"A celulite é uma defesa orgânica feminina.
O organismo coloca no nosso rabiosque o excesso de gordura em vez de entupir as artérias.
Por isto, os homens têm mais enfartes do que as mulheres."
Eu tinha certeza que havia um motivo...
Deus não é injusto!!"
quarta-feira, julho 25, 2007
segunda-feira, julho 23, 2007
PORTUGUESES: machos... ou femininos?
Somos femininos! Também o são os escandinavos. A feminilidade é uma característica cultural com implicações para a vida organizacional e societal. Nas sociedades masculinas prevalecem a orientação para os resultados, o sucesso e a competição. Os homens e as mulheres têm papéis bem distintos: o homem deve ser forte, impor-se e interessar-se pelo sucesso material. Da mulher espera-se que seja mais modesta, terna e preocupada com a qualidade de vida. As culturas femininas valorizam o bem- -estar e a qualidade do relacionamento interpessoal. Espera-se que homens e mulheres sejam modestos, ternos, preocupados com a qualidade de vida, a preservação do ambiente e a ajuda aos outros.
Os dados de Hofstede são claros: Portugal é feminino. Em entrevista à Exame, em 1997, o autor sublinhava: "Portugal é um país tipicamente latino, pertencendo, por isso, ao grupo mais feminino. No entanto, reconheci imediatamente que os portugueses diferem dos outros países latinos e, ao contrário dos espanhóis, não matam os seus touros. Os portugueses tendem a ser mais simpáticos para as pessoas e são bons negociadores, tentando sempre encontrar uma via pacífica. Por isso, resolvem muitos problemas negociando, e não guerreando."
O recente projecto multinacional GLOBE (Global Leadership and Organizational Behavior Effectiveness) reitera: somos menos assertivos do que a média e os níveis de igualitarismo sexual são superiores à média das mais de 60 sociedades estudadas. Estudos nacionais e internacionais sobre o perfil motivacional português reforçam o dado: somos afiliativos. Em suma: (1) comunicamos de modo indirecto; (2) procuramos ser "diplomáticos"; (3) nem sempre dizemos o "não" que gostaríamos de afirmar!; (4) valorizamos as relações interpessoais e as amizades; (5) valorizamos mais a boa relação com o superior do que a transparência e a justiça dos procedimentos. Pela vertente mais negativa, somos propensos ao "amiguismo". E, dado que também valorizamos a "distância de poder", acabamos por reverenciar desmesuradamente as figuras de autoridade e por dizer aos nossos líderes o que eles desejam ouvir! A nossa feminilidade também ajuda a explicar por que os sistemas de recompensa do mérito, ao introduzirem factores "agressivos" de competição e diferenciação, são dificilmente implantáveis e geram, por vezes, efeitos perversos.
Será a feminilidade um "defeito"? Não é. Os países escandinavos são mais femininos do que Portugal e atingiram níveis invejáveis de desenvolvimento económico. E, tal como reflectem os seus elevados índices de desenvolvimento humano (ONU), conciliaram o crescimento económico com uma forte orientação para a qualidade de vida, o equilíbrio social e a qualidade ambiental. Ao contrário, alguns países fortemente masculinos alcançaram forte crescimento económico, mas acompanhado de grandes bolsas de exclusão social e problemas ambientais acentuados. O facto de sermos femininos não nos torna, pois, menos capazes. Podemos melhorar os índices de desenvolvimento económico sem nos descaracterizarmos. Do que precisamos é de mais orientação para o rigor, o planeamento e a organização. Necessitamos de premiar o mérito, criando transparência nos processos - para que a inveja deixe de ser uma pecha nacional. Urge criar sistemas de responsabilização individual a todos os níveis, para que a culpa "não morra solteira" e as responsabilidades pelas nossas asneiras não sejam diluídas por entre o colectivo da acção.
Podemos melhorar o nosso desenvolvimento económico canalizando-o para a melhoria da qualidade de vida dos portugueses, num clima de harmonia que evite os focos de distúrbio e as maleitas sociais mais perversas. Podemos conciliar a competição com a cooperação - gerando coopetição! Afinal, para que serve o desenvolvimento económico se não for acompanhado da realização pessoal e de maior felicidade? O País e os portugueses têm virtudes assinaláveis. Que elas sejam orientadas para a melhoria económica e o bem-estar.
Arménio Rego
Professor da Universidade de Aveiro
Para desenvolver o assunto:
- Hofstede, G. (1991). Cultures and Organizations: Software of the mind. London: McGraw-Hill.
- Jesuíno, J. C. (2002). Latin Europe Cluster: From South to North. Journal of World Business, 37, 81-89.
- Rego, A. (2004). Uma visão peculiar sobre a cultura nacional: A "Tourada Portuguesa" como Metáfora. Gestão e Desenvolvimento, 12, 105-121.
Os dados de Hofstede são claros: Portugal é feminino. Em entrevista à Exame, em 1997, o autor sublinhava: "Portugal é um país tipicamente latino, pertencendo, por isso, ao grupo mais feminino. No entanto, reconheci imediatamente que os portugueses diferem dos outros países latinos e, ao contrário dos espanhóis, não matam os seus touros. Os portugueses tendem a ser mais simpáticos para as pessoas e são bons negociadores, tentando sempre encontrar uma via pacífica. Por isso, resolvem muitos problemas negociando, e não guerreando."
O recente projecto multinacional GLOBE (Global Leadership and Organizational Behavior Effectiveness) reitera: somos menos assertivos do que a média e os níveis de igualitarismo sexual são superiores à média das mais de 60 sociedades estudadas. Estudos nacionais e internacionais sobre o perfil motivacional português reforçam o dado: somos afiliativos. Em suma: (1) comunicamos de modo indirecto; (2) procuramos ser "diplomáticos"; (3) nem sempre dizemos o "não" que gostaríamos de afirmar!; (4) valorizamos as relações interpessoais e as amizades; (5) valorizamos mais a boa relação com o superior do que a transparência e a justiça dos procedimentos. Pela vertente mais negativa, somos propensos ao "amiguismo". E, dado que também valorizamos a "distância de poder", acabamos por reverenciar desmesuradamente as figuras de autoridade e por dizer aos nossos líderes o que eles desejam ouvir! A nossa feminilidade também ajuda a explicar por que os sistemas de recompensa do mérito, ao introduzirem factores "agressivos" de competição e diferenciação, são dificilmente implantáveis e geram, por vezes, efeitos perversos.
Será a feminilidade um "defeito"? Não é. Os países escandinavos são mais femininos do que Portugal e atingiram níveis invejáveis de desenvolvimento económico. E, tal como reflectem os seus elevados índices de desenvolvimento humano (ONU), conciliaram o crescimento económico com uma forte orientação para a qualidade de vida, o equilíbrio social e a qualidade ambiental. Ao contrário, alguns países fortemente masculinos alcançaram forte crescimento económico, mas acompanhado de grandes bolsas de exclusão social e problemas ambientais acentuados. O facto de sermos femininos não nos torna, pois, menos capazes. Podemos melhorar os índices de desenvolvimento económico sem nos descaracterizarmos. Do que precisamos é de mais orientação para o rigor, o planeamento e a organização. Necessitamos de premiar o mérito, criando transparência nos processos - para que a inveja deixe de ser uma pecha nacional. Urge criar sistemas de responsabilização individual a todos os níveis, para que a culpa "não morra solteira" e as responsabilidades pelas nossas asneiras não sejam diluídas por entre o colectivo da acção.
Podemos melhorar o nosso desenvolvimento económico canalizando-o para a melhoria da qualidade de vida dos portugueses, num clima de harmonia que evite os focos de distúrbio e as maleitas sociais mais perversas. Podemos conciliar a competição com a cooperação - gerando coopetição! Afinal, para que serve o desenvolvimento económico se não for acompanhado da realização pessoal e de maior felicidade? O País e os portugueses têm virtudes assinaláveis. Que elas sejam orientadas para a melhoria económica e o bem-estar.
Arménio Rego
Professor da Universidade de Aveiro
Para desenvolver o assunto:
- Hofstede, G. (1991). Cultures and Organizations: Software of the mind. London: McGraw-Hill.
- Jesuíno, J. C. (2002). Latin Europe Cluster: From South to North. Journal of World Business, 37, 81-89.
- Rego, A. (2004). Uma visão peculiar sobre a cultura nacional: A "Tourada Portuguesa" como Metáfora. Gestão e Desenvolvimento, 12, 105-121.
sexta-feira, julho 20, 2007
O ÚNICO DEFEITO DA MULHER
"Se uma memória restou das festinhas e reuniões de familiares na minha infância, foi a divisão sexual entre os convivas: mulheres de um lado, homens do outro. Não sei se hoje isso ainda acontece. Sou anti-social ao ponto de não frequentar qualquer evento com mais de 4 pessoas, o que não me credencia a emitir juízos. Mas era assim que a coisa acontecia naqueles tempos. Tive uma infância feliz: sempre fui considerado esquisito, estranho e solitário, o que me permitia ficar quieto a observar a paisagem. Bem, depressa verifiquei que o apartheid sexual ia muito além das diferenças anatómicas. A fronteira era determinada pelos de vista, atitude e prioridades.Explico: no lado masculino imperava o embate das comparações e disputas. "O meu carro é mais potente, a minha televisão é mais moderna, o meu salário é maior, a vista do meu apartamento é melhor, a minha equipe de futebol é mais forte, eu dou 3 por noite" e outras cascatas típicas da macheza. Já no lado oposto, respirava-se outro ar. As opiniões eram eram quase sempre ligadas ao sentir. Falava-se de sentimentos, frustrações e recalques com uma falta de cerimónia que me deliciava. Os maridos preferiam classificar aquele ti-ti-ti como mexerico.
Discordo. Destas reminiscências infantis veio a minha total e irrestrita paixão pelas mulheres.
Constatem, é fácil.Enquanto o homem vem ao mundo completamente cru, as mulheres já chegam com quase metade da lição estudada. Qualquer menina de 2 ou 3 anos já tem preocupações de ordem prática. Ela brinca às casinhas e aprende a pôr um pouco de ordem nas coisas. Ela pede uma bonequinha a quem chama filha e da qual cuida, instintivamente, como qualquer mãe veterana. Ela fala em namoro mesmo sem ter uma ideia muito clara do que vem a ser isso. Noutras palavras, ela já nasce a saber. E o que não sabe, intui.
Já com os homens a historia é outra. Você já viu um menino dessa idade a brincar aos directores? Já ouviu falar de algum garoto fingindo ir ao banco pagar as contas? Já presenciou um bando de meninos fingindo estar preocupados com a entrega da declaração do IRS? Não, nunca viram e nem hão-de ver. Porque o homem nasce, vive e morre uma existência infanto-juvenil.
O que varia ao longo da vida é o preço dos brinquedos. Aí reside a maior diferença.
O que para as meninas é treino para a vida, para os meninos é fantasia e competição.
Então a fuga acompanha-os o resto da vida, e não percebem o quanto tempo eles perdem com seus medos.
Falo sem o menor pudor. Sou assim. Todos os homens são assim. Em relação ao relacionamento homem/mulher, sempre me considerei um privilegiado. Sempre consegui ver a beleza física feminina mesmo onde, segundo os critérios estéticos vigentes, ela inexistia.
Porque todas as mulheres são lindas. Se não no todo, pelo menos em algum detalhe.
É só saber olhar. Todas têm a sua graça. E embora contaminado pela irreversível herança genética que me faz idolatrar os ícones da futilidade, sempre me apaixonei perdidamente por todas as incautas que se aproximaram de mim.
Incautas não por serem ingénuas, mas por acreditarem.
Porque todas as mulheres acreditam firmemente na possibilidade do homem ideal.
E esse é o seu único defeito."
Texto de Sérgio Gonçalves, redator da Loducca, publicado no jornal da agência.
Discordo. Destas reminiscências infantis veio a minha total e irrestrita paixão pelas mulheres.
Constatem, é fácil.Enquanto o homem vem ao mundo completamente cru, as mulheres já chegam com quase metade da lição estudada. Qualquer menina de 2 ou 3 anos já tem preocupações de ordem prática. Ela brinca às casinhas e aprende a pôr um pouco de ordem nas coisas. Ela pede uma bonequinha a quem chama filha e da qual cuida, instintivamente, como qualquer mãe veterana. Ela fala em namoro mesmo sem ter uma ideia muito clara do que vem a ser isso. Noutras palavras, ela já nasce a saber. E o que não sabe, intui.
Já com os homens a historia é outra. Você já viu um menino dessa idade a brincar aos directores? Já ouviu falar de algum garoto fingindo ir ao banco pagar as contas? Já presenciou um bando de meninos fingindo estar preocupados com a entrega da declaração do IRS? Não, nunca viram e nem hão-de ver. Porque o homem nasce, vive e morre uma existência infanto-juvenil.
O que varia ao longo da vida é o preço dos brinquedos. Aí reside a maior diferença.
O que para as meninas é treino para a vida, para os meninos é fantasia e competição.
Então a fuga acompanha-os o resto da vida, e não percebem o quanto tempo eles perdem com seus medos.
Falo sem o menor pudor. Sou assim. Todos os homens são assim. Em relação ao relacionamento homem/mulher, sempre me considerei um privilegiado. Sempre consegui ver a beleza física feminina mesmo onde, segundo os critérios estéticos vigentes, ela inexistia.
Porque todas as mulheres são lindas. Se não no todo, pelo menos em algum detalhe.
É só saber olhar. Todas têm a sua graça. E embora contaminado pela irreversível herança genética que me faz idolatrar os ícones da futilidade, sempre me apaixonei perdidamente por todas as incautas que se aproximaram de mim.
Incautas não por serem ingénuas, mas por acreditarem.
Porque todas as mulheres acreditam firmemente na possibilidade do homem ideal.
E esse é o seu único defeito."
Texto de Sérgio Gonçalves, redator da Loducca, publicado no jornal da agência.
terça-feira, julho 17, 2007
O MAIS CURTO CONTO DE FADAS!!
Era uma vez uma princesa que perguntou a um principe se queria casar com ela.
O princípe disse "não"!
E a princesa viveu feliz para sempre, sem ter que lavar, cozinhar, engomar, saindo com as suas amigas, divertindo-se com outros princípes, sem ter que cuidar de nenhum deles.
FIM!!
O princípe disse "não"!
E a princesa viveu feliz para sempre, sem ter que lavar, cozinhar, engomar, saindo com as suas amigas, divertindo-se com outros princípes, sem ter que cuidar de nenhum deles.
FIM!!
MONÓLOGO DE UMA MULHER MODERNA...
"São 7.30h da manhã, o despertador não pára de tocar e não tenho forças nem para atirá-lo contra a parede. Estou acabada. Não quero ir trabalhar hoje!!
Quero ficar em casa, a cozinhar, a ouvir música, a cantar, etc. Se tivesse um cão levava-o a passear nos arredores. Tudo menos sair da cama, meter a primeira e ter de pôr o cérebro a funcionar!
Gostava de saber quem foi a bruxa imbecil, a matriz das feministas que teve a ideia de reivindicar os direitos da mulher e porque o fez connosco que nascemos depois dela?
Estava tudo tão bem no tempo das nossas avós, elas passavam o dia todo a bordar, a trocar receitas com as suas amigas, ensinando-se mutuamente segredos de condimentos, truques, remédios caseiros, lendo bons livros das bibliotecas dos seus maridos, decorando a casa, podando árvores, plantando flores, recolhendo legumes das hortas e educando os filhos. A vida era um grande curso de artesãos, medicinas alternativas e de cozinha.
Depois ainda ficou melhor, tivemos os serviços, chegou o telefone, as telenovelas, a pílula, o centro comercial, o cartão de credito, a Internet!
Quantas horas de paz a sós e de realização pessoal nos trouxe a tecnologia!
Até que veio uma tipa, que pelos vistos não gostava do corpinho que tinha, para contaminar as outras rebeldes inconsequentes com ideias raras sobre "vamos conquistar o nosso espaço"! Que espaço?! Que caraças!
Se já tínhamos a casa inteira, o bairro era nosso, o mundo a nossos pés!!! Tínhamos o domínio completo dos nossos homens, eles dependiam de nós, para comer, vestirem-se e para parecerem bem à frente dos amigos e agora? Onde é que eles estão??? Nosso espaço???!!! Agora eles estão confundidos, não sabem que papel desempenham na sociedade, fogem de nós como o diabo da cruz.
Essa piada... acabou por encher-nos de deveres. E o pior de tudo acabou lançando-nos no calabouço da solteirice crónica aguda!!!!
Antigamente os casamentos eram para sempre. Porquê? Digam-me porquê, um sexo que tinha tudo do melhor que só necessitava de ser frágil e deixar-se guiar pela vida começou a competir com os machos?
A quem ocorreu tal ideia?
Vejam o tamanhão dos bíceps deles e vejam o tamanho dos nossos! Estava muito claro que isso não ia terminar bem.
Não aguento mais ser obrigada ao ritual diário de ser magra como uma escova, mas com as mamas e o rabo rijos, para o qual tenho que me matar no ginásio, ou de juntar dinheiro para fazer uma mamoplastia, uma lipo, ou implantes nas nádegas... Alem de morrer de fome, pôr hidratantes, anti-rugas, padecer do complexo do radiador velho a beber água a toda a hora e acima de tudo ter armas para não cair vencida pela velhice, maquilhar-me impecavelmente cada manhã desde a cara ao decote, ter o cabelo impecável e não me atrasar com as madeixas, que os cabelos brancos são pior que a lepra, escolher bem a roupa, os sapatos e os acessórios, não vá não estar apresentável para a reunião do trabalho.
E não só, mas também ter que decidir que perfume combina com o meu humor, ter de sair a correr para ficar engarrafada no transito e ter que resolver metade das coisas pelo telemóvel, correr o risco de ser assaltada ou de morrer numa investida de um autocarro ou de uma mota, instalar-me todo o dia em frente ao PC, trabalhar como uma escrava, moderna claro está, com um telefone ao ouvido a resolver problemas uns atrás dos outros, que ainda por cima não são os meus problemas!!! Tudo para sair com os olhos vermelhos - pelo monitor, porque para chorar de amor não há tempo!
E olhem que tínhamos tudo resolvido, estamos a pagar o preço por estar sempre em forma, sem estrias, depiladas, sorridentes, perfumadas, unhas perfeitas, operadas, sem falar do currículo impecável, cheio de diplomas, de doutoramentos e especialidades, tornámo-nos super-mulheres mas continuamos a ganhar menos que eles e de todos os modos são eles que nos dão ordens!!!! Que desastre!
Não seria muito melhor continuar a cozer numa cadeira?? Basta!!!
Quero alguém que me abra a porta para que possa passar, que me puxe a cadeira quando me vou sentar, que mande flores, cartinhas com poesias, que me faça serenatas à janela!
Se nós já sabíamos que tínhamos um cérebro e que o podíamos utilizar, para quê ter que demonstrá-lo a eles??
Ai meu Deus, são 8.10h, e tenho que levantar-me da cama... Que fria está esta solitária e enorme cama! Ahhhh... Quero um maridinho que chegue do trabalho, que se sente no sofá e me diga: Meu amor não me trazes um whisky, por favor? ou: O que há para jantar? Porque descobri que é muito melhor servir-lhe um jantar caseiro do que atragantar-me com uma sanduíche e uma Coca-Cola light enquanto termino o trabalho que trouxe para casa.
Pensas que estou a ironizar ou a exagerar?
Não minhas queridas amigas, colegas inteligentes, realizadas, liberais.... e idiotas!
Estou a falar muito seriamente:
ABDICO DO MEU POSTO DE MULHER MODERNA!!!
E DIGO MAIS:
A maior prova da superioridade feminina era o facto de os homens se esfalfarem a trabalhar para sustentar a nossa vida boa!
Agora somos iguais a eles!
(autora desconhecida...)
Quero ficar em casa, a cozinhar, a ouvir música, a cantar, etc. Se tivesse um cão levava-o a passear nos arredores. Tudo menos sair da cama, meter a primeira e ter de pôr o cérebro a funcionar!
Gostava de saber quem foi a bruxa imbecil, a matriz das feministas que teve a ideia de reivindicar os direitos da mulher e porque o fez connosco que nascemos depois dela?
Estava tudo tão bem no tempo das nossas avós, elas passavam o dia todo a bordar, a trocar receitas com as suas amigas, ensinando-se mutuamente segredos de condimentos, truques, remédios caseiros, lendo bons livros das bibliotecas dos seus maridos, decorando a casa, podando árvores, plantando flores, recolhendo legumes das hortas e educando os filhos. A vida era um grande curso de artesãos, medicinas alternativas e de cozinha.
Depois ainda ficou melhor, tivemos os serviços, chegou o telefone, as telenovelas, a pílula, o centro comercial, o cartão de credito, a Internet!
Quantas horas de paz a sós e de realização pessoal nos trouxe a tecnologia!
Até que veio uma tipa, que pelos vistos não gostava do corpinho que tinha, para contaminar as outras rebeldes inconsequentes com ideias raras sobre "vamos conquistar o nosso espaço"! Que espaço?! Que caraças!
Se já tínhamos a casa inteira, o bairro era nosso, o mundo a nossos pés!!! Tínhamos o domínio completo dos nossos homens, eles dependiam de nós, para comer, vestirem-se e para parecerem bem à frente dos amigos e agora? Onde é que eles estão??? Nosso espaço???!!! Agora eles estão confundidos, não sabem que papel desempenham na sociedade, fogem de nós como o diabo da cruz.
Essa piada... acabou por encher-nos de deveres. E o pior de tudo acabou lançando-nos no calabouço da solteirice crónica aguda!!!!
Antigamente os casamentos eram para sempre. Porquê? Digam-me porquê, um sexo que tinha tudo do melhor que só necessitava de ser frágil e deixar-se guiar pela vida começou a competir com os machos?
A quem ocorreu tal ideia?
Vejam o tamanhão dos bíceps deles e vejam o tamanho dos nossos! Estava muito claro que isso não ia terminar bem.
Não aguento mais ser obrigada ao ritual diário de ser magra como uma escova, mas com as mamas e o rabo rijos, para o qual tenho que me matar no ginásio, ou de juntar dinheiro para fazer uma mamoplastia, uma lipo, ou implantes nas nádegas... Alem de morrer de fome, pôr hidratantes, anti-rugas, padecer do complexo do radiador velho a beber água a toda a hora e acima de tudo ter armas para não cair vencida pela velhice, maquilhar-me impecavelmente cada manhã desde a cara ao decote, ter o cabelo impecável e não me atrasar com as madeixas, que os cabelos brancos são pior que a lepra, escolher bem a roupa, os sapatos e os acessórios, não vá não estar apresentável para a reunião do trabalho.
E não só, mas também ter que decidir que perfume combina com o meu humor, ter de sair a correr para ficar engarrafada no transito e ter que resolver metade das coisas pelo telemóvel, correr o risco de ser assaltada ou de morrer numa investida de um autocarro ou de uma mota, instalar-me todo o dia em frente ao PC, trabalhar como uma escrava, moderna claro está, com um telefone ao ouvido a resolver problemas uns atrás dos outros, que ainda por cima não são os meus problemas!!! Tudo para sair com os olhos vermelhos - pelo monitor, porque para chorar de amor não há tempo!
E olhem que tínhamos tudo resolvido, estamos a pagar o preço por estar sempre em forma, sem estrias, depiladas, sorridentes, perfumadas, unhas perfeitas, operadas, sem falar do currículo impecável, cheio de diplomas, de doutoramentos e especialidades, tornámo-nos super-mulheres mas continuamos a ganhar menos que eles e de todos os modos são eles que nos dão ordens!!!! Que desastre!
Não seria muito melhor continuar a cozer numa cadeira?? Basta!!!
Quero alguém que me abra a porta para que possa passar, que me puxe a cadeira quando me vou sentar, que mande flores, cartinhas com poesias, que me faça serenatas à janela!
Se nós já sabíamos que tínhamos um cérebro e que o podíamos utilizar, para quê ter que demonstrá-lo a eles??
Ai meu Deus, são 8.10h, e tenho que levantar-me da cama... Que fria está esta solitária e enorme cama! Ahhhh... Quero um maridinho que chegue do trabalho, que se sente no sofá e me diga: Meu amor não me trazes um whisky, por favor? ou: O que há para jantar? Porque descobri que é muito melhor servir-lhe um jantar caseiro do que atragantar-me com uma sanduíche e uma Coca-Cola light enquanto termino o trabalho que trouxe para casa.
Pensas que estou a ironizar ou a exagerar?
Não minhas queridas amigas, colegas inteligentes, realizadas, liberais.... e idiotas!
Estou a falar muito seriamente:
ABDICO DO MEU POSTO DE MULHER MODERNA!!!
E DIGO MAIS:
A maior prova da superioridade feminina era o facto de os homens se esfalfarem a trabalhar para sustentar a nossa vida boa!
Agora somos iguais a eles!
(autora desconhecida...)
sexta-feira, julho 13, 2007
AMIGOS!!!!!!!!...sem comentários....
http://www.meiosepublicidade.pt/video/42
.... e se fossemos mais atentos onde estacionamos os nossos carros????
.... e se fossemos mais atentos onde estacionamos os nossos carros????
segunda-feira, julho 09, 2007
A EFICIÊNCIA DA AMBIGUIDADE...
Repetir conceitos e criar dúvidas no texto são defeitos que podem virar recursos expressivos
Geraldo Galvão Ferraz
Instalação chinesa brinca com a ambigüidade em frases como "eles viram os animais quando estavam presos". Afinal, quem estava preso? "Eles"? Os animais?
Entre os piores defeitos de um texto, daqueles que irritam o leitor, estão a ambigüidade e a repetição. Claro, tanto uma quanto a outra podem ser recursos expressivos e, como tal, são usados pelos escritores e redatores de todos os calibres, mas com uma intenção bem definida, geralmente empregada em textos de humor.
Os gramáticos costumam dividir as ambigüidades em polissêmicas ou estruturais. Apesar do nome comprido, a polissêmica é simplesmente o que acontece quando a palavra usada tem mais de um significado. Por exemplo, na frase "Vi o gato lendo na biblioteca", é óbvio que não se trata de um felino. Logo, não há ambigüidade. Mas na frase "O gato desceu a escada", pode ser o bicho ou um rapaz bonitão.
Há muitas palavras com mais de um significado, logo, é preciso tomar cuidado para explicitar o contexto da enunciação para que não se confunda, por acaso, a bolacha-biscoito com a bolacha-tapa. Ou balas-doces com balas-projéteis...
Na ambigüidade estrutural, há muitas formas e, qualquer distração, lá está ela.
Quando, por exemplo, usa-se mal uma coordenação.
"Roberto e Cláudia vão se divorciar". Um vai se divorciar do outro ou ambos vão se divorciar dos respectivos cônjuges?
Quando o agente e o paciente ficam difíceis de se distinguir numa oração.
"A desorganização do time levou à derrota".
O que levou à derrota? O fato de o time não se organizar eficientemente ou o fato de ter sido desorganizado naquele jogo isolado?
Em "eles viram os animais quando estavam presos", quem estava preso? "Eles"? Os animais? A confusão se sedimenta ante a falta de clareza.
Um e outro
A ambigüidade ocorre também com o uso inadequado de uma das formas nominais do verbo, o gerúndio, que pode propiciar dupla interpretação:
"A cozinheira encontrou a ajudante entrando na cozinha." Quem entrava na cozinha, a cozinheira ou a ajudante?
Da mesma forma, um possessivo mal colocado pode atrapalhar a leitura clara:
"Frederico encontrou Godofredo na rua e lhe disse que seu primo estava em casa." O primo de qual dos dois está em casa?
Da mesma forma que a ambigüidade, a repetição pode ser um recurso expressivo, se usada intencionalmente, para reiterar algo ou dar maior intensidade a alguma coisa. Mas, quando não acontece isso, a repetição pode, sobretudo, tornar o texto chato, dando ao leitor a impressão de que está lendo sempre a mesma coisa.
Mais de um
Para evitar repetições indesejadas, pode-se substituir uma palavra por outra ou por uma expressão que seja equivalente textual. Por exemplo:
"O ator estava bem no papel, mas não é um artista muito versátil."
ou
"Amor com amor se paga. Quem diz isso tem toda razão."
Além da substituição, para se evitar a repetição, há o recurso da alteração. Ou seja, quando determinada palavra seria repetida, usa-se uma mudança na forma. "Essa ginástica é difícil" e "A dificuldade dessa ginástica."
Um terceiro método de evitar a repetição é a omissão.
"O pintor queria retratar a princesa, mas precisou se submeter ao protocolo."
Porém, é preciso tomar cuidado com essa história de repetição. Às vezes, repetir dá coesão e cai como uma luva no texto. Veja só o que Millôr Fernandes consegue com repetições:
A senhora, uma dona de casa, estava na feira, no caminhão que vende galinhas. O vendedor ofereceu a ela uma galinha. Ela olhou para a galinha, passou a mão embaixo das asas da galinha, apalpou o peito da galinha, alisou as coxas da galinha, depois tornou a colocar a galinha na banca e disse ao vendedor: "Não presta!".
Aí o vendedor olhou para ela e disse: "Também, madame, num exame assim nem a senhora passava."
A repetição, no caso, foi o fermento do bolo, a dar clima e ênfase à ação.
Geraldo Galvão Ferraz
Instalação chinesa brinca com a ambigüidade em frases como "eles viram os animais quando estavam presos". Afinal, quem estava preso? "Eles"? Os animais?
Entre os piores defeitos de um texto, daqueles que irritam o leitor, estão a ambigüidade e a repetição. Claro, tanto uma quanto a outra podem ser recursos expressivos e, como tal, são usados pelos escritores e redatores de todos os calibres, mas com uma intenção bem definida, geralmente empregada em textos de humor.
Os gramáticos costumam dividir as ambigüidades em polissêmicas ou estruturais. Apesar do nome comprido, a polissêmica é simplesmente o que acontece quando a palavra usada tem mais de um significado. Por exemplo, na frase "Vi o gato lendo na biblioteca", é óbvio que não se trata de um felino. Logo, não há ambigüidade. Mas na frase "O gato desceu a escada", pode ser o bicho ou um rapaz bonitão.
Há muitas palavras com mais de um significado, logo, é preciso tomar cuidado para explicitar o contexto da enunciação para que não se confunda, por acaso, a bolacha-biscoito com a bolacha-tapa. Ou balas-doces com balas-projéteis...
Na ambigüidade estrutural, há muitas formas e, qualquer distração, lá está ela.
Quando, por exemplo, usa-se mal uma coordenação.
"Roberto e Cláudia vão se divorciar". Um vai se divorciar do outro ou ambos vão se divorciar dos respectivos cônjuges?
Quando o agente e o paciente ficam difíceis de se distinguir numa oração.
"A desorganização do time levou à derrota".
O que levou à derrota? O fato de o time não se organizar eficientemente ou o fato de ter sido desorganizado naquele jogo isolado?
Em "eles viram os animais quando estavam presos", quem estava preso? "Eles"? Os animais? A confusão se sedimenta ante a falta de clareza.
Um e outro
A ambigüidade ocorre também com o uso inadequado de uma das formas nominais do verbo, o gerúndio, que pode propiciar dupla interpretação:
"A cozinheira encontrou a ajudante entrando na cozinha." Quem entrava na cozinha, a cozinheira ou a ajudante?
Da mesma forma, um possessivo mal colocado pode atrapalhar a leitura clara:
"Frederico encontrou Godofredo na rua e lhe disse que seu primo estava em casa." O primo de qual dos dois está em casa?
Da mesma forma que a ambigüidade, a repetição pode ser um recurso expressivo, se usada intencionalmente, para reiterar algo ou dar maior intensidade a alguma coisa. Mas, quando não acontece isso, a repetição pode, sobretudo, tornar o texto chato, dando ao leitor a impressão de que está lendo sempre a mesma coisa.
Mais de um
Para evitar repetições indesejadas, pode-se substituir uma palavra por outra ou por uma expressão que seja equivalente textual. Por exemplo:
"O ator estava bem no papel, mas não é um artista muito versátil."
ou
"Amor com amor se paga. Quem diz isso tem toda razão."
Além da substituição, para se evitar a repetição, há o recurso da alteração. Ou seja, quando determinada palavra seria repetida, usa-se uma mudança na forma. "Essa ginástica é difícil" e "A dificuldade dessa ginástica."
Um terceiro método de evitar a repetição é a omissão.
"O pintor queria retratar a princesa, mas precisou se submeter ao protocolo."
Porém, é preciso tomar cuidado com essa história de repetição. Às vezes, repetir dá coesão e cai como uma luva no texto. Veja só o que Millôr Fernandes consegue com repetições:
A senhora, uma dona de casa, estava na feira, no caminhão que vende galinhas. O vendedor ofereceu a ela uma galinha. Ela olhou para a galinha, passou a mão embaixo das asas da galinha, apalpou o peito da galinha, alisou as coxas da galinha, depois tornou a colocar a galinha na banca e disse ao vendedor: "Não presta!".
Aí o vendedor olhou para ela e disse: "Também, madame, num exame assim nem a senhora passava."
A repetição, no caso, foi o fermento do bolo, a dar clima e ênfase à ação.
domingo, julho 08, 2007
DEJA VU.....quem nunca sentiu a sensação de um "Deja-vu"....?????
DEJA VUS - O que são e como ocorrem
Deja Vus são sensações fortíssimas de que já passamos por uma
determinada experiência. Há várias explicações, mas muitos casos
desafiam a lógica cartesiana.
EXPLICAÇÂO PSICANALÍTICA:
Em termos freudianos, poderiamos estar sendo atraídos, via
inconsciente, por situações onde repetimos padrões, ou talvez
fazermos uma leitura particularmente intensa de situações bem
cotidianas, quando elas nos evocam padrões inconscientes. Assim,
dentre milhôes de imagens cotidianas, números vistos, pessoas,
assimiladas e deletadas sem maior significado aparente, o
inconsciente escolheria justamente aquelas com as quais fizesse
associações, dando uma falsa impressão de coincidência - quando o que
pode estar sendo repetido é, no máximo, um padrão do observador.
EXPLICAÇÂO JUNGUIANA:
Mas há casos cuja complexidade desafia esta visão mais racional, ou
pelo menos nos faz especular sobre uma natureza muito
mais "transpessoal" para esse elemento quase externo (à consciência,
é claro) que chamamos de "inconsciente".
Carl G Jung, sucessor e dissidente de Freud, possui uma abordagem
melhor. Para junguianos, os deja-vu estão intimamente ligados às
sincronicidades (coincidências significativas), e ambos implicam em
não termos pleno conhecimento da realidade.
Deja-vus, sincronicidades, significados simbólicos e pequenas
previsões em sonhos são acontecimentos notados e relatados
empiricamente por milhões. Porém, segundo Jung, não são adequadamente
tratados por nossa ciência já que a mesma se baseia sempre em
experimentos causais (reproduzíveis), enquanto deja-vus e
sincronicidades são "acontecimentos que se relacionam não por relação
causal, mas por relação de significado".
SOMBRAS DA CAVERNA
Fatos assim nos levam a questionar o tempo/espaço, e/ou a natureza
coletiva do inconsciente. Para Platão, a "realidade" que percebemos
são como as sombras em uma caverna, que nos dão idéias do movimento,
mas não nos permitem compreendermos a verdadeira natureza e dimensão
do que é observado. Para os quânticos, o tempo pode ser relativo, e a
matéria também. Para os hindus, vivemos em "Maya", uma ilusão
sensorial, e sequer o tema é o que parecer. Vem daí o fundamento de
filmes como Matrix.
VISÃO ESPIRITUALISTA:
Em uma abordagem transpessoal, não entramos na discussão da natureza
do que chamamos de inconsciente. Se para os fenômenos freudianos sua
origem pode se situar nos domínios neurológicos, e em Jung este
parece pelo menos envolver um sentido coletivo, podemos extender este
conceito para abranger (ou pelo menos não descartar) as possíveis
causas espirituais, paranormais ou teológicas que muitos apontam, uma
vez que ao chamarmos de "inconsciente" admitimos não termos
consciência de sua natureza. Assim, as "sombras" de Platão podem,
pelo menos em parte, ser oriundas do que relatam como "mundo
espiritual", e em havendo inteligências extra-físicas e/ou coletivas,
não podemos descartar sua influência nas escolhas e percepções que
psicanaliticamente classificamos como "inconsciente".
MINHA VISÃO
A minha visão particular possui embasamento pós-junguiano,
transpessoal, com conhecimento psicanalítico, quântico,
espiritualista - e, principalmente, grande massa de observação
empírica e profunda de sonhos, próprios, de pacientes e de membros de
comunidades que possuo com mais de 50.000 pessoas relatando os seus.
Dentre outros motivos, tenho certeza que em mim a principal causa de
deja vus são sonhos esquecidos, quase premonitórios.
Como anoto os sonhos, que são depois esquecidos, tenho certeza de que
muita coisa dos sonhos aparece, ainda que figuradamente, nos dias ou
meses seguintes.
Ao contrário da maioria dos espiritualistas e/ou místicos, no meu
caso não creio (com base no que observo) que isso ocorra para
profecia ou previsão, nem tampouco que seja algo de "paranormais".
Ao contrário, a observação me sugere que estas "futuras
coincidências" são utilizadas no sonhos de hoje como se o
inconsciente (seja lá o que ou quem for isso) criasse metáforas
psicanalíticas com eventos menores futuros - do mesmíssimo modo que
sabidamente as cria com fatos do dia anterior, com complexos da
infância ou mesmo (junguianamente demonstrando) com símbolos e mitos
do inconsciente coletivo.
Quando enfim ocorre o fato previamente sonhado e anotado, tenho
um "deja vu". Quanto mais forte a lembrança do sonho, mais se parece
com uma sincronicidade, dando uma estranha (e lúcida) percepção
da "realidade" (seja lá o que isso for).
Como anoto muito os sonhos, faço muitas leituras psicanalíticas e
simbólicas do cotidiano, e estou atento a esta possibilidade de
questionamento do tempo-espaço-realidade, parece que percebo vários
deles, em volume maior que a média. Falo disso bastante nos cursos,
chegando a conclusões no mínimo assustadoras, capazes de mudar a vida
das pessoas, já que parecem (na prática) envolver futuro e co-criação.
Já em outros casos como esse, esqueço do sonho, que se vai na memória
de curto prazo - mas fica para sempre nas anotações. Passadas semanas
ou meses, tenho um "deja vu", e só depois leio no caderno que havia
sonhado com aquilo, figuradamente ou não, há mais tempo atrás.
Lázaro Freire
Terapeuta Transpessoal, com abordagem Junguiana / Psicanalítica /
Espiritualista
Deja Vus são sensações fortíssimas de que já passamos por uma
determinada experiência. Há várias explicações, mas muitos casos
desafiam a lógica cartesiana.
EXPLICAÇÂO PSICANALÍTICA:
Em termos freudianos, poderiamos estar sendo atraídos, via
inconsciente, por situações onde repetimos padrões, ou talvez
fazermos uma leitura particularmente intensa de situações bem
cotidianas, quando elas nos evocam padrões inconscientes. Assim,
dentre milhôes de imagens cotidianas, números vistos, pessoas,
assimiladas e deletadas sem maior significado aparente, o
inconsciente escolheria justamente aquelas com as quais fizesse
associações, dando uma falsa impressão de coincidência - quando o que
pode estar sendo repetido é, no máximo, um padrão do observador.
EXPLICAÇÂO JUNGUIANA:
Mas há casos cuja complexidade desafia esta visão mais racional, ou
pelo menos nos faz especular sobre uma natureza muito
mais "transpessoal" para esse elemento quase externo (à consciência,
é claro) que chamamos de "inconsciente".
Carl G Jung, sucessor e dissidente de Freud, possui uma abordagem
melhor. Para junguianos, os deja-vu estão intimamente ligados às
sincronicidades (coincidências significativas), e ambos implicam em
não termos pleno conhecimento da realidade.
Deja-vus, sincronicidades, significados simbólicos e pequenas
previsões em sonhos são acontecimentos notados e relatados
empiricamente por milhões. Porém, segundo Jung, não são adequadamente
tratados por nossa ciência já que a mesma se baseia sempre em
experimentos causais (reproduzíveis), enquanto deja-vus e
sincronicidades são "acontecimentos que se relacionam não por relação
causal, mas por relação de significado".
SOMBRAS DA CAVERNA
Fatos assim nos levam a questionar o tempo/espaço, e/ou a natureza
coletiva do inconsciente. Para Platão, a "realidade" que percebemos
são como as sombras em uma caverna, que nos dão idéias do movimento,
mas não nos permitem compreendermos a verdadeira natureza e dimensão
do que é observado. Para os quânticos, o tempo pode ser relativo, e a
matéria também. Para os hindus, vivemos em "Maya", uma ilusão
sensorial, e sequer o tema é o que parecer. Vem daí o fundamento de
filmes como Matrix.
VISÃO ESPIRITUALISTA:
Em uma abordagem transpessoal, não entramos na discussão da natureza
do que chamamos de inconsciente. Se para os fenômenos freudianos sua
origem pode se situar nos domínios neurológicos, e em Jung este
parece pelo menos envolver um sentido coletivo, podemos extender este
conceito para abranger (ou pelo menos não descartar) as possíveis
causas espirituais, paranormais ou teológicas que muitos apontam, uma
vez que ao chamarmos de "inconsciente" admitimos não termos
consciência de sua natureza. Assim, as "sombras" de Platão podem,
pelo menos em parte, ser oriundas do que relatam como "mundo
espiritual", e em havendo inteligências extra-físicas e/ou coletivas,
não podemos descartar sua influência nas escolhas e percepções que
psicanaliticamente classificamos como "inconsciente".
MINHA VISÃO
A minha visão particular possui embasamento pós-junguiano,
transpessoal, com conhecimento psicanalítico, quântico,
espiritualista - e, principalmente, grande massa de observação
empírica e profunda de sonhos, próprios, de pacientes e de membros de
comunidades que possuo com mais de 50.000 pessoas relatando os seus.
Dentre outros motivos, tenho certeza que em mim a principal causa de
deja vus são sonhos esquecidos, quase premonitórios.
Como anoto os sonhos, que são depois esquecidos, tenho certeza de que
muita coisa dos sonhos aparece, ainda que figuradamente, nos dias ou
meses seguintes.
Ao contrário da maioria dos espiritualistas e/ou místicos, no meu
caso não creio (com base no que observo) que isso ocorra para
profecia ou previsão, nem tampouco que seja algo de "paranormais".
Ao contrário, a observação me sugere que estas "futuras
coincidências" são utilizadas no sonhos de hoje como se o
inconsciente (seja lá o que ou quem for isso) criasse metáforas
psicanalíticas com eventos menores futuros - do mesmíssimo modo que
sabidamente as cria com fatos do dia anterior, com complexos da
infância ou mesmo (junguianamente demonstrando) com símbolos e mitos
do inconsciente coletivo.
Quando enfim ocorre o fato previamente sonhado e anotado, tenho
um "deja vu". Quanto mais forte a lembrança do sonho, mais se parece
com uma sincronicidade, dando uma estranha (e lúcida) percepção
da "realidade" (seja lá o que isso for).
Como anoto muito os sonhos, faço muitas leituras psicanalíticas e
simbólicas do cotidiano, e estou atento a esta possibilidade de
questionamento do tempo-espaço-realidade, parece que percebo vários
deles, em volume maior que a média. Falo disso bastante nos cursos,
chegando a conclusões no mínimo assustadoras, capazes de mudar a vida
das pessoas, já que parecem (na prática) envolver futuro e co-criação.
Já em outros casos como esse, esqueço do sonho, que se vai na memória
de curto prazo - mas fica para sempre nas anotações. Passadas semanas
ou meses, tenho um "deja vu", e só depois leio no caderno que havia
sonhado com aquilo, figuradamente ou não, há mais tempo atrás.
Lázaro Freire
Terapeuta Transpessoal, com abordagem Junguiana / Psicanalítica /
Espiritualista
segunda-feira, julho 02, 2007
domingo, julho 01, 2007
AMAR....
"Um homem de idade já bem avançada veio à Clínica onde
trabalho, para fazer um curativo na mão ferida.
Estava apressado, dizendo-se atrasado para um compromisso, e enquanto o tratava perguntei-lhe sobre qual o motivo da pressa.
Ele me disse que precisava ir a um asilo de anciãos para, como sempre, tomar o café da manhã com sua mulher que estava internada lá. Disse-me que ela já estava há algum tempo nesse lugar porque tinha um Alzeimer bastante avançado.
Enquanto acabava de fazer o curativo, perguntei-lhe se
ela não se alarmaria pelo fato de ele chegar mais tarde.
- Não, disse ele. Ela já não sabe quem eu sou. Faz quase cinco anos que não me reconhece.
Estranhando, perguntei-lhe:
- Mas se ela já não sabe quem o senhor é, porque essa necessidade de estar com ela todas as manhãs?
Ele sorriu e dando-me uma palmadinha na mão, disse:
- É, ela não sabe quem eu sou, mas eu, contudo, sei muito bem quem é ela.
Meus olhos lacrimejaram enquanto ele saía e eu pensei:
Essa é a classe de amor que eu quero para a minha vida.
O verdadeiro amor não se reduz ao físico nem ao romântico.
O verdadeiro amor é a aceitação de tudo o que o outro é, do que foi, do que será e... do que já não é...".
(traduzido de um texto em espanhol, de autor não conhecido)
trabalho, para fazer um curativo na mão ferida.
Estava apressado, dizendo-se atrasado para um compromisso, e enquanto o tratava perguntei-lhe sobre qual o motivo da pressa.
Ele me disse que precisava ir a um asilo de anciãos para, como sempre, tomar o café da manhã com sua mulher que estava internada lá. Disse-me que ela já estava há algum tempo nesse lugar porque tinha um Alzeimer bastante avançado.
Enquanto acabava de fazer o curativo, perguntei-lhe se
ela não se alarmaria pelo fato de ele chegar mais tarde.
- Não, disse ele. Ela já não sabe quem eu sou. Faz quase cinco anos que não me reconhece.
Estranhando, perguntei-lhe:
- Mas se ela já não sabe quem o senhor é, porque essa necessidade de estar com ela todas as manhãs?
Ele sorriu e dando-me uma palmadinha na mão, disse:
- É, ela não sabe quem eu sou, mas eu, contudo, sei muito bem quem é ela.
Meus olhos lacrimejaram enquanto ele saía e eu pensei:
Essa é a classe de amor que eu quero para a minha vida.
O verdadeiro amor não se reduz ao físico nem ao romântico.
O verdadeiro amor é a aceitação de tudo o que o outro é, do que foi, do que será e... do que já não é...".
(traduzido de um texto em espanhol, de autor não conhecido)
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