São as sestas!!!!!!!!
e...
terça-feira, agosto 25, 2009
sexta-feira, agosto 14, 2009
LOUCURA OU ACASO??? ou destino…
LOUCURA OU ACASO??? ou destino…
Os computadores de xadrez possuem de geradores de números aleatórios capazes de escolherem entre vários lances que o programa considera igualmente bom. O físico Frank Tipler defende mesmo a ideia de que terá também de estar previsto no nosso cérebro um gerador de números aleatórios, para que posamos parecer capazes de agir em situações de decisão impossível. Até agora, porém, os neurobiólogos conseguiram encontrar poucos indícios da existência de um tal circuito. Mas é precisamente essa a função que desempenham inúmeras ocorrências insignificantes que nos orientam numa determinada direcção: só porque no preciso momento em que imaginamos as consequências de um determinado acto o sol rompe as nuvens e brilha, agarramos no telefone e aceitamos uma proposta sobre a qual reflectimos longamente. Muitas vezes dependemos desses pequenos acasos.
No dia-a-dia, sentimos dificuldade em admitir que não conseguimos controlar uma situação, e mais ainda em delegar à sorte a sua resolução. Afinal de contas, não queremos entregar o comando da nossa vida a um par de dados, ou a uma moeda. Só não nos lembramos de que, no fundo, não temos qualquer controlo sobre os acontecimentos. Quando o nosso conhecimento da realidade apresenta grandes lacunas e, no entanto, temos de decidir, não sabemos literalmente o que fazemos. Ainda que, na maioria as vezes, o cérebro nos poupe essa constatação angustiante, concedendo-nos uma ilusão de segurança, não deixamos de sentir uma latente sensação de mal-estar.
De um modo geral, há que consciencializarmo-nos de que não conseguimos tomar decisões ideais em situações cujos contornos não logramos distinguir.
in Como o acaso comanda as nossas vidas, Stephan Klein, Asa Editores, Março de 2008
Os computadores de xadrez possuem de geradores de números aleatórios capazes de escolherem entre vários lances que o programa considera igualmente bom. O físico Frank Tipler defende mesmo a ideia de que terá também de estar previsto no nosso cérebro um gerador de números aleatórios, para que posamos parecer capazes de agir em situações de decisão impossível. Até agora, porém, os neurobiólogos conseguiram encontrar poucos indícios da existência de um tal circuito. Mas é precisamente essa a função que desempenham inúmeras ocorrências insignificantes que nos orientam numa determinada direcção: só porque no preciso momento em que imaginamos as consequências de um determinado acto o sol rompe as nuvens e brilha, agarramos no telefone e aceitamos uma proposta sobre a qual reflectimos longamente. Muitas vezes dependemos desses pequenos acasos.
No dia-a-dia, sentimos dificuldade em admitir que não conseguimos controlar uma situação, e mais ainda em delegar à sorte a sua resolução. Afinal de contas, não queremos entregar o comando da nossa vida a um par de dados, ou a uma moeda. Só não nos lembramos de que, no fundo, não temos qualquer controlo sobre os acontecimentos. Quando o nosso conhecimento da realidade apresenta grandes lacunas e, no entanto, temos de decidir, não sabemos literalmente o que fazemos. Ainda que, na maioria as vezes, o cérebro nos poupe essa constatação angustiante, concedendo-nos uma ilusão de segurança, não deixamos de sentir uma latente sensação de mal-estar.
De um modo geral, há que consciencializarmo-nos de que não conseguimos tomar decisões ideais em situações cujos contornos não logramos distinguir.
in Como o acaso comanda as nossas vidas, Stephan Klein, Asa Editores, Março de 2008
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