves. Um era sacerdote e o outro, taxista. Quis o destino que morressem no mesmo dia.
Quando chegaram ao céu, São Pedro esperava-os.
- O teu nome?
- Joaquim Gonçalves.
- És o sacerdote?
- Não, o taxista.
São Pedro consulta as suas notas e diz:
- Bom, ganhaste o paraíso. Levas esta túnica com fios de ouro e este ceptro de platina com incrustações de rubis. Podes entrar.
- O teu nome?
- Joaquim Gonçalves.
- És o sacerdote?
- Sim, sou eu mesmo.
- Muito bem, meu filho, ganhaste o paraíso. Levas esta bata de linho e este ceptro de ferro.
O sacerdote diz:
- Desculpe, mas deve haver engano. Eu sou o Joaquim Gonçalves, o sacerdote!
- Sim, meu filho, ganhaste o paraíso. Levas esta bata de linho
- Não pode ser! Eu conheço o outro, Senhor. Era taxista, vivia na minha aldeia e era um desastre! Subia os passeios, batia com o carro todos os dias, conduzia pessimamente e assustava as pessoas. Nunca mudou, apesar das multas e repreensões policiais. E quanto a mim, passei 75 anos pregando todos os domingos na paróquia. Como é que ele recebe a túnica com fios de ouro e eu.....isto?
- Não é nenhum engano - diz São Pedro. Aqui no céu, estamos a fazer uma gestão mais profissional, como a que vocês fazem lá na Terra.
- Não entendo!
- Eu explico. Agora orientamo-nos por objectivos. É assim: durante os últimos anos, cada vez que tu pregavas, as pessoas dormiam. E cada vez que ele conduzia o táxi as pessoas começavam a rezar. Resultados! Percebeste? GESTÃO POR OBJECTIVOS!

terça-feira, março 27, 2007

SER FELIZ OU TER RAZÃO

Oito da noite numa avenida movimentada.
O casal já está atrasado para jantar em casa de uns amigos. A morada é nova, bem como o caminho que ela consultou no mapa antes de sair. Ele conduz o carro. Ela orienta e pede para que vire, na próxima rua, à esquerda. Ele tem certeza de que é à direita. Discutem. Percebendo que além de atrasados, poderão ficar mal-humorados, ela deixa que ele decida. Ele vira à direita e percebe, então, que estava errado. Embora com dificuldade, admite que insistiu no caminho errado, enquanto faz o retorno. Ela sorri e diz que não há nenhum problema se chegarem alguns minutos atrasados.
Mas ele ainda quer saber:- Se tinhas tanta certeza de que eu estava a ir pelo caminho errado, devias ter insistido um pouco mais...
E ela diz:- Entre ter razão e ser feliz, prefiro ser feliz. Estávamos à beira de uma discussão, se eu insistisse mais, teríamos estragado a noite!
MORAL DA HISTÓRIA
Esta pequena história foi contada por uma empresária, durante uma palestra sobre simplicidade no mundo do trabalho. Ela usou a cena para ilustrar quanta energia nós gastamos apenas para demonstrar que temos razão, independentemente, de tê-la ou não. Desde que ouvi esta história, tenho-me perguntado com mais frequência: "Quero ser feliz ou ter razão?"
Outro pensamento parecido, diz o seguinte: "Nunca se justifique. Os amigos não precisam e os inimigos não acreditam."
Já agora, leia 2 vezes este post, para ver se o mundo melhora...

segunda-feira, março 26, 2007

UM POUCO DE INSANIDADE....

Eu sei que pauto a minha postura pela discrição, bom comportamento,
fingindo ser normal e perder a
grande parte da minha vida a trabalhar e a parecer normal. No entanto, ao
receber este mail, lembrei-me de muitos de vós e, sinceramente, esbocei
pequenos sorrisos a imaginar um a um nas diversas situações indicadas.
Espero que leiam todas estas sugestões de comportamento com a maior atenção
e, se possível, ousem ser lunáticos, ousem ser diferentes, ousem ser mais
humanos deixando a vossa loucura latente vir ao de cima. Aproveitem
enquanto é tempo e ainda vos resta essa parcela de
nfffffsdffffffffffffffewnfwleiktwtgkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkggar
lllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllrrrrrrrrr
rrrrrrrrrrrr

Assunto: FW: Insanidade!

Algumas sugestões para encher a nossa vida de uma saudável insanidade...

Como manter um nível saudável de insanidade:
1) No teu horário de almoco, senta-te no teu carro estacionado, põe os óculos escuros e aponta um secador de cabelos para os carros que passam.Vê se eles diminuem a velocidade.
2) Insiste que o teu e-mail é xena.princesa.guerreira@rtf.pt ou elvis.o.rei@rtf.pt
3) Sempre que alguém te pedir para fazer alguma coisa, pergunta se quer com batatas fritas a acompanhar.
4) Encoraja os teus colegas a fazer uma dança de cadeiras sincronizada.
5) Coloca a tua lata de lixo sobre a mesa e escreve nela "Enfia a cabeça!".
6) Desenvolve um estranho medo de agrafadores.
7) Põe descafeinado na máquina de cafe durante três semanas. Quando todos tiverem perdido o vício da cafeína, muda para café extra-forte.
8) No verso de todos os teus cheques escreve "Referente a favores sexuais".
9) Sempre que alguém te disser alguma coisa, responde "isso é o que tu pensas".
10) Termina todas as tuas frases com "de acordo com a profecia".
11) Ajusta o brilho do teu monitor para o que o nivel dele ilumine toda a área de trabalho. Insiste com os outros que gostas assim.
12) Não uses pontuações.
13) Sempre que possivel, salta em vez de andar.
14) Pergunta as pessoas de que sexo são. Ri histericamente quando te > responderem.
15) Quando estiveres num Mac-drive-in, especifica que é para levar.
16) Canta na ópera com os actores.
17) Vai a um recital de poesia e pergunta por que é que os poemas não rimam.
18) Descobre onde o é que o teu chefe faz compras e compra exactamente as mesmas roupas. Usa-as um dia depois do teu chefe as usar. (Isto e especialmente efectivo se o teu chefe for do sexo oposto.)
19) Manda e-mails para o resto da empresa para dizer o que e que estás a fazer. Por exemplo: "Se alguém precisar de mim, estou na casa de banho, 3ª porta à esquerda, 2ª sanita".
20) Põe uma rede de mosquitos à volta da tua secretária. Pôe um CD com som ambiente de floresta, durante o dia inteiro e imita ruídos de macaco.
21) Com cinco dias de antecedência, avisa os teus amigos que não podes ir a festa deles porque vai chover.
22) Faz os teus colegas de trabalho chamar-te pelo teu apelido: Duro(a) na Queda.
23) Quando sair dinheiro da caixa automática, grita "Jackpot".
24) Ao sair do Zoo, corre na direcção do parque de estacionamento, gritando "Salve-se quem puder, eles estão soltos!".
25) Sempre que o teu chefe te recriminar, diz "não ligue, são as vozes da minha cabeca".
26)Todas as vezes que vires uma vassoura, grita "Amor, a tua mãe chegou!".

Por fim, para manter um nivel saudável de insanidade...

27) Manda este texto para todos os teus amigos, mesmo àquele que to enviou. Ou mesmo que te tenham pedido para não lhes enviares nada.
Envia, pelo menos, 10 vezes a cada um! ...de acordo com a profecia!

UMA BELA CARTA DE APRESENTAÇÃO!!!

O texto que se segue foi escrito por um candidato numa selecção de
Pessoal para uma empresa.
O candidato foi aceite!

CURRICULUM VITAE

Já fiz cócegas à minha irmã só para que deixasse de chorar, já me
queimei a brincar com uma vela, já fiz um balão com a pastilha que se me
colou na cara toda, já falei com o espelho, já fingi ser bruxo.
Já quis ser astronauta, violinista, mago, caçador e trapezista; já me
escondi atrás da cortina e deixei esquecidos os pés de fora; já estive sob
o chuveiro até fazer chichi.
Já roubei um beijo, confundi os sentimentos, tomei um caminho errado e
ainda sigo a caminhar pelo desconhecido.
Já raspei o fundo da panela onde se cozinhou o creme, já me cortei ao
barbear-me muito apressado e chorei ao escutar determinada música no
autocarro.
Já tentei esquecer algumas pessoas e descobri que são as mais difíceis
de esquecer.
Já subi às escondidas até ao terraço para agarrar estrelas, já subi a
uma árvore para roubar fruta, já caí de uma escada.
Já fiz juramentos eternos, escrevi no muro da escola e chorei sozinho
na casa de banho por algo que me aconteceu; já fugi de minha casa para
sempre e voltei no instante seguinte.
Já corri para não deixar alguém a chorar, já fiquei só no meio de mil
pessoas sentindo a falta de uma única.
Já vi o pôr-do-sol mudar do rosado ao alaranjado, já mergulhei para a
piscina e não quis sair mais, já bebi whisky até sentir os lábios
dormentes, já olhei a cidade de cima e nem mesmo assim encontrei o meu
lugar.
Já senti medo da escuridão, já tremi de nervos, já quase morri de amor
e renasci novamente para ver o sorriso de alguém especial, já acordei a
meio da noite e senti medo de me levantar.
Já apostei a correr descalço pela rua, gritei de felicidade, roubei
rosas num enorme jardim, já me apaixonei e pensei que era para sempre, mas
era um "para sempre" pela metade.
Já me deitei na relva até de madrugada e vi o sol substituir a lua; já
chorei por ver amigos partir e depois descobri que chegaram outros novos e
que a vida é um ir e vir permanente.
Foram tantas as coisas que fiz, tantos os momentos fotografados pela
lente da emoção e guardados nesse baú chamado coração...
Agora, um questionário pergunta-me, grita-me desde o papel: " - Qual é
a sua experiência?"
Essa pergunta fez eco no meu cérebro. "Experiência....
"Experiência... " Será que cultivar sorrisos é experiência?
Agora... Agradar-me-ia perguntar a quem redigiu o questionário:

" - Experiência?! Quem a tem, se a cada momento tudo se renova???"

sábado, março 24, 2007

NOVAS REGRAS DE TRABALHO - ATENÇÃO!!!!!!!!!!

* *ALTERAÇÃO AO CÓDIGO DO *TRABALHO**
(proposta do PS, ou do governo? ou do Sócrates?!)
1. INDUMENTÁRIA:
Informamos que o funcionário deverá trabalhar vestido de acordo com o seu Salário. Se o virmos calçado com uns ténis Adidas de 100EUR ou com uma bolsa Guccide 150EUR, presumiremos que está muito bem de finanças e portanto, não precisa de aumento. Se ele se vestir de forma pobre, será um sinal de que precisa aprender a controlar melhor o seu dinheiro para que possa comprar roupas melhores e portanto, não precisa de aumento.E se ele vestir no meio-termo, estará perfeito e portanto, não precisa de aumento.
2.AUSÊNCIA DEVIDO A DOENÇA:
Não vamos mais aceitar uma declaração do médico como prova de doença. Se o funcionário tem condições para ir até ao consultório médico também tem para vir trabalhar.
3. CIRURGIA:
As cirurgias são proibidas. Enquanto o funcionário trabalhar nesta empresa, precisará de todos os seus órgãos, portanto, não deve pensar em tirar nada. Nós contratámo-lo inteiro. Remover algo constitui quebra de contrato.
4. AUSÊNCIAS DEVIDO A MOTIVOS PESSOAIS:
Cada funcionário receberá 104 dias para assuntos pessoais, em cada ano. Chamam-se Sábados e Domingos.
5. FÉRIAS:
Todos os funcionários têm direito a gozar ainda mais 12 dias de férias nos seguintes dias de cada ano: 1 de Janeiro, Dia de Páscoa, 25 de Abril, 1 de Maio, 10 de Junho, 15 de Agosto, 5 de Outubro, 1 de Novembro, 1 de Dezembro, 8 de Dezembro, 25 de Dezembro.
6. AUSÊNCIA DEVIDO AO FALECIMENTO DE ENTE QUERIDO:
Esta não é uma justificação para perder um dia de trabalho. Não há nada que se possa fazer pelos amigos, parentes ou colegas detrabalho falecidos. Todo o esforço deverá ser empenhado para que os não-funcionários cuidem dos detalhes. Nos casos raros, onde o envolvimento do funcionário é necessário, o enterro deverá ser marcado para o final da tarde. Teremos prazer em permitir que o funcionário trabalhe durante o horário do almoço e, sair uma hora mais cedo, desde que o seu trabalho esteja em dia.
7. AUSÊNCIA DEVIDO À SUA PRÓPRIA MORTE:
Isto será aceite como desculpa. Entretanto,exigimos pelo menos 15 dias de aviso prévio, visto que cabe ao funcionário treinar o seu substituto.
8. O USO DO WC:
Os funcionários estão a passar tempo demais na casa de banho. No futuro, seguiremos o sistema da ordem alfabética. Por exemplo, todos osfuncionários cujos nomes começam com a letra 'A' irão entre as 9:00 e 9:20, aqueles com a letra 'B' entre 9:20 e 9:40, etc. Se não puder ir na hora designada, será preciso esperar a sua vez, no dia seguinte. Em caso de emergência, os funcionários poderão trocar o seu horário com um colega. Ambos os chefes dos funcionários deverão aprovar essa troca, por escrito. Adicionalmente, agora há um limite estritamente máximo de 3 minutos na sanita. Acabando esses 3 minutos, um alarme tocará, o rolo de papel higiénico será recolhido, a porta da sanita abrir-se-á e uma foto será tirada. Se for repetente, a foto será afixada no quadro de avisos e Intranet do Serviço com o título infractor Crónico.
9. A HORA DO ALMOÇO: Os magros têm 30 minutos para o almoço, porque precisam comer mais para parecerem saudáveis. As pessoas de tamanho normal têm 15 minutos para comer uma refeição balanceada que sustente o seu corpo mediano. Os gordos têm 5 minutos, porque é tudo que precisam para tomar uma salada e um moderador de apetite. Muito obrigado pela sua fidelidade à nossa empresa. Estamos aqui para proporcionar uma experiência laboral positiva. Portanto, todas as dúvidas, comentários, preocupações, reclamações, frustrações, irritações, desagravos, insinuações, alegações, acusações, observações, consternações e quaisquer outras... ões' deverão ser dirigidas para outro lugar.
*É SIMPLEX*!
Tenham uma boa semana!
Eng SOCRATEX*

quarta-feira, março 21, 2007

ESTRANHA A SENSAÇÃO DE SER EXTINTA!!! (avisam-me que o meu serviço foi extinto...!!!???)

NEVOEIRO
Nem rei nem lei, nem paz nem guerra,
Define com perfil e ser
Este fulgor baço da terra
Que é Portugal a entristecer —
Brilho sem luz e sem arder,
Como o que o fogo-fátuo encerra.
Ninguém sabe que coisa quer.
Ninguém conhece que alma tem,
Nem o que é mal nem o que é bem.
(Que ânsia distante perto chora?)
Tudo é incerto e derradeiro.
Tudo é disperso, nada é inteiro.
Ó Portugal, hoje és nevoeiro...

É a Hora!

Fernando Pessoa, 1926

DIA MUNDIAL DA POESIA - 21 de Março

Não posso adiar o amor para outro século
não posso
ainda que o grito sufoque na garganta
ainda que o ódio estale e crepite e arda
sob montanhas cinzentas
e montanhas cinzentas

Não posso adiar este abraço
que é uma arma de dois gumes
amor e ódio

Não posso adiar
ainda que a noite pese séculos sobre as costas
e a aurora indecisa demore
não posso adiar para outro século a minha vida
nem o meu amor nem o meu grito de libertação

Não posso adiar o meu coração

António Ramos Rosa

quinta-feira, março 08, 2007

NESTE DIA 8, DIA DA MULHER...

um obrigada à minha Mãe e às minhas amigas...

Uma jovem esposa estava sentada num sofá num dia quente e húmido, bebericando chá gelado durante uma visita a sua mãe. Ao conversarem sobre a vida, o casamento, as responsabilidades da vida, as obrigações da pessoa adulta, a mãe remexia pensativamente os cubos de gelo no seu copo e lançou um olhar claro e sóbrio para sua filha.
- Nunca esqueça as suas "Irmãs", aconselhou! Serão mais importantes na medida em que você envelhecer.Independentemente, do quanto você ame seu marido, os filhos que porventura venham a ter, você sempre precisará de "Irmãs".Lembre-se de ocasionalmente ir a lugares com elas; faça coisas com elas; telefone para elas..."Lembre-se que irmãs significa TODAS as mulheres... suas amigas, filhas e também todas as suas demais parentes. "Você precisará de outras mulheres".
Que estranho conselho! Pensou a jovem. Acabo de ingressar no mundo dos casados. Sou adulta. Com certeza meu marido e a família que iniciaremos serão tudo que necessito para dar sentido à minha vida!
Contudo, ela obedeceu à mãe. Manteve contacto com suas Irmãs e anualmente aumentava o número de amigas. Na medida em que os anos se passavam, ela foi compreendendo que sua mãe sabia do que falava. Na medida em que o tempo e a natureza realizam suas mudanças e mistérios sobre uma mulher, "Irmãs" são baluartes de sua vida.
Nestes 50 anos de vida, eis o que aprendi:
O Tempo passa.
A vida acontece.
A distância separa.
As crianças crescem.
Os empregos vão e vêem.
O amor fica mais frouxo.
Os homens não fazem o que deveriam fazer.
O coração se rompe.
Os pais morrem.
Os colegas esquecem os favores.
As carreiras terminam.

MAS... As "Irmãs" estão lá, não importa quanto tempo e quantos quilómetros estão entre vocês.
Uma amiga nunca está mais distante do que o alcance de uma necessidade, torcendo por você, intervindo em seu favor, e esperando-a de braços abertos, todas - amigas, mães, filhas, avós, noras, tias, primas, sobrinhas - abençoando nossa vida!Quando iniciamos esta aventura chamada condição feminina, não sabíamos das incríveis alegrias ou tristezas que estavam adiante. Nem sabíamos o quanto precisaríamos umas das outras. Um obrigada por serem minhas "Irmãs"!!!

Um dia bom à minha Mãe e às minhas amigas!
Beijo grato por estarem na minha vida MH
DIA DA MULHER E ...ELES...

O cara faz um esforço desgraçado para ficar rico para quê? O sujeito quer ficar famoso pra que? O indivíduo malha, faz exercícios para quê?
A verdade é que é a mulher o objetivo do homem. Tudo que eu quis dizer é que o homem vive em função de você. Vivem e pensam em você o dia inteiro, a vida inteira.
Se você, mulher, não existisse, o mundo não teria ido para a frente. Homem algum iria fazer alguma coisa na vida para impressionar outro homem, para conquistar um sujeito igual a ele, de bigode e tudo. Um mundo só de homens seria o grande erro da criação. Já dizia a velha frase que "atrás de todo homem bem-sucedido existe uma grande mulher". O dito está envelhecido.

Hoje eu diria que "na frente de todo homem bem-sucedido existe uma grande mulher".

É você, mulher, quem impulsiona o mundo. É você quem tem o poder, e não o homem. É você quem decide a compra do apartamento, a cor do carro, o filme a ser visto, o local das férias. Bendita a hora em que você saiu da cozinha e, bem-sucedida, ficou na frente de todos os homens. E, se você que está lendo isto aqui for um homem, tente imaginar a sua vida sem nenhuma mulher. Aí na sua casa, onde você trabalha, na rua.
Só homens. Já pensou? Um casamento sem noiva? Um mundo sem sogras? Enfim, um mundo sem metas.

ALGUNS MOTIVOS PELOS QUAIS OS HOMENS GOSTAM TANTO DE
MULHERES:
1- O cheirinho delas é sempre gostoso, mesmo que seja só champô.
2- O jeitinho que elas tem de sempre encontrar o lugarzinho certo em nosso ombro.
3- A facilidade com a qual cabem em nossos braços.
4- O jeito que tem de nos beijar e, de repente, fazer o mundo ficar perfeito.
5- Como são encantadoras quando comem.
6- Elas levam horas para se vestir, mas no final vale a pena.
7- Porque estão sempre quentinhas, mesmo que esteja fazendo trinta graus abaixo de zero lá fora.
8- Como sempre ficam bonitas, mesmo de jeans com camiseta e rabo-de-cavalo.
9- Aquele jeitinho sutil de pedir um elogio.
10- Como ficam lindas quando discutem.
11- O modo que tem de sempre encontrar a nossa mão.
12- O brilho nos olhos quando sorriem.
13- Ouvir a mensagem delas na secretária eletrônica logo depois de uma briga horrível.
14- O jeito que tem de dizer "Não vamos brigar mais, não..."
15- A ternura com que nos beijam quando lhes fazemos uma delicadeza.
16- O modo de nos beijarem quando dizemos "eu te amo".
17- Pensando bem, só o modo de nos beijarem já basta.
18- O modo que têm de se atirar em nossos braços quando choram.
19- O jeito de pedir desculpas por terem chorado por alguma bobagem.
20- O fato de nos darem um tapa achando que vai doer.
21- O modo com que pedem perdão quando o tapa dói mesmo que jamais admitamos
22- O jeitinho de dizerem "estou com saudades".
23- As saudades que sentimos delas.
24- A maneira que suas lágrimas tem de nos fazer querer mudar o mundo para que mais nada lhes cause dor.

Arnaldo Jabor.

(Hummm... escrito por um homem!!! sabe bem!)
E PORQUE HOJE É DIA DA MULHER!

Nenhuma situação é tão complicada que uma mulher não possa piorar."
Tom JobimCompositor(1927-1994)

"Nunca fui capaz de responder à grande pergunta: o que quer uma mulher?"
Sigmund Freud, Pai da psicanálise(1856-1939)

"Se as mulheres não existissem, todo o dinheiro do mundo não teria sentido."
Aristóteles Onassis, Magnata grego(1902-1975)

"As mulheres costumam ser implacáveis para dar mais encanto ao seu perdão."
Honoré de Balzac, Escritor francês(1799-1850)

"A intuição é aquele estranho instinto que permite a uma mulher saber que está certa, esteja certa ou não."
Helen Rowland, Jornalista e escritora americana(1875-1950)

"Nunca confie numa mulher que diz a sua verdadeira idade. Se ela disser isso, é capaz de dizer qualquer outra coisa."
Oscar Wilde, Poeta e dramaturgo irlandês (1854-1900)

E TEM MAIS... AS MULHERES E OS ELEFANTES NUNCA ESQUECEM...

terça-feira, março 06, 2007

AMAR É TÃO NECESSÁRIO QUANTO TER FOME E SEDE

Os efeitos do amor no cérebro são parecidos com os da cocaína, de acordo com um estudo realizado nos Estados Unidos. O estudo, publicado na revista Monitor on Psychology, indicou ainda que o amor romântico pode ser uma necessidade tão fundamental quanto a fome e a sede. A pesquisa foi realizada em conjunto pelo psicólogo social Arthur Aron, da Universidade Estadual de Nova York, a neurocientista Lucy Brown, da Faculdade de Medicina Albert Einstein e pela antropóloga Helen Fisher, da Universidade Estadual de Nova Jersey. A equipe estudou tomografias do cérebro de pessoas apaixonadas, realizadas enquanto elas pensavam em seus amantes, e percebeu que todos apresentavam atividade em regiões do cérebro ricas em dopaminas, neurotransmissores que estimulam o sistema nervoso central. Essas regiões, conhecidas como o sistema de "motivação e recompensa" do cérebro, são ativadas quando uma pessoa obtém algo que realmente deseja como comida, água, drogas ou, segundo os cientistas, a pessoa amada."Todas as necessidades básicas são associadas com o sistema de dopamina, e o amor romântico também é", disse Fisher. Motivação e recompensa "Os vícios são muito poderosos e todos os vícios são associados à dopamina de uma forma ou de outra", afirmou Fisher. Segundo ela, o aumento da energia em pessoas apaixonadas também pode ser atribuído a um excesso de dopamina. Um outro estudo ainda não publicado, realizado pela mesma equipe, mostrou que sistemas similares do cérebro são ativados em pessoas felizes no amor e entre aqueles que foram rejeitados recentemente.
A equipe realizou tomografias em 15 estudantes que estão sofrendo por amor enquanto eles olhavam fotos de ex-namorados.Assim como os que estão felizes, os estudantes rejeitados apresentaram atividade na região de motivação e recompensa do cérebro ao pensarem nos ex-amantes. Mas os sofredores também tiveram atividade em outra região do cérebro, ligada ao processo de correr grandes riscos. Segundo Fisher, considerar o amor como uma necessidade, ao invés de uma emoção, pode ajudar os médicos a entender melhor o sofrimento de uma separação e prever como alguém vai lidar com a rejeição."Muitos casos de homicídios, suicídios ou obsessão são associados ao amor romântico, e quanto mais pudermos entender os processos básicos do cérebro, mais poderemos compreender por que as pessoas cometem esses crimes."

domingo, março 04, 2007

UMA PERSPECTIVA BUDISTA SOBRE O FILME "QUEM SOMOS NÓS?"

É Possível Sair do Sofrimento’, ou ‘Uma Poética do Espaço’.
Estamos imersos no nosso próprio sofrimento. A cada evento que considerarmos desagradável reagimos com desarmonia, com mais desagrado e assim geramos mais sofrimento. A esse círculo vicioso e condicionado o budismo chama "Samsara".
O filme "Quem Somos Nós?" (documentário com depoimentos de cientistas que fazem a ponte entre espiritualidade e ciência) em cartaz na cidade, nos diz que no nível subatômico, a essência de qualquer fenômeno físico é o espaço. O espaço das possibilidades, das quais a realidade que cada um vive é só uma dentre infinitas outras possíveis. Por que insistimos nos mesmos caminhos? Criamos desde que nascemos, ou se falarmos de uma perspectiva budista, desde um tempo sem início, marcas no nosso continuum mental; as sementes das situações que hoje experimentamos. O filme nos fala que: o que não existe no cérebro, com uma matriz previamente instalada, simplesmente não é percebido; não existe para aquela mente. De fato, o filme nos diz que temos acesso a cada momento a 4 bilhões de bits de informação, dos quais chegam à consciência apenas 2.000 bits. Ou seja, o que percebemos da realidade é condicionado e previamente filtrado, de acordo com os nossos programas pré-instalados.
O budismo chamaria os programas já instalados de marcas mentais, ou as impressões que já temos gravadas no nosso continuum mental (poderíamos chamá-lo de disco rígido) e que condicionam o que da realidade perceberemos. Do ponto de vista científico, a mente é identificada com o cérebro, enquanto que do ponto de vista budista a mente não se resume à sua base química, é considerada do ponto de vista mais sutil, pois uma vez que acaba a realidade física (quando o corpo morre) a mente continua a existir. No entanto, ambos concordam absolutamente que o mundo interno é mais poderoso do que o externo, pois é ele que determina/filtra o que você perceberá do mundo externo.
Assim, vamos criando uma teia de sinapses, de respostas para as situações que se nos apresentam, que se constituem nas ligações entre neurônios que, se freqüentemente repetidas, vão gerar o que no filme é chamado de "relação de longa duração entre os neurônios".
Assim, geramos condicionamentos, as marcas mentais para o budismo, respostas habituais com as quais nos identificamos, pensando que isso é o que somos. A cada vez que reagimos de uma forma conhecida (habitual) reafirmamos - recriamos - os caminhos sinápticos pelos quais passa a percepção da realidade no nosso cérebro. Como uma trilha que quanto mais é utilizada vai reforçando um caminho, até que este vira uma estrada, assim funcionam nossas respostas bioquímicas diante das situações; assim estabelecemos as crenças do que é a realidade para nós: por fazermos sempre as mesmas associações de neurônios. Mas pense: neurônios são "soltos". Entre eles há o espaço, o espaço das infinitas possibilidades; somos nós que recriamos as ligações, refazendo as mesmas sinapses, e assim fazendo sempre o mesmo caminho de percepção da realidade.
Um outro ponto importante que o filme nos traz é o de que emoção e reação química são dois lados de uma mesma moeda. Nossas emoções geram descargas químicas que chegam às células através dos receptores celulares, e essas reações químicas viciam tanto quanto qualquer droga. Assim ficamos viciados às nossas emoções (sejam elas quais forem). Como diz Ruth Toledo Altschuler: "Nossa biografia se torna nosso registro biológico".
Qualquer trabalho de transformação pessoal se propõe a abrir novos caminhos, visões, percepções, atitudes, em última instância, novas relações entre os neurônios cerebrais e entre estes e os receptores celulares. Mas, para isso precisamos gerar uma energia para mudança. Lama Gangchen Rinpoche nos diz que: "É preciso ter experiências positivas para querer repeti-las". É preciso relembrar através de nosso espelho de sabedoria que somos feitos de uma energia pura e bela e que, embora nossos condicionamentos nos mostrem um caminho nos mostrem um caminho "batido", há outras possibilidades. Eu não sou minha insegurança, não sou meu medo dos outros, não sou minha sensação de rejeição, mas estas são as marcas que cunhei, que gravei no disco do meu continuum mental. Precisamos atualizar a percepção de nós mesmos, deixando de nos contar a mesma história todo o tempo.
Nossas reações emocionais reforçam nossas crenças a respeito de nós mesmos. O espaço é a não reação. Do espaço, brotam as situações que vivemos. A partir do espaço, pela qualidade da intenção, as coisas ganham força e forma. O espaço das possibilidades da realidade subatômica é aquele em que a intenção plasma a realidade fenomênica.
O espaço é a desconstrução da dependência químico-emocional gerada pelos nossos condicionamentos. Desconstruir é primeiro sentir na pele a dor da cadeia do condicionamento, a dor do nosso samsara pessoal, onde nos percebemos como ratos correndo no carrossel das nossas reações habituais. Assim, em princípio, parecemos colapsar, pois passamos a enxergar as amarras. Todas as amarras.
Uma maneira de desconstruirmos aquilo a que chamamos realidade é nos atermos às sensações da situação e não "irmos longe" nos emaranhando nas antigas sinapses dos nomes, julgamentos, rótulos, ou preconceitos quedamos às situações. Lembro-me de uma praticante budista que, passando por uma doença, disse-me: se eu penso no nome que a doença tem, fico muito pior. Quando consigo deixar o nome de lado e fico só nas sensações, de momento a momento, e do meu dia a dia, tudo fica mais leve; de fato, não estou sentindo dor.
O filme nos aponta a direção do caminho da transformação: precisamos agüentar a retirada química das nossas adições (nossa projeção da realidade!) – a síndrome de abstinência ao vício das nossas reações emocionais/químicas; da história que nos contamos do que é a realidade - e arriscar um passo à frente e outro, de momento a momento, não respondendo ao impulso gravado que surge como "um pensamento natural". No fundo, tudo se resume a resistir à tentação de crer que o que vivemos é "A" Realidade, que as coisas "são assim".
"A" Realidade não existe. Sobretudo, devemos nos concentrar na intenção de tudo o que fazemos e direcioná-la positivamente. A mente cria a realidade. Precisamos nos ver como os co-criadores disto que chamamos realidade. Do espaço, brotam as coisas que vivemos. A partir do espaço, pela qualidade da intenção, as coisas ganham força e forma. A mente cria a realidade.
Como se diz numa oração budista tibetana: "Gentil Lama, Senhor que emana e reabsorve um oceano de infinitos mandalas, aos seus pés eu peço". A mente de cristal, livre das próprias adicções e não contaminada, como numa respiração, cria um oceano de infinitos mandalas e os reabsorve; a realidade se constrói e se desconstrói de momento a momento gerando e reabsorvendo estes infinitos mandalas.
Por que precisamos ficar fixos nesta realidade condicionada e tediosa, se temos a todo instante o espaço - seja ele o espaço subatômico da ciência ou o de nossa mente de cristal puro, como nos propõe o budismo?"Quem Somos Nós" é um chamado de responsabilidade pelo que criamos na nossa vida.

Christina Belfort

terça-feira, fevereiro 27, 2007

OS CINCO SEGREDOS PARA UM RELACIONAMENTO PERFEITO

1. É importante encontrar um homem que tenha dinheiro!
2. É importante encontrar um homem que te faça rir!!!!!
3. É importante encontrar um homem que seja responsável... e não minta (difícil, né??).
4. É importante encontrar um homem bom na cama e que adore fazer amor contigo (e não só sexo!).
5. É extremamente importante que estes quatro homens NUNCA se encontrem!!!

sexta-feira, fevereiro 16, 2007

CALADAS, QUIETAS E VIRADAS PARA A FRENTE

Fernanda Câncio
fernanda.m.cancio@dn.pt


Durante a campanha, era que não devia haver campanha. Que o assunto não se prestava a barulho, discussão, declarações. Era assim uma coisa para reflectir, em recolhimento e silêncio, sem indignações nem fúria nem grandiloquências.Não, barulho nenhum, nem sequer quando apareceram as cartas "do embrião à mãe que o matou à facada" nas mochilas das crianças de infantário, nem sequer quando se exibiam fotos de fetos com vinte e muitas semanas apresentados como se fossem de 10, ou quando se mentia sobre os "aumentos exponenciais" dos abortos legais nos países onde se despenalizou. Não podia haver indignação nem fúria quando se qualificava a última morte por aborto conhecida, a de uma adolescente de 14 anos em Santa Maria, em 2005, como "invenção" ou "suicídio com êxito". Não, não podia: mulheres indignadas e em fúria, já se sabe, soa a histeria. E nada revolta mais os estômagos sensíveis que a histeria das mulheres. Homens a gritar ainda vá, por exemplo aos guinchos no parlamento a chamar nomes a outros homens (ou a mulheres) para "defender a honra" é uma coisa até, digamos, digna. Mas mulheres a querer defender a honra, não. Mulheres enervadas até ao tutano por lhes passarem atestado de capacidade diminuta, por lhes dizerem que as mortes de mulheres não contam, que o Estado tem o direito de lhes decidir da vida, nem pensar.Uma mulher enervada - por exemplo Lídia Jorge no Prós & Contras, tentando explicar o que sente uma mulher que rejeita a gravidez - foi apresentada como "excesso" comparável às ameaças de excomunhão protagonizadas pelos padres do Não ou aos folhetos terroristas dos fetos "assassinados". Uma Lídia Jorge indignada valeu por todas as obscenidades da campanha do Não. Que maravilha.Mas o melhor estava para vir. Na noite do referendo, quando se soube que o Sim tinha ganho e os aplausos, os risos e as lágrimas do "até que enfim" tomaram conta do Altis, não faltou quem torcesse o nariz. Que não era tema para aplausos, muito menos de alegria. Que tanta felicidade era desajustada, talvez até ofensiva. Que ficava mal festejar. Que não era bem uma vitória. Engraçado. Eu ia jurar que sim. E ia jurar até que, por incrível que pareça, todas e todos nós, os que ganharam, sabemos exactamente o quê e o que implica. E mais: ia jurar que estamos todos - e todas, sobretudo -muito fartos que nos digam o que é bem e o que é mal. Foi sobre isso o referendo, sabiam?

quarta-feira, fevereiro 14, 2007

DIA DE SÂO VALENTIM???

Mê qrido Manéli,

Tôta screver, qui é assim coma quem diz, quem tá screvendo é a vizinha Maria aquilo quê tô dzendo pra te screver. Por mor disso, nã posso confessar tudo quê trago iscondido no mê coração, pru quéla ficava a saber tanto cumamim e cumé um bocadinho alcovitêra ia contar os mês segredos à vila intêra.

Mas cumeu ia a te dzer, ispéro que tincontres de saúde ao receber desta cagóra tinvio.

Ê toute screvendo pruque cômagóra o nosso País fais parte da Ónião Êropêa nós samos todos êuropões e lá na Ónião por modos qué costume alumiar-se o Dia dos Namurados.

E ê sô uma moça atualisada (como acabastes de ler), inté já nã screvo actualizada , pois intão, pru cósa lá do acordo com os nossos irmões brazlêros ê tirê o “quê” de cão antes do “tê” e pru minha conta tirê tambêim o “zê” e butei no lugar dele um “cê” de sim.

Olha Manéli, hoje é Dia dos Namurados e ê vô fazer cumós nossos amigos europões vou-ta screver a dzer “bi mê Valentim” qui é coma lá fora se diz, lá nas Amércas ó na Grit Britane (vês, já sê falar strangêro!) - Mas cuma tu nã és Valentim, és Manéli (ai, ca lindo nôme!...) ê screvo “bi mê Manéli!”…

Inté mesmo agórinha fiquê cuns calores assubirem pra cima e a descerem pra baixo!... só de dzer o tê nome - mê códradinho de marmelada!

Fiquê toda entremezida, inté as perninhas tãm tremendo tanto cuma varas verdes; nã, nã é cuma varas verdes, é cumá vara daraminhos cumqui a nha Madrinha Mariana bate os ovos pró folar do Sr. Cura.

Manéli, Mê Amore, Mê dôce de Côco, tenho cacabare pruque cum tanta doçura a vizinha Maria tá cuns olhos de carnêro mau morto, quê inté tô cumêdo que a magana da mlhér tênha inté um badagaio.

Vô treminar cum apêrto de mão, mas o quê qria memo era um xi-coração e um bêjo à cinéfla nesses bêços, cumá Engrida Bérgame e o Freibugarde na fita Casa Branca que passou nu grupo esportivo cá dáldêa.

À Manéli mê Amori! Sê tagarrássagó…ra!....Nim sei que te fazia!...
tua Antóina

PS. (ma nã é o da mãozinha, nã sinhor quê nã sô moça de púlicas!)
Ouves o mê curação? Já nã fais tum…tum…tum…tum!
Agóra tá batendo: Manéli!... Manéli!... Manéli!.. Manéli!...

terça-feira, fevereiro 13, 2007

TOMADA DE OLIVENÇA
Português que é Português tem de chatear um espanhol pelo menos uma vez!

Pela irreverência e sentido crítico, aprecie-se a oportuna ironia do vídeo «A Tomada de Olivença: português que é português tem de chatear um espanhol pelo menos uma vez»: http://31tv.blogs.sapo.pt/, em exibição no «YouTube».
O vídeo teve repercussão em diversos meios e suscitou, como é habitual, a atenção e escrutínio das autoridades espanholas...
Na edição de hoje, o diário «24 Horas» publica uma saborosa reportagem sobre o assunto, assinada por Luís Maneta, que se transcreve:

24 Horas, 11-02-07

BANDEIRA PORTUGUESA FOI IÇADA EM ESPANHA - PORTUGUESES "RECONQUISTAM" OLIVENÇA
Foi por pouco tempo mas uma bandeira nacional voltou a ser desfraldada no castelo de Olivença. A "invasão" foi filmada e circula na Net. Os espanhóis é que não acharam piada nenhuma....
Dois séculos após a ocupação de Olivença por Espanha, a bandeira portuguesa voltou a ser desfraldada no castelo da cidade. A brincadeira foi gravada em vídeo e colocada no "site" YouTube. O filme, com a duração de quatro minutos, terá sido rodado entre os dias 4 e 7 de Janeiro, e mostra dois portugueses, disfarçados de Darth Vader, a personagem tenebrosa da "Guerra nas Estrelas", a passearem de noite pelo centro de Olivença.
O trajecto inclui a Rua Vasco da Gama, o pelourinho, na Praça da Constituição, junto à esquadra da polícia local, o antigo Palácio dos Duques de Cadaval e a Igreja de Santa Maria, mandada construir no século XVI pelo Bispo de Elvas.
O ponto alto passa-se no interior do Castelo. Uma vez "ludibriadas as força de segurança locais", os "nossos" homens sobem à Porta de São Sebastião - uma das entradas - e desfraldam a bandeira nacional ao som de "Uma Casa Portuguesa", um fado de Amália Rodrigues.
ESPANHÓIS INDIGNADOS
Intitulado "A Tomada de Olivença", o filme suscitou reacções indignadas em Espanha. Segundo um utilizador do YouTube, a ficção é mesmo "a única forma" de Portugal reconquistar a cidade. "A ver se nos deixam tranquilos de uma vez por todas, que Olivença é espanhola", desabafa outro.
O mal-estar chegou às páginas da imprensa local e o alcaide de Olivença, Ramón Rocha, disse que a acção dos portugueses frente à esquadra da polícia só foi possível porque o edifício está em obras. Por outro lado, o acesso ao castelo é livre, uma vez desviada uma barreira de protecção. O alcaide classifica o episódio "uma brincadeira", e diz nada ter a ver com os movimentos que consideram ilegal a ocupação de Olivença.
PORTUGUESES SATISFEITOS
"Não há motivos para os espanhóis se sentirem ofendidos. Dar um sentido de humor às coisas é uma forma de as desdramatizar. O problema existe, toda a gente sabe, mas nada impede que se brinque com isso", diz Carlos Luna, do Grupo dos Amigos de Olivença (GAO).
Assegurando que o GAO "nada teve que ver" com a brincadeira, Luna diz que as autoridades espanholas costumam "reagir muito mal a este tipo de coisas" e lembra a "forte pressão" exercida há dois anos pela Guardia Civil.
Quanto às motivações, ficam expressas nos primeiros segundos: "Português que é português, chateia um espanhol pelo menos uma vez".
Luís Maneta

segunda-feira, fevereiro 12, 2007

AINDA A PROPÓSITO DO AMOR....

Fizeram a gente acreditar que amor mesmo, amor pra valer, só acontece uma vez, geralmente antes dos 30 anos. Não contaram pra nós que amor não é acionado nem chega com hora marcada. Fizeram a gente acreditar que cada um de nós é a metade de uma laranja, e que a vida só ganha sentido quando encontramos a outra metade.
Não contaram que já nascemos inteiros, que ninguém em nossa vida merece carregar nas costas a responsabilidade de completar o que nos falta: a gente cresce através da gente mesmo. Se estivermos em boa companhia, é só mais agradável.
Fizeram a gente acreditar numa fórmula chamada "dois em um", duas pessoas pensando igual, agindo igual, que isso era que funcionava. Não nos contaram que isso tem nome: anulação.
Que só sendo indivíduos com personalidade própria é que poderemos ter uma relação saudável.
Fizeram a gente acreditar que casamento é obrigatório e que desejos fora de hora devem ser reprimidos. Fizeram a gente acreditar que os bonitos e magros são mais amados, que os que transam pouco são caretas, que os que transam muito não são confiáveis, e que sempre haverá um chinelo velho para um pé torto.
Só não disseram que existe muito mais cabeça torta do que pé torto.
Fizeram a gente acreditar que só há uma fórmula de ser feliz, a mesma para todos, e os que escapam dela estão condenados à marginalidade.
Não nos contaram que estas fórmulas dão errado, frustram as pessoas, são alienantes, e que podemos tentar outras alternativas.
Ah, também não contaram que ninguém vai contar isso tudo pra gente.
Cada um vai ter que descobrir sozinho.

E aí, quando você estiver muito apaixonado por você mesmo, vai poder ser muito feliz e se apaixonar por alguém.

Marta Medeiros (Jornalista - RS).

segunda-feira, fevereiro 05, 2007

PARA MANTER UM AMOR...

Uma mãe e a filha estavam a caminhar pela praia. Num certo ponto, a menina disse: "Como se faz para manter um amor?"
A mãe olhou para a filha e respondeu: "Pega num pouco de areia e fecha a mão com força..."
A menina assim fez e reparou que quanto mais forte apertava a areia com a mão com mais velocidade a areia se escapava.
"Mamãe, mas assim a areia cai!!!"
"Eu sei, agora abre completamente a mão..."
A menina assim fez mas veio um vento forte e levou consigo a areia que restava na sua mão.
"Assim também não consigo mantê-la na minha mão!"
A mãe, sempre a sorrir disse-lhe:
"Agora pega outra vez num pouco de areia e mantem-na na mão semi aberta como se fosse uma colher... bastante fechada para protegê-la e bastante aberta para lhe dar liberdade"
A menina experimente e vê que a areia não se escapa da mão e está protegida do vento.
"É assim que se faz durar um amor..."

Paulo Coelho 15/01/2004

sábado, fevereiro 03, 2007

A DANÇA SAGRADA: RELACIONAMENTOS MULTIDIMENSIONAIS NO SÉCULO 21

* Célia Fenn *

Uma das áreas que tem sido mais afectada com a chegada da Energia Cristal e a mudança para uma vida Multidimensional, foi a dos relacionamentos. Muitas pessoas estão experienciando mágoas e dor enquanto as suas relações de longa duração se desintegram. Ou elas se encontram sozinhas e sem um parceiro, apesar do desejo sincero de estar em uma relação amorosa. Ou têm uma série de relações que simplesmente não parecem "funcionar”, que fazem com que desistam e percam interesse no processo total.
O que esta se passando?
Por quê os relacionamentos estão sob tão extrema pressão agora?
Será que é neste tempo de transição que mais necessitamos dos relacionamentos?
Sim, nós necessitamos das relações e teremos o apoio que necessitamos, embora algumas vezes não pareça. Mas os relacionamentos é uma das áreas chave onde a maré da mudança tem se sentido mais intensamente. Talvez seja porque a necessidade de nos relacionar, de ser amados e aceitos é uma coisa muito humana. E este se tornou um lugar onde as velhas energias precisam ser liberadas para permitir novas formas e estruturas.
As Crianças Índigo em seus papéis de “Destruidores dos Sistemas” foram o instrumento para começar estas mudanças e as crianças Cristal nos ajudarão a consolidar estas novas formas de se relacionar.
Atrás das Crianças Índigos, passamos de uma sociedade que somente aceita a monogamia masculina / feminina de relações de casal dentro do matrimônio, à uma sociedade que está mais preparada para aceitar diferentes tipos de relações de casal. O importante é a necessidade de se relacionar, não de que tipo de sexo, classe ou raça que pertença a pessoa com a qual nos relacionamos. Esta é uma revolução que está abrindo uma nova forma de pensar quanto ao que são as relações de casal, o que significa o se relacionar e como nos conduzimos em nossas relações.

AS VELHAS FORMAS DE NOS RELACIONAR: ARQUÉTIPOS E CARMA
Na velha energia de terceira dimensão, as relações estavam apoiadas freqüentemente em atração física ou magnetismo. O conceito de “química”, “amor a primeira vista” e muitos outros conceitos românticos fomentados por intermináveis exemplos de filmes e novelas, era a força de motivação. tratava-se das aparências, acompanhadas de toda uma indústria para manter-se jovem, em forma e sexualmente atraente com o objetivo de “atrair” um parceiro adequado. Isto se argumentava como a forma de atuar da natureza, e as mulheres mas bonitas atraíam o seu parceiro para reproduzir seus gens. Bem, pode ser, mas as relações humanas não são somente para reprodução. Já não precisam continuar sendo assim. Há suficiente pessoas no planeta para nos permitir reformar as relações como algo mais que sexo e reprodução.
Também quando duas pessoas se casam de forma convencional, a força da energia arquetipica é tão forte que elas são quase forçados para papeis predeterminados. Muitas pessoas que juram que não vão reproduzir o matrimônio de seus pais, fazem justamente isso. Porquê? Porque apesar das boas intenções, esta o ímpeto arquetipico do sistema matrimonial, construído em milhares de anos, tende a prevalecer e a criar a realidade. Homem e mulher caem nos papeis de “provedor” e “nutridora” ou entram nos jogos de poder para ver quem pode dominar e quem se submete. Ou jogam dramas de vitima, abusador e salvador. E muito freqüentemente imitam nestes dramas os papeis do padrão de seus pais.
Estes modelos são aprendidos na infância quando a criança observa seus pais na dança do relacionamento e grava no subconsciente todos os detalhes como referências para o futuro. Em Metafísica chamamos isto de o drama da “Criança Interna” e contém todos os temas não resolvidos de ambas as experiências de famílias, e provavelmente vidas passadas, nas quais a alma tenha jogado os papéis no “drama familiar”.
Nós aprendemos a explicar este processo dos papeis da alma como “carma” e dizemos à nós mesmos que temos de passar por esta experiência para aprender. O parceiro na relação é visto como um espelho dos nossos temas e nós diligentemente trabalhamos para assimilar qualquer aprendizagem que seja para nós. E provavelmente reencarnar para continuar com esta suposta "aprendizagem".
Mas uma das coisas que os Índigo e Cristais nos ensinaram é que o conceito de "carma" está obsoleto. O CARMA ACABOU! Isso não significa simplesmente que você se graduou na escola cármica para se tornar um ser sábio. Provavelmente significa que o carma não existia. Mas que foi outro “sistema” que os humanos inventaram para ajudar a explicar porque os outros sistemas que também inventaram, incluindo o “sistema” do matrimônio, eram incômodos e tinham que trabalhar e perseverar com eles.
À medida que entramos no estado Cristal, começamos a entender que a relações têm a ver com associações criativas. São vínculos da alma experimentando o ser e o ser com o outro, e sobre co-criar. Não há prisões e nunca se destinaram à sê-lo. São a respeito de SENTIMENTOS. Ser capaz de comunicar o completo espectro de sentimentos para e com outra pessoa. E que isto pode ser feito dentro dos parâmetros do amoroso relacionamento entre a família, mas existem muitas outras formas em que isso pode ser explorado e desfrutado.

O RELACIONAMENTO MULTIDIMENSIONAL
As novas formas de parceria são muito diferentes. Elas estão apoiadas em diferentes necessidades e critérios e são representadas de formas diferentes. À medida que nos acostumamos com o estado Cristal, nos habituaremos mais a esses novos tipos de relações.

RESSONÂNCIA DE ALMA MAIS DO QUE ATRAÇÃO FÍSICA
As pessoas terão atração entre elas em um nível multidimensional ou de alma mais do que a nível físico. O físico ainda será parte de uma relação Cristal, mas já não será mais o foco principal.
Mais e mais as pessoas estão à busca da sua “Alma gêmea”. Não importa se acreditam ou não na existência da alma gêmea, parece que há um profundo desejo na maioria das pessoas para fundir suas energias com uma alma compatível. E é à nível da alma que deve existir ressonância e compatibilidade.
Isto não significa que os casais vão estar de acordo em tudo. De fato, se isso acontecer, a relação poderá provavelmente não funcionar. Em vez disso haverá um saudável equilíbrio entre acordos e desacordos.
As pessoas Cristais operam do coração e sempre permitirão ao seu parceiro ser exactamente quem ou o que ela ou ele for. Não haverá necessidade de mudar o outro ou fazê-lo “melhor”, ou salvá-lo ou provê-lo. Eles apoiarão e compartilharão a aventura do crescimento e auto exploração, esperando o mesmo do outro. Mas existirá um “permitir” e uma liberdade que possibilitará a cada um o crescimento e o florescer dentro do seu pleno potencial dentro do relacionamento.

COMPANHEIRISMO PLANETÁRIO
Este é um fenômeno que eu pessoalmente notei nos recentes anos, especialmente entre os índigos que estão entre os vinte e os trinta anos. Suas relações são freqüentemente trans-globais ou planetárias.
Com as facilidades que temos para acessar à Internet e de viajar de avião nós nos tornamos cidadãos globais. Tomamos aviões de um Continente ao outro como estávamos acostumados a fazer antes em ônibus em volta de uma cidade. Enviamos um e-mail e é respondido em horas, melhor do que escrever uma carta que demorava semanas. Então estamos capacitados para “nos relacionar” ao redor do planeta. E como todas as pessoas Cristais sabem, toda a energia amorosa enviada ao redor do planeta está criando uma rede de amor e alegria que pode trazer resultados positivos à longo prazo.
Assim se tornou algo bem normal para a gente encontrar companheiros em diferentes países e continentes.
E, a magia da Internet é que também transmite emoções assim como idéias e conceitos. De novo, os Cristais sabem como transmitir energias de coração pela Internet. A Internet é um “sistema nervoso” para que o planeta transmita mensagens como impulsos de luz através de chips de silicone/ cristal. Tornando-se assim uma extensão dos recursos humanos para localizar almas em ressonância com quem se relacionar.

IGUALDADE NO COMPANHEIRISMO: MANTENDO O EQUILÍBRIO
Em uma relação Multidimensional é importante manter o equilíbrio entre os companheiros. Há necessidade de uma igualdade completa na relação.
Os padrões antigos de dominação, controle e apego têm que ser liberados.
Se um dos companheiros domina ou controla o outro, então será criado um desequilíbrio que deteriorará a relação. Surgirá a raiva que não terá uma saída expressiva, já que será assumido como um padrão da relação. Em uma relação Cristal, cada companheiro observa cuidadosamente para se assegurar de que seu poder não seja tirado ou de tirar o poder do outro. Pelo contrário procuram maneiras de se capacitar entre eles de uma forma positiva.
Quando não existe o domínio de um sobre o outro e existe um permitir para que a outra pessoa seja, então não existe razão para a conduta que procura aprovação que é tão comum nas relações da velha energia. Não há necessidade ou medo a não ser aceitação e amor.
E se a relação chega ao seu final, então existe uma vontade de deixar ir e não ficar apegado a este relacionamento em particular. Inclusive as relações de ressonância de alma podem terminar quando os companheiros tem diferentes crescimentos ou precisam explorar quem são em outras formas ou direções. E o melhor que se pode fazer é deixar ir, permitindo a cada um crescer em novas e diferentes energias. E permitir-se sentir a tristeza quando algo termina, mas também a antecipação enquanto algo novo começa. Inclusive se isto é um período de solidão, enquanto nos adaptamos à nova pessoa que somos.

PERMITINDO O TOTAL ESPECTRO DE SENTIMENTOS
Isto provavelmente será para nós o mais difícil de negociar no futuro. Muitos de nós acreditamos que uma “boa” relação é aquela onde você esta sempre positivo, feliz e alegre. Onde a outra pessoa sempre faz você se sentir bem consigo mesmo. Mas na multidimensionalidade, as relações são mais de autoexploração e crescimento. E pode ser que seu companheiro o desafie para ajudar você a crescer, ou possivelmente você é que tenha que desafiá-lo.
Esta provocação pode incluir liberar raiva, frustração e permitir ao companheiro ter estas emoções e sentimentos, sem sentir-se pessoalmente ameaçado e nem que ponham em perigo a relação.
As relações multidimensionais sempre atuam através de um espectro total de sentimentos, não só os positivos. O desafio para nós é permitir essas energias escuras e lidar com elas de uma forma criativa e compassiva, sabendo que se lidarmos com elas assim, elas nos servirão para crescer e experienciar cada vez mais quem e o que somos nesta relação particular.
O importante é de novo o equilíbrio. Muita negatividade na relação balançará para o negativo e a tornará violenta e destrutiva. Muita positividade fará que a tensão criativa que permite o crescimento não se manifeste e a relação provavelmente se estagnará.

OS ELEMENTOS CHAVE: COMUNICAR-SE E CO-CRIAR
Uma coisa importante para recordar é que as novas relações multidimensionais são a principio aventuras de autoexploração nas quais nos descobrimos por meio de nos relacionar e criar com o outro ser.
Então existem dois elementos chave que é necessário estar sempre presente. O primeiro é SE COMUNICAR, da maneira que for melhor para você. Há muitas formas de se comunicar em relações multidimensionais, desde o falar até a telepatia, ambas devem ser exploradas criativamente. Porque quando duas pessoas estão constantemente se comunicando, estão se expressando e se descobrindo por meio do que expressam.
A segunda chave é CO-CRIAR. Tem que existir uma razão para a parceria. Juntos vocês devem estar criando algo, mesmo se for somente o seu crescimento espiritual. Mas para que uma relação multidimensional floresça, tem que existir um lugar para que toda essa maravilhosa alta freqüência criativa encontre sua expressão a nível físico.
E pode ser que inclusive essa comunicação criativa que acontece entre companheiros possa permitir e capacitar cada um deles nos seus próprios projetos criativos. A criatividade não tem que ser expressa em formas de co-dependência, a não ser para dar poder a cada um em seus próprios projetos e exercícios criativos individuais.

A DANÇA SAGRADA: OS PRINCÍPIOS ESPIRITUAIS DE SE RELACIONAR
Existem muitas lendas e mitos antigos da Criação que nos dizem que a força original de Deus criou dois seres que tirou da sua própria essência. Estes dois seres, por sua vez, foram nos criadores de Tudo O Que É.
Assim os princípios espirituais básicos da criação são a Unidade (a Unicidade de Tudo o que É), a Dualidade (O Um explorando à si mesmo a partir da tensão dos opostos) e a Multiplicidade (a replica, dessa dança básica de criatividade, uma e outra vez em formas maravilhosas e complexas).
As relações nos ajudam a redescobrir a dança original do DOIS que de fato são UM. O movimento sempre tende a descobrir Harmonia e Unidade; e então descobre de fato que também há desarmonia e dualidade porque os dois agora são seres únicos e individuais. E a chave desta dança é balançar-se e fluir da unidade à dualidade e vice-versa.
Existem também muitos mitos antigos que falam de originais divindades “dançando” pelos céus que em seu giro prolongam a criação com sua dança. O mito que me vem à mente é o da Shiva e Shakti, cuja união e “dança” representa o mito das energias do Sagrado Masculino e Feminino na realização da dança da criação.
Em nossas relações com as novas energias multidimensionais, precisamos compreender os passos dessa dança sagrada de Shiva e Shakti, se queremos replica-los em nossa vida. A dança tem três passos primários ou movimentos.
– O primeiro movimento tende sempre à Harmonia e a Unidade. Duas pessoas se atraem e procuraram descobrir juntas de que maneira se parecem. Este é o movimento para a Força Divina ou o movimento do Dois procurando ser o Um original. Porque este movimento é dirigido à Divindade esta etapa da relação é sempre enlevada, alegre e criativa, enquanto os dois seres sentem o fluxo de luz e energia entre eles. Eles se descobrem e encontram as melhores partes deles mesmos reflectidas no outro nesta parte da dança sagrada.
– O segundo movimento tende sempre a afastar-se da Unidade e ir para a Separação. O Um se torna Dois, que são separados e únicos. Nesta fase da relação a dança das duas pessoas é a de descobrir as formas em que são diferentes e porque nesta etapas da relação esta FORA da fonte da divindade e vai para a separação e a dualidade, frequentemente há ansiedade e raiva nesta fase, além de uma necessidade de exercer o controle para manter a identidade.
Isto é porque na nossa cultura espiritual nós tememos a dualidade, nós a vemos como algo mau e tomamos partido pela Unidade de consciência e procuramos nos mover “mais alem da dualidade”. Mas nunca poderemos nos mover além da dualidade enquanto tenhamos uma identidade separada e única. Em nosso estado de consciência mais elevado sempre tomaremos parte dessa dança de energias entre a Unidade e a Dualidade. Estar consciente é dar-se conta da dança e é ser capaz de soltar e desfrutar da dança sabendo que o fluir sempre irá de um lado ao outro entre estes dois estados de ser.
Em um relacionamento, isto significa que devemos estar preparados para experimentar tempos de desafio e discórdia. Pode ser que haja raiva, frustração e outras energias negativas. Estas devem ser lidadas com elegância e com o conhecimento de que se as dirigirmos dessa maneira não têm porque se tornar destrutivas. Isto é o que chamamos de o lado SOMBRA da relação. Sempre estará lá. Como ela é dirigida e integrada determinará a qualidade da relação. Se ambos os companheiros ou “dançarinos” souberem como lidar com a dança da raiva e da negatividade, então isso pode ser negociado sem criar um desequilíbrio tal que a relação/dança seja interrompida e destruída. Eu sempre julguei que a chave aqui sempre é permitir que a raiva e a negatividade sejam expressadas e liberadas, sem que se tome isso pessoalmente ou seja preciso se defender de formas destrutivas se houver uma raiva igual de ambos os lados. Isto cria justamente uma espiral de energia negativa que impede que a dança de seu próximo passo ou movimento.
– O terceiro ou ultimo movimento é sempre a volta à Unidade e a Harmonia. Os Dois descobrem de novo, através de suas jornadas separadas, que eles são sem dúvida Um. De fato eles se redescobrem na Unicidade, já que aprenderam algo mais a respeito de si próprio e do outro e se reunificam agora em uma espiral mais elevada de evolução e consciência. E tendo aprendido esta nova coisa em particular, não precisam retornar para trás e fazer isso de novo e de novo, sendo isto a forma como os padrões destrutivos surgem na relação. Os hábeis dançarinos cósmicos sabem como deixar ir e se movimentar para novos níveis da dança experimental mantendo o relacionamento em um estado de crescimento e de novos movimentos.

quarta-feira, janeiro 31, 2007

O ACTO SEXUAL É PARA TER FILHOS!
A propósito da IVG...

Agora que temos novo referendo sobre a IVG (Interrupção Voluntária da
Gravidez) aí vai o poema de Natália Correia para recordarmos:

«O acto sexual é para ter filhos» - disse na Assembleia da República, no
dia 3 de Abril de 1982, o então deputado do CDS João Morgado num debate
sobre a legalização do aborto.

A resposta de Natália Correia, em poema - publicado depois pelo Diário de
Lisboa em 5 de Abril desse ano - fez rir todas as bancadas parlamentares,
sem excepção, tendo os trabalhos parlamentares sido interrompidos por
isso:

Já que o coito - diz Morgado -
tem como fim cristalino,
preciso e imaculado
fazer menina ou menino;
e cada vez que o varão
sexual petisco manduca,
temos na procriação
prova de que houve truca-truca.
Sendo pai só de um rebento
lógica é a conclusão
de que o viril instrumento
só usou - parca ração! -
uma vez. E se a função
faz o órgão - diz o ditado -
consumada essa excepção,
ficou capado o Morgado.

( Natália Correia - 3 de Abril de 1982 )
OS CICLOS DE SATURNO EM NOSSA VIDA
Graziella Marraccini

Nada é tão básico e fácil de constatar em nossa vida do que os ciclos. As Leis Herméticas mostram que Vibração, Ritmo e até mesmo Causa e Efeito (leia sobre as Leis Herméticas na seção Cabala no site), possuem uma característica cíclica facilmente observável. O que é ciclo? Ciclo é um intervalo de tempo entre um evento e outro (ou uma série de eventos) e que pode se repetir regularmente. Ciclo é também uma execução completa (o ponto final) de um fenômeno ou uma seqüência de eventos, que se repetem periodicamente. Portanto, quando ocorre um ciclo podemos experimentar novamente um acontecimento que já ocorreu no passado. Toda a nossa compreensão mental do mundo depende dos ciclos, já que são eles que nos fornecem os meios para aprender, crescer, amadurecer e compreender com o fenômeno da repetição. Aprendemos em base à observação e aprendizado de ciclos passados. A palavra ciclo deriva do antigo termo grego "kyklos" que significa "círculo". A própria mandala astrológica é um circulo e sabemos que o circulo é um dos símbolos mais poderosos de nossa humanidade. Por exemplo, um círculo com um ponto no meio é o símbolo do Sol, centro de nosso sistema solar. Nossos planetas são representados com círculos.Baseados na experiência que a astrologia nos ensinou, compreendemos que o deslocamento dos planetas em sua própria órbita causa efeitos que se repetem ciclicamente. Assim, quando um planeta forma um aspecto em relação à posição que ele ocupava no momento de nosso nascimento, ele está simplesmente indicando de que forma essa energia se tornará atuante em nossa vida, terminando um ciclo e iniciando outro. Os ciclos não são todos 'negativos', porém. Existem ciclos positivos, ou seja, de planetas considerados benéficos(como Vênus e Júpiter, por exemplo) existem ciclos considerados negativos (como Saturno e Urano, por exemplo) e existem também ciclos que podem ser ambas as coisas. Ou seja, se tivermos Júpiter em mau aspecto no nosso mapa natal, o ciclo de Júpiter (de doze anos aproximadamente) não poderá ser positivo, mesmo se o planeta é considerado benéfico.
O mesmo pode se dizer de Saturno. Considerado negativo, este planeta pode não indicar nenhum fato negativo se ele mesmo não estiver em mau aspecto em nosso mapa natal, ou se não tivermos nenhuma dificuldade (dada nossa característica pessoal) de lidar com sua energia específica.Que dificuldade teria um capricorniano para lidar com a energia de Saturno?Praticamente nenhuma, já que esta é uma energia que lhe é familiar. Mas o mesmo ciclo será muito difícil para um ariano, por exemplo! Os aspectos mais brandos, como sextis e trígonos são considerados favoráveis. Os aspectos de oposição e quadraturas e as conjunções são considerados mais difíceis e tensos. As conjunções marcam um 'fim de ciclo'.
Saturno é um planeta lento, e demora cerca de 29 anos (29,42) para completar o ciclo completo em volta do Sol e se juntar consigo mesmo novamente, ou seja, a formar uma conjunção consigo mesmo. Assim, de sete em sete anos ele também forma aspectos menores, marcando etapas importantes de nossa existência. Vocês já perceberam como o número 7 é importante em nossa vida? Com 7 anos saímos de casa para começarmos nossa atividade escolar (quadratura de Saturno com Saturno natal). Com 14 anos aproximadamente, começam as angústias da adolescência; no meio do período anti-social (marcado pelo ciclo de 12 anos de Júpiter) Saturno atua no sentido de ajudar a criança a estabelecer uma identidade própria, libertando-se da figura paterna (Saturno no mapa natal é sinônimo de pai, de autoridade), ou simplesmente questionando-a. É um período difícil, sem dúvida, que pode resultar numa alienação total da própria sociedade, como forma de se libertar da pressão paterna. Na maioria dos casos, pouco a pouco, a pessoa entra em acordo com as pressões e as exigências da sociedade (21 anos), atingindo a maior idade, quando irá se encaixar dentro dos padrões da sociedade em que vive. Devemos salientar que este ciclo de 7 anos também coincide com o ciclo Lunar, o que reforça as crises de cunho emocional se sobrepondo ao ciclo de Saturno.Entre os 21 anos e os 29 anos e meio, a pessoa desenvolve seu potencial de ser independente, buscando conquistar seu próprio espaço, estabelecendo uma identidade própria e conseguindo então chegar ao patamar desejado. Mas, se aos 29 anos a pessoa não consegue alcançar as metas estabelecidas, então começa a primeira grande crise: é o primeiro 'retorno de Saturno'. O GrandePai Cósmico irá dar sua nota a esse indivíduo em fase de evolução. Ele lhe perguntará: o que você andou fazendo até agora? Estudou? Se formou? Está empregado? Conseguiu constituir uma família? Já tem um filho? Já comprou casa? Já... Já... Já.... É o Senhor do Tempo fazendo a sua cobrança! A crise será maior quanto mais difícil for a posição de Saturno em seu Mapa Natal.Ou seja, se Saturno forma aspectos com os luminares (Sol e Lua do MapaNatal), que são determinantes para o desenvolvimento da sua personalidade, a crise será muito sentida. Se formar aspectos tensos com outros planetas maléficos (Marte ou Urano, por exemplo) também poderá ser muito marcante.Assim, o indivíduo terá que fazer esforços muito sérios para estabelecer e desenvolver condições de vida cada vez mais sólidas, buscando a estabilidade que lhe servirá de sustento na terceira idade. A baixa energia gerada pelo próximo ciclo, oposição de Saturno consigo mesmo, atinge as pessoas por volta dos 44 anos. O indivíduo se sente 'maduro' (e tem medo de envelhecer, perdendo o viço da juventude): o homem busca relacionamentos com jovens para espantar a fantasma do envelhecimento, e a mulher se assusta com o aparecimento das primeiras rugas e corre para o dermatologista (ou para o cirurgião plástico). É a juventude que se vai!
Neste momento de nossa vida é imperioso estabelecer nova relação consigo mesmo, assumindo um novo ciclo dentro de sua existência. Não há retorno possível dentro do ciclo, não se anda para trás.Um pouquinho antes dos 59 anos, toda a história se inverte e o retorno deSaturno pode encontrar a pessoa num ciclo positivo, mesmo que novamente bastante importante. Tudo depende de como o indivíduo aprendeu a lição durante todo esse tempo. Se ele foi responsável, trabalhou e poupou, viveu, amou, se multiplicou (condição fatal a toda a humanidade) ele irá chegar à 'melhor idade' realmente melhorado! Os frutos de toda uma vida costumam estar à disposição da pessoa, assim como a capacidade de produzir mais, resultando num sentimento de realização e confiança. Poderá então desfrutar de um período bastante criativo e muito, muito gratificante. O próximo ciclo importante acontece por volta dos 73 anos (é um período de baixa, pois acontece novamente uma oposição Saturno/Saturno). Diminui a energia física, diminui o fluxo energético de Júpiter que deu um vigor momentâneo à pessoa por volta dos 71 anos, e começa, praticamente, a decadência. É claro que isso não indica uma verdadeira morte física, e se o indivíduo passar por essa crise de 'consciência da velhice', mas com uma disposição jovem no coração, o ser humano poderá ainda esperar alguns ciclos de alta energia, por volta dos 80 anos. Vocês já viram quantos velhos de 80 anos se sentem mais jovens do que muitos jovens de 21? Assim, podemos dizer que esses ciclos de Saturno (de 29 anos e meio) são importantes sempre, tanto os favoráveis quanto os mais difíceis, pois seus efeitos terão um alcance tão abrangente quanto maior for nosso desenvolvimento espiritual. Saturno é nossa consciência individual, e no curto prazo pode ser restritivo e até destruidor, mas, no longo prazo, é criativo e evolutivo. Ajuda-nos a crescer, a assumir responsabilidades. Ele nos ajuda a separar o joio do trigo, a poupar as boas sementes para o replantio, ele nos fortalece com a escassez para que não desperdicemos na abundância. Vocês lembram das sete vacas magras e das sete vacas gordas? Bem, é assim que Saturno nos lapida, fazendo de nós as mais belas e preciosas pedras da criação de Deus.
Os ciclos de Saturno (Deus da matéria e Senhor da cristalização da Vida) são os mais proveitosos de todos e quem se recusa a usufrui-los é realmente infeliz, desperdiça sua vida criando conseqüentemente um retorno ainda mais difícil.

Graziella Marraccini é astróloga, taróloga, cabalista e estudiosa de ciências ocultas e dirige a Sirius Astrology.

quarta-feira, janeiro 24, 2007

*ELOGIO AO AMOR*
(Miguel Esteves Cardoso - Expresso)

"Há coisas que não são para se perceberem. Esta é uma delas. Tenho uma coisa para dizer e não sei como hei-de dizê-la. Muito do que se segue pode ser, por isso, incompreensível. A culpa é minha. O que for incompreensível não é mesmo para se perceber. Não é por falta de clareza.
Serei muito claro. Eu próprio percebo pouco do que tenho para dizer. Mas tenho de dizê-lo.

O que quero é fazer o elogio do amor puro. Parece-me que já ninguém se apaixona de verdade.
Já ninguém quer viver um amor impossível. Já ninguém aceita amar sem uma razão.
Hoje as pessoas apaixonam-se por uma questão de prática. Porque dá jeito.
Porque são colegas e estão ali mesmo ao lado.
Porque se dão bem e não se chateiam muito. Porque faz sentido.
Porque é mais barato, por causa da casa. Por causa da cama.
Por causa das cuecas e das calças e das contas da lavandaria.
Hoje em dia as pessoas fazem contratos pré-nupciais, discutem tudo de antemão, fazem planos e à mínima merdinha entram logo em "diálogo".

O amor passou a ser passível de ser combinado.
Os amantes tornaram-se sócios. Reúnem-se, discutem problemas, tomam decisões.
O amor transformou-se numa variante psico-sócio-bio-ecológica de camaradagem.
A paixão, que devia ser desmedida, é na medida do possível.
O amor tornou-se uma questão prática.
O resultado é que as pessoas, em vez de se apaixonarem de verdade, ficam "praticamente" apaixonadas.
Eu quero fazer o elogio do amor puro, do amor cego, do amor estúpido, do amor doente, do único amor verdadeiro que há, estou farto de conversas, farto de compreensões, farto de conveniências de serviço.

Nunca vi namorados tão embrutecidos, tão cobardes e tão comodistas como os de hoje.
Incapazes de um gesto largo, de correr um risco, de um rasgo de ousadia, são uma raça de telefoneiros e capangas de cantina, malta do "tá bem, tudo bem", tomadores de bicas, alcançadores de compromissos, bananóides, borra-botas, matadores do romance, romanticidas.
Já ninguém se apaixona? Já ninguém aceita a paixão pura, a saudade sem fim, a tristeza, o desequilíbrio, o medo, o custo, o amor, a doença que é como um cancro a comer-nos o coração e que nos canta no peito ao mesmo tempo?

O amor é uma coisa, a vida é outra. O amor não é para ser uma ajudinha.
Não é para ser o alívio, o repouso, o intervalo, a pancadinha nas costas, a pausa que refresca, o pronto-socorro da tortuosa estrada da vida, o nosso "dá lá um jeitinho sentimental".

Odeio esta mania contemporânea por sopas e descanso.
Odeio os novos casalinhos. Para onde quer que se olhe, já não se vê romance, gritaria, maluquice, facada, abraços, flores. O amor fechou a loja.
Foi trespassada ao pessoal da pantufa e da serenidade. Amor é amor.
É essa beleza. É esse perigo. O nosso amor não é para nos compreender, não é para nos ajudar, não é para nos fazer felizes. Tanto pode como não pode.
Tanto faz.
É uma questão de azar. O nosso amor não é para nos amar, para nos levar de repente ao céu, a tempo ainda de apanhar um bocadinho de inferno aberto.

O amor é uma coisa, a vida é outra. A vida às vezes mata o amor.
A "vidinha" é uma convivência assassina. O amor puro não é um meio, não é um fim, não é um princípio, não é um destino. O amor puro é uma condição.
Tem tanto a ver com a vida de cada um como o clima. O amor não se percebe.

Não é para perceber. O amor é um estado de quem se sente. O amor é a nossa alma.
É a nossa alma a desatar. A desatar a correr atrás do que não sabe, não apanha, não larga, não compreende. O amor é uma verdade. É por isso que a ilusão é necessária.
A ilusão é bonita, não faz mal. Que se invente e minta e sonhe o que quiser.

O amor é uma coisa, a vida é outra. A realidade pode matar, o amor é mais bonito que a vida.
A vida que se lixe. Num momento, num olhar, o coração apanha-se para sempre.

Ama-se alguém. Por muito longe, por muito difícil, por muito desesperadamente.
O coração guarda o que se nos escapa das mãos.
E durante o dia e durante a vida, quando não esta lá quem se ama, não é ela que nos acompanha - é o nosso amor, o amor que se lhe tem.
Não é para perceber. É sinal de amor puro não se perceber, amar e não se ter, querer e não guardar a esperança, doer sem ficar magoado, viver sozinho, triste, mas mais acompanhado de quem vive feliz.
Não se pode ceder. Não se pode resistir.

A vida é uma coisa, o amor é outra.
A vida dura a Vida inteira, o amor não. Só um minuto de amor pode durar a vida inteira.
E valê-la também."